sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Paraíso na Terra...

Para os que como eu se rendem aos prazeres de Baco, começam hoje três dias de Paraíso na Terra.

Encontro com o Vinho, na Fil Antiga, é uma feira de vinhos, onde dezenas de produtores nacionais mostram, leia-se dão a provar, as suas gamas de vinhos.

Na prática, e por cortesia do Ponte, significa poder provar centenas de vinhos num só local, ao mesmo tempo e sem nada pagar.

Há também uma zona com Queijos, Presuntos & Companhia, que isto de beber, perdão, provar tanto vinho de barriga vazia pode não correr muito bem.

Algumas dicas:

- Dar uma primeira volta sem tocar em nada, e escolher os 10/15 produtores que se quer provar (se provarem 3 vinhos por cada um já vamos em 45...). Eu diria que uma selecção de 2/3 dos mais conhecidos e os restantes que nunca tenham ouvido falar é uma boa ideia.

- Os produtores começam por oferecer os vinhos de gama mais baixa... Digam que já conhecem e apontem (até isto se torna progressivamente mais dificil...) para os de gama mais alta (teoricamente melhores, mais raros e mais caros) e com um ar meio alcoolizado (nem precisam de se esforçar...) digam qualquer coisa do género "Aquele é novo, não é?"

- Vão receber um biberon, ops copo, que serve para provar, ou seja, levar o vinho à boca e cuspir, sim, cuspam!!! (obviamente num recipientes próprios para o efeito lá colocados...) Só o álcool que inspiramos chega para nos emborrachar fortemente, e mesmo que só engulam o melhor de cada... Já vamos em 15 vinhos...

- A cada 3/4, parem, bebam água e se possível comam qualquer coisa (a tal outra zona).

- Quando começarem a levar o copo vazio à boca, é boa altura para ir para casa...

Goes without saying que levar carro é uma péssima ideia... Se não conseguirem provar a feira inteira, não se preocupem, Roma e Pavia não se fizeram num dia, e Sábado e Domingo há mais...


Post Scriptum (Mania de usar abreviaturas manhosas, aliás, sabiam que é o nome de belo vinho do Douro?) - Adivinhem para onde eu vou, assim que acabar de escrever este post?

Revolução Social - o que pode vir aí!




Penso que foi ontem, ou há dois dias atrás que o General Loureiro dos Santos, prestou umas declarações, um tanto ao quanto estranhas. Mensagem essa que, de acordo com a idoneidade que lhe assiste, ninguém estava à espera. Mais ainda porque aparece bastante desenquadrada, e se refere às forças armadas, elemento essencial e estratégico no que à soberania e democracia respeita. É essa a sua missão, e é com o intuito da persecução dessas mesmas funções que o povo através do sistema político lhes confere poder, meios, e até algumas regalias face a outros sectores da sociedade. O general veio então dizer que, os militares mais novos estavam a perder regalias e direitos em relação aos mais velhos e às altas patentes. E que isso estava a causar uma espécie de sentimento de revolta dos militares mais novos. Podendo a prazo significar um revolta dos militares, sendo a causa este sistema injusto de atribuição de direitos, entre os mais recentes e os instalados.

Veio tudo, excepto o General Garcia Leandro – director do Observatório de segurança, dizer que não. Que o general não mediu bem as palavras, e que aquilo que ele dizia não condizia com a realidade.

Pois eu tenho para mim que este aviso, por exagerado que seja, é a antecâmara daquilo que pode ser um conflito de gerações sério que se prevê. Senão vejamos. Já hoje em dia temos muita gente com reformas exageradíssimas (algumas justas e merecidas, outras nem por isso), calculadas por um sistema de capitalização insustentável e no mínimo generoso. Enquanto outros que estão a começar vida, com filhos para criar são mil euristas, andam deprimidos e infelizes. Até agora também tem atenuado esta discrepância de rendimentos, a solidariedade entre as gerações, feita de avós para pais e netos. Mas com a crise a apertar, com os mil euristas a ter de suportar as boas reformas dos mais velhos, penso que temos todos os condimentos para um conflito de gerações. Faço votos que tal não aconteça, mas a se não tomarmos medidas que corrijam as diferenças, com carácter de justeza e partilha de recursos para quem de facto precisa, a revolução vai passar por aí…

"Non"-Information

Não sou grande fã de futebol e muito menos da imprensa desportiva. Mas sinceramente, hoje como leitor assíduo da imprensa economica sinto-me um pouco como um leitor de um jornal desportivo durante o verao. Todos os dias é necessário encher 40 paginas e como nada de novo se passa, lá existem uns rumores de uma nova contrataçao do Benfica ou que o "Levezinho" se vai embora.
A imprensa economico/financeira, tornou-se nos dias de hoje uma anedota, o sobe e desce das bolsas, do petroleo, dos juros, das taxas de cambio, de forma quase arbitraria, faz com que todos os argumentos explicativos ja se tenha esgotado e que se usem os mesmo para explicar movimentos contrários.
Já muito se leu de propostas de suspender os mercados durante uns dias ou semanas, mas se vivemos num mundo financeiro de gestao de expectativas e confiança, nao teria um efeito menos nefasto na vida das empresas e pessoas, "suspender" os jornais economico-financeiros durante um par de semanas?
Nao quero com este texto por em causa a liberdade de expressao e informaçao ou a supressao da mesma, apenas uma chamada de atençao ao peso da comunicaçao social na opiniao pública e à necessidade da sua auto-responsabilizaçao.

O adjunto "off"



O Primeiro-Ministro tem muitos méritos. Um dos maiores, e relevantíssimo para a função, é o do controlar ferreamente a informação (e opinião) que emana do seu Governo.
Com PMG* aqui e ali, e depois das torrentes de tricas e mexericos dos velhos tempos de Santana, o jornalismo político ficou à mingua. Só podem escrever aquilo que lhes é dado para escrever, e diga-se em abono da verdade, o bureau do PM, trata de diariamente, de forma controlada e planificada, oferecer a informação mínima garantida para os jornalistas encherem as suas caixas, no melhor interesse do Governo e quero crer do Pais.
Interessa à Nação, ao Governo e mesmo à Presidência da Republica, a continuação da boa e leal cooperação institucional. Logo, e ao contrario das expectativas daqueles que julgavam ter no Prof. Cavaco o “anti-sócrates”, a noticia passou a ser o raríssimo e hipotético conflito entre o Governo e Presidência, e não as confluências de tão clarividentes e consistentes que estas têm sido.
Este controlo verborreico, irrita os Zé Maneis dos jornais. E se até agora não conseguiram “entalar” o “Eng.” Pinto de Sousa, o que é certo é que ainda não desistiram de o tentar.
Desta feita, Rui Figueiredo (adjunto jurídico do PM), veio dar uma enorme ajuda aos abutres, e com um estrondoso exemplo de falta de profissionalismo no desempenho das suas funções.
O adjunto bicéfalo julga que pode ser o contido técnico jurídico da confiança do chefe de governo das 9 às 5 e o pombo-correio da Assembleia da Republica no remanso do seu blog?!
A má fé e a falta de ética jornalística fazem o resto. Elas são evidentes no texto assinado por Luciano Alvarez no Público de ontem, ao revelar detalhes apriorísticos da entrevista com a fonte, que, como aliás revela, nunca chegou a sequer acontecer
Analisem vocês mesmos a opinião publicada por Rui Figueiredo na câmara de comuns. Concordemos ou discordemos da mesma, numa coisa penso que estaremos todos de acordo. Não é para isto que serve um adjunto jurídico do gabinete do Primeiro-Ministro.

* Pequenas/médias gaffes

Lisboa é das pessoas, mais contentores não!

A causa já todos a conhecem, e o rio Tejo conheces?
Neste momento assaltam-te imagens das belas vistas da esplanada do Adamastor, a cascata monumental da Lisboa à noite que observas quando passas na ponte 25 de Abril, o Forte do Bugio que imaginas submerso por uma ondulação mais forte no meio da magnifica desembocadura da foz com a Torre de Belém por companhia.
Tudo isto é belo, tudo isto é único, e no entanto, é tão ínfimo.
Do poderoso rio da Ibéria, tu que vives e/ou amas Lisboa, tens tão pouco. Mais e melhores vistas têm os estivadores do porto de Lisboa… e com tanto trabalho à sua espera em Setúbal ou Sines.
E Lisboa com tantos turistas, que nem às cavalitas de um city tour bus de 2 andares, conseguem ver o rio ao longo de quilómetros de avenida marginal.
Há que ter uma visão estratégica para a cidade e corrigir opções sem futuro.
Assina a petição popular que quer impedir o aumento do terminal de contentores em Alcântara.
O Tejo ainda há-se ser nosso outra vez!

Algumas notas...

A experiência não é aquilo que acontece ao homem,
mas sim aquilo que o homem faz com aquilo que lhe acontece...

Ver a árvore e esquecer a floresta.



1-Uma obrigação sem coima, num país do sul da Europa, não chega sequer a dever, logo, agora sim, com coima, o Governo obriga as empresas a entregar o IVA nos prazos devidos.
2-O pagamento do IVA contra liquidação da factura é propicio á evasão fiscal, e o que dizer da subfacturação que o actual sistema incentiva?
3-E os atrasos nos reembolsos do IVA?

Novamente, no interesse do Estado, está tudo bem. No interesse do cidadão comum também não poderia estar mais de acordo. E no interesse das empresas? Daquelas que operam "mesmo" a "economia real"?
O Estado e sucedâneos maus pagadores, não deve, nem pode ser, por falta de autoridade para tal, o zeloso cobrador que quer que o contribuinte lhe confie aquilo que ele, Estado, o obriga a pagar por presunção de desconfiança sobre o mesmo contribuinte.
Atenção, estamos a falar de pagar IVA, antes da empresa obter qualquer valor acrescentado da operação que efectuou. Ou seja, as empresas são obrigadas a confiar no estado e nos clientes, sendo que, estes desconfiam à priori da empresa: pagamento adiantado do IVA, dilação dos prazos de pagamento.
Quando a tesouraria está “seca”, os clientes demoram a pagar (quando pagam), a Justiça não funciona, e a banca corta no crédito, porque não fazer uns negócios “sem factura” e assim conservar pelo menos mais 1/5 do preciosíssimo “pilim” em caixa?
Interpor um pedido de devolução do IVA após 6 meses de incumprimento contratual por parte do cliente pode até parecer muita bondade do legislador mas este esquece muita coisa: a mão-de-obra que foi paga, o material que foi gasto, o juro do capital indisponível, o custo burocrático do processo.
Na prática, o Estado obriga as empresas a pagar para poderem vender, mesmo que depois ninguém lhes pague aquilo que elas produzem.
Como já disse, o mecanismo do IVA, é eficiente e razoável, se for aplicado por um Estado eficiente e razoável. A falta de razoabilidade reside exactamente de querer fazer-se passar por aquilo que ainda não é. No momento em que tudo entra em profunda desregularão, Estado incluído, o que ganha o País com esta medida?
É que provavelmente o dinheiro que as empresas atrasam na entrega do IVA ainda vai dando para pagar alguns ordenados até que os clientes se decidam a pagar e ai sim as empresas já protegidas cumprem a sua obrigação (ainda que com atraso).
Esta coima é uma excelente medida para implementar em 2013 quando o PS estiver a concluir o seu trabalho de reforma do Estado, modernização do País e moralização da Nação.

P.s.:Assim espero…

Para os grandes "idiotas"


Uma grande ideia do Governo. Para quem tiver ideias e tiver o "bichinho" da simplificação, veja aqui como participar nesta iniciativa.

Que erro desnecessário?

Infelizmente desta vez não posso concordar inteiramente com a última posta do NF. Por várias razões.
Primeira, Teixeira dos Santos não se prepara para obrigar as empresas a avançarem com as entregas do IVA ao fisco antes destas as receber dos seus próprios clientes. Isto é falso. Porquê? Porque já existe hoje essa obrigação. O que há de novo é que passa a ser punido com coima quem não entregue ao fisco o IVA facturado ao cliente.
Segunda, a obrigação de as empresas terem de entregar o IVA ao Estado está relacionado com o facto de ter se evitar as evasões massivas que resultariam se tal obrigação não existisse.
Terceira, essa obrigação é exigida por razões comunitárias, de acordo com a famosa Sexta Directiva do IVA.
Quarta, o IVA entregue ao Estado pode ser rapidamente recuperado. E recentemente foram adoptadas medidas no sentido de facilitar e acelerar essa recuperação através da alteração do regime de recuperação do IVA dos créditos incobráveis. Que medidas? 3 medidas: 1.ª) Foi elevado o montante até ao qual a dívida pode ser considerada incobrável para efeitos de recuperação do IVA pelo decurso do tempo (6 meses), sem necessidade de propor uma acção judicial. 2.ª) Os credores passam a poder utilizar o registo informático de execuções para verificar se o devedor não tem bens penhoráveis. Se constar desse registo que não tem bens penhoráveis, o crédito é logo considerado incobrável para efeitos fiscais, sem ser necessária uma acção judicial. 3.ª) Os credores passam a poder utilizar o procedimento de injunção para considerar os créditos como incobráveis num maior número de situações.
Questão diferente da IVA é o atraso do Estado a pagar aos seus fornecedores. Sublinho do Estado, porque os municípios e as freguesias, dentro da sua autonomia, são um mundo à parte. Mas aí tem havido sinais positivos de inversão da tendência devedora do Estado (veja-se o Programa Pagar a Tempo e Horas lançado em finais de 2007 - que terá em breve uma reviravolta surpresa).

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O erro desnecessário.



Teixeira dos Santos prepara-se para obrigar as empresas a avançarem com as entregas do IVA ao fisco antes destas as receber dos seus próprios clientes.
Num país em que o tecido empresarial continua muitíssimo dependente do Estado e das Autarquias e em que estes continuam a ser o exemplo ultimo do mau pagador, com que moral a coisa publica reclama para si, aquilo que ela própria só pretende pagar dali a 18 meses?
E que mecanismos têm as empresas para fazerem valer os seus créditos? Onde está uma justiça célere e barata?
Obrigar o pagar o IVA muito antes de o receber, é colocar os gestores das PME`s entre a espada da fuga ao fisco, e a parede da ruptura de tesouraria. Obrigar o pagar o IVA por antecipação é razoável num país com um Estado cumpridor e eficiente. "Quem manda" tem que perceber que nas pequenas e médias empresas, a tesouraria não tem rubricas como: “défice externo” ou “fundos de coesão”. Esta medida é uma elação que convida ao desrespeito fiscal. Se a tesouraria do Estado necessita que as empresas adiantem este IVA, a tesouraria das empresas anseia pelos pagamentos que lhe permitam pagar o imposto devido.
Se o Governo quer revitalizar a economia e ajudar as empresas a cumprirem com as suas obrigações fiscais tem que tomar 5 medidas:
-Pôr em dia os pagamentos do Estado e Autarquias aos agentes privados da“economia real”
-Melhorar os mecanismos arbitrais e judiciais, de forma a agilizar cobranças e pagamentos em falta
-Acabar com o pagamento especial por conta da autoria da Dra. Manuela Ferreira Leite.
-Acabar com o pagamento antecipado do IVA.
-Apostar forte na responsabilização civil dos empresários, aumentando a fiscalização sobre a contabilidade das empresas mas prescindindo das subvenções decorrentes da emissão prévia de autorizações e de licenciamentos tantas vezes redundantes e desnecessários.

O Ministro das Finanças que emende a mão enquanto é tempo, o fundo de garantia de €20 milhões à banca, não vai servir para pagar os ordenados dos trabalhadores portugueses no final de cada mês.

Contra factos não há argumentos

Para ajudar na nossa reflexão sobre a evolução do Salário Mínimo Nacional (ou da Retribuição Mínima Mensal Garantida como agora se chama), estive a coligir alguns dados (bastaram-me 45 minutos) e fiz a seguinte tabela:


- Dá para perceber como é que a coligação PSD-PP tratou o SMN (anos 2002-2004)
- Dá para perceber a enorme justiça social que foi o aumento verificado numa década: de 1999 para 2009, houve um aumento de € 144,24, o que representou um crescimento de 47,17%
- Dá para perceber que o SMN sobe acima da taxa de inflação (IPC), com menor relevo entre 2003-2006, mas de forma muito mais acentuada nos últimos 3 anos, no período de governação Sócrates

Em face disto, como compreender as posições de Manuela Ferreira Leite, da Associação das PME's e, agora, da Associação Nacional de Municípios Portugueses. Que justiça social querem estes senhores para o nosso País??

Ontem experimentei isto...

... e não lhe devo voltar a tocar!


















É o Absinto Preto com 80º (oitenta graus, sim!) de álcool, coisa pouca...

Quanto custa uma PML*



Manuela Ferreira Leite criticou o aumento de vinte e poucos euros, proposto pelo Governo para o salário mínimo nacional. Independentemente de outras considerações da ordem da ideologia e da ética, pensei para comigo: “para quem fala esta senhora?”
Ok, chalaça fácil, se a senhora quase nem fala… mas, analisando meramente a estratégia eleitoral, a que eleitorado apela quando critica uma medida tão justa e que apenas peca pela timidez?
Confesso que apenas ao ouvir as declarações de Augusto Morais à SIC sobre o mesmo assunto alguma coisa fez sentido. Passo a transcrever “a pérola” de memória: “(…) se tiver uma empresa com 5 empregados e se só precisar de 2 para o trabalho corrente da empresa, se tiver 2 destes trabalhadores perto do final do contrato a termo certo, com esta proposta do governo não vou renovar estes contratos (…)”
- Sr. Morais, bem sei que o sr. é o legítimo representante Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME), e que mais de 80% destas empresas são detidas por cidadão que não têm mais do que o 4º ano de escolaridade. Mas uma criança ao fim do 2º ano já sabe resolver este problema: se tens 5 laranjas e se só precisas espremer 2 para teres o teu copo de sumo, quantas sobram?
- Por favor Sr. Morais! Como diria um antigo governante…é fazer as contas! E se o Sr. não as soube fazer no momento da contratação do seu pessoal, nada me deixa seguro que as saiba fazer no momento de pagar o ordenado.
“Sr. Pequeno/Médio Empresário”, já agora convide a Dra. Ferreira Leite para sua colega de carteira, e respondam a esta pergunta para exame de 4ª classe:
Q - Se a laranja estiver barata (1€/Kg) e se são precisos 2kg de laranjas para fazer 1 lt. de sumo, com a “exorbitante” quantia de 426€/mês e para um agregado familiar de 4 pessoas, com quantos lts. de laranjada vive cada uma das pessoas desta família?

Que a nossa classe empresarial prefere “alternar” a aprender regras básicas de boa gestão, nós já sabíamos. Mas em que país vive a Presidente do PSD?! A situação conjuntural não é dada a excessos de bondade por decreto, mas o miserabilismo da Dra. a quem serve?! O desespero é tanto para dar guarida a este discurso?!
Mais valia continuar calada Dra. Manuela Ferreira Leite! Até o PP à sua direita apoia o aumento do salário mínimo. Tenha decoro, e pense nas pessoas que vivem nestas condições que são inevitavelmente indignas, e potencialmente lesivas para a integridade física e moral das mesmas!

*pequena/média laranjada

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Valter Lemos diz “nim”.




O Conselho Nacional de Educação propõe fim dos chumbos para alunos até aos 12 anos.
A proposta, revelada hoje no “Diário Económico” baseia-se nas recomendações da OCDE e nos resultados obtidos com uma política idêntica na Finlândia, onde ninguém reprova durante a escolaridade obrigatória. A Finlândia tem o melhor desempenho escolar do mundo.No projecto de parecer “A educação das crianças dos 0 aos 12 anos”, o CNE sugere, em alternativa ao chumbo, “medidas eficazes de apoio”, como “intervenções aos primeiros sinais de dificuldades e estratégias de diferenciação pedagógica”.O secretário de Estado da Educação Valter Lemos disse já esta tarde à TSF que concorda com a existência de alternativas aos chumbos de alunos até aos 12 anos, mas recusou o fim das repetições de ano. Valter Lemos explicou que têm de existir “mecanismos de alternativa” para os que têm mais dificuldades. Na pratica o que Secretário de Estado diz é que concorda com o relatório mas não pretende fazer o que ele recomenda.
Segundo o CNE o actual sistema que obriga o aluno a repetir o ano em caso de uma avaliação negativa dos seus conhecimentos, penaliza exclusivamente o aluno e as famílias numa altura em que a escola tem de partilhar a responsabilidade pelo insucesso. “Há alunos que acumulam insucessos em anos educativos, ficando desenquadrados nas turmas em que são colocados e, em muitos casos, não encontrando alternativas a não ser o abandono”, diz o documento que frisa que o aluno é penalizado por uma falha do sistema.França de Sarkozy estuda actualmente também uma alternativa ao chumbo que, segundo o Haut Conseil de Evaluation de l’Ecole, não é eficaz a fomentar o progresso dos alunos.
Felizmente a competência de aceitar esta recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) é da Ministra da Educação. Se Maria de Lurdes Rodrigues assim o entender os alunos deixarão de reprovar na escola até que completem os 12 anos.
E o que será feito do Presidente do PP sem as crianças excluídas pelo sistema de ensino?

'Joe, the plumber" anuncia apoio a McCain.


“Joe, o canalizador”, o pequeno empresário e sensação do ultimo debate(dia 7 deste mês) entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos da América, prometeu o seu voto à candidatura do republicano John McCain!
O argumento é simples e popular, para "Joe", o candidato democrata Barack Obama, tornará o país, se eleito, numa "nação socialista"! O canalizador de Columbus, Ohio, cujo nome verdadeiro é Samuel Wurzelbacher (logo o diminutivo é Joe…), foi retratado por McCain como um “símbolo das pessoas que têm preocupações com o plano fiscal de Obama”. Ao anunciar o seu apoio a McCain, o canalizador disse: "Eu amo a América. Eu espero que ela permaneça uma democracia, não uma sociedade socialista. Se você tenta distribuir a riqueza, é isso que Karl Marx pregou". Socialismo antítese de Democracia… huuuuuuuummmmmmmm...interessante teoria…
Na verdade o projecto do candidato democrata prevê aumentar os impostos para pessoas que ganham mais de US$ 250 mil por ano, e cortar nossos impostos de quem ganha menos, ou seja, mais de 95% da população norte-americana.
Como o “outro lado” também não anda a dormir, “Joe the plumber”, foi entretanto obrigado a revelar que na verdade ganha menos do que antes havia sugerido, o que significa que também ele será beneficiado com o plano fiscal de Obama. Mas convicções anti-Obama de “Joe, o canalizador” não se ficam pelas questões meramente económicas e ideológicas, ele também diz acreditar que "um voto em Obama é um voto para a morte de Israel". Portanto, Samuel Wurzelbacher vulgo Joe, protestante, preocupado com o destino do tipos que mataram Jesus Cristo… Está tudo explicado!

A mim cheira-me a Steve Schmidt no papel de Frankenstein.
As eleições americanas "no seu melhor”… “é lastimável”.Manuela Ferreira Leite não diria melhor.
Vamos ver se em Outubro "O carteiro Paulo" anuncia tambem o seu apoio ao PSD.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Spin Doctors de Obama e McCain: os verdadeiros antagonistas.



Os principais estrategas de John McCain e Barack Obama não podiam ser mais diferentes: um lembra um fuzileiro naval fanfarrão, o outro mantém um semblante cepticamente carregado - apesar de ter mais motivos para se alegrar, já que trabalha para o senador democrata, primeiro nas intenções de voto.
Mas David Axelrod, assessor político por trás da vertiginosa acensão de Obama, não transborda alegria. Com seus olhos baixos e seu vistoso bigode, assemelha-se mais a tímido catedrático.
A verdade é que as aparências enganam. Sem personalidade forte e senso de oportunidade, o ex-jornalista político não teria emergido como principal assessor da campanha democrata na feroz esfera pública de Chicago.
Axelrod, um branco de 53 anos, construiu o seu próprio “nicho de mercado”: ficou conhecido por ser especialista em ajudar candidatos negros a apresentarem-se ao eleitorado branco. Mas com Obama - que conhece há 17 anos - sua motivação parece ser pessoal.
Se Obama chegar à Casa Branca, será "algo do que alguém poderá orgulhar-se para o resto da vida", disse Axelrod ao jornal The New York Times em janeiro de 2007, quando o senador por Illinois de 47 anos se preparava para anunciar sua histórica candidatura.
Já o principal estratega do candidato John McCain, Steve Schmidt, com sua cabeça totalmente raspada, é apelidado frequentemente de: “maverick”, "a bala", ou o "míssil" (devido a seu comportamento muitas vezes explosivo).
Natural da Califórnia, Schmidt foi responsável por todas as acções políticas diárias de McCain em Julho, que incutiram na campanha a tão necessária disciplina e colocaram em prática as lições aprendidas com a vitória do presidente George W. Bush em 2004.
Schmidt, de 38 anos, não gosta muito que os media o retratem como o "protegido" do guru político de Bush, Karl Rove, mas as implacáveis tácticas de campanha que preconiza em muito se assemelham às utilizadas pelo assessor do actual presidente americano.
McCain recebeu de seu principal assessor instruções para atacar Obama sem tréguas, tentando rotulado como uma celebridade vazia, um radical de esquerda amigo de terroristas, que não tem condições para comandar os Estados Unidos.
Schmidt teve tudo a ver com a surpreendente decisão de McCain de escolher Sarah Palin, até então uma quase desconhecida Governadora do Alasca, como sua companheira no ticket, numa tentativa não apenas captar o eleitorado feminino frustrado com a derrota de Hillary Clinton nas primárias democratas, mas também de mexer radicalmente com as peças no tabuleiro da disputa eleitoral.
A escolha de Palin, no entanto, e depois de uma euforia inicial, parece ter sido contraproducente, e sob as orientações de Schmidt, pouco sobrou do McCain popular franco-atirador que enfrentou Bush em 2000 nas primárias republicanas.
Na opinião do ex-assessor da campanha republicana Mark McKinnon, esta era a única maneira de proceder num momento eleitoral tão desfavorável para os republicanos.
"Schmidt considerou todas as opções e estratégias disponíveis e escolheu a única via com algumas hipóteses de sucesso", afirmou McKinnon à revista Newsweek. "O seu trabalho é vencer, e não fazer a imprensa e os restantes assessores de McCain mais felizes”.
As estratégias de Schmidt e Axelrod – cuja keynote escolhida para a campanha de Obama foi, desde o início, a"mudança" - precisaram de ser reescritas por causa da crise financeira mundial.
Sob a batuta de Axelrod, Obama assumiu a imagem da transformação e da renovação, do líder incisivo e apaixonado capaz de manter a calma nos momentos difíceis. Schmidt, por sua vez, tentou apresentar McCain como um líder populista capaz de actuar em momentos de crise.
As pesquisas de intenção de voto, que a pouco mais de uma semana das eleições continuam a dar Obama bem destacado na frente, mostram que a estratégia do experiente e sisudo Axelrod, será aquela que vai dar mais alegrias ao seu candidato.

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência

A propósito das matérias que ando a investigar deparo-me com algumas questões simples que me fazem reflectir e pensar se de facto a humanidade a troco de algum progresso, não tem cometido uma série de erros. Erros esses que levam comummente à geração de muitos outros, apontados como a solução dos primeiros. Ou seja como referia em post anterior, suspeito que temos andado a criar uma espiral de disfuncionalidades, cujo resultado só pode ser um – asneira.
Senão vejamos.
Conceito de Sustentabilidade:
De entre as várias definições de sustentabilidade, podemos limitar o conceito, estabelecendo que implica a manutenção de existências quantitativas e qualitativas dos recursos ambientais, utilizando tais recursos sem danificar as suas fontes, ou limitar a capacidade de suprimento no futuro, garantindo que tanto as necessidades actuais como futuras sejam de igual modo satisfeitas.
Tem-se verificado no entanto que, principalmente durante o século XX, os processos que têm suportado o desenvolvimento económico, também têm provocado sérios problemas de degradação ambiental.
Desta forma o conceito de sustentabilidade pode ser caracterizado como um processo de transformação no qual a exploração de recursos, a direcção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico, e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas.
De acordo com o que podemos ler aqui (conceitos teóricos, é certo), qual é a parte que ainda não percebemos…? Mas será que alguém está disposto a abdicar de fazer valer as suas vantagens competitivas no mundo global, só para contribuir para um mundo melhor?? É aí que entra a velha desculpa, de que só contribuem para um mundo “sustentável” se todos o fizerem. E enquanto houver um que sirva desculpa, todos os outros permanecem impávidos e serenos, continuando a fazer merda. Também quando isto estoirar, ou seja tornar-se insustentável, já “eles” cá não estarão…
Enquanto este tipo de conduta, pois isto é mais uma questão de ética e conduta do que pensamento ideológico, prevalecer continuam a ser publicados livros com estes títulos pertinentes: “Sustentabilidade: Caminho ou Utopia?”, pois afinal somos humanos…

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Afinal vetou (II)

O novo veto do Presidente da República pode parecer um preciosismo jurídico mas não é. Ambos os artigos em causa (114.º e 140.º) põem em causa o estatuto constitucional do Presidente da República e da Assembleia da República, impondo limitações a ambos. Como refere Cavaco, tem de se evitar a criação de precedentes. Uma vez admitida uma restrição dos poderes constitucionais do Presidente da República e da Assembleia da República por via de uma mera lei, estar-se-ia a abrir a porta para o fim do primado da Constituição. A dúvida que se coloca é: por que é que os partidos na Assembleia da República ainda insistem nesta questiúncula?

Afinal vetou

Acaba de sair a notícia (aqui) de que Cavaco Silva voltou a vetar a alteração ao Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, mesmo depois de a Assembleia da República já ter expurgado as suas inconstitucionalidades. No entanto, Cavaco continua a não concordar com duas disposições (ver aqui a mensagem):

a) Artigo 114.º, porque a alteração proposta ao Estatuto prevê uma nova obrigação para o Presidente de prévia audição dos órgãos do governo regional, em caso de dissolução e demissão dos órgãos de governo próprio da Região Autónoma dos Açores, quando a Constituição apenas exige a audiçãio do Conselho de Estado e dos partidos representados nas assembleias legislativas das regiões autónomas;

b) Artigo 140.º, n.º 2, porquê prevê uma limitação do poder de iniciativa legislativa dos Deputados da Assembleia da República e Grupos Parlamentares, no que respeita ao processo de revisão do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, o que significa que a Assembleia da República abdicaria de um poder que lhe é dado directamente pela Constituição.

Em suma, o Presidente da República fez bem em devolver o diploma, de novo, para a Assembleia da República

domingo, 26 de outubro de 2008

A nossa bela comunicação social

A qualidade da comunicação social está bem revelada na forma como está a ser dada cobertura a um facto que entretanto já se tornou um não facto em virtude da correcção do lapso na alteração a introduzir na lei do financiamento dos partidos.

O Expresso deste fim de semana acha, porém, que vale a pena continuar a dar-lhe atenção:«Mas quem introduziu as alterações? Quem deu a ordem? O que vai ser feito para apurar responsabilidades?». Pergunto eu: «Mas quem é que está a pedir ao Expresso para continuar a incendiar o Orçamento do Estado para 2009?»

A toada especulativa vai ao ponto de o Expresso considerar que, "aparentemente, foi uma ‘mão invisível’, uma vez que a todas estas perguntas o Governo se mostra incapaz de responder". Continua dizendo "Fonte oficial do Ministério das Finanças disse ao Expresso que “não sabemos” quem foi o autor material das mudanças, uma situação incompreensível já que é este ministério o responsável pela elaboração do OE.". Incompreensível, isso sim, é a qualidade do nosso jornalismo político.

Isto vai dar que falar

"Inspecção-geral de Finanças leu correio electrónico de funcionários dos Impostos para tentar detectar fugas de informação" (surge no Público Online de hoje). A ser verdade, isto vai dar falatório porque não me parece que tenha havido intervenção de um juiz ou de uma autoridade judiciária competente a dar cobertura à acção da Inspecção-Geral de Finanças, ou se a houve, não me parece que a mesma tenha sido proporcional à lesão que representa na esfera da vida privada.

Vai surgir novamente o debate à volta da possibilidade de determinadas entidades administrativas poderem solicitar às entidades prestadoras de serviços de telecomunicações, de rede fixa ou de rede móvel, ou a operadores de serviços de Internet registos de contactos telefónicos e de transmissão de dados existentes e, em alguns casos - como parece ter sido o caso - terem acesso ao respectivo conteúdo desses contactos telefónicos e dessas transmissões de dados por via electrónica.

Quero relembrar o que diz o n.º 4 do artigo 34.º da Constituição nesta matéria: "É proibida toda a ingerência das autoridades públicas na correspondência, nas telecomunicações e nos demais meios de comunicação, salvos os casos previstos na lei em matéria de processo criminal."

Toda esta polémica envolve um blogue bem conhecido, O Jumento, que, ao que parece, se dedica "a escrever sobre situações passadas na DGCI", sendo desconhecido(s) o(s) seu(s) autor(es).

Que rumo para "o interior"?

Cavaco Silva veio hoje - na abertura da Biblioteca José Cardoso Pires em Vila de Rei - afirmar que "o interior do país está despovoado como nunca esteve". Disse ainda que "a coesão territorial e a defesa da nossa identidade exigem uma atenção acrescida dos poderes públicos ao grave problema do despovoamento do interior".

É verdade que o problema das assimetrias regionais é um assunto sério.
É também verdade que as regiões do interior têm grandes dificuldades em atrair investimentos, em desenvolver a sua actividade económica ou em criar emprego que permita fixar as suas populações, em particular as mais jovens.
É ainda verdade que, sem a referida capacidade económica e sem as pessoas, o interior tem e terá grandes dificuldades para aproveitar os recursos naturais e ambientais ou para promover o seu património arquitectónico.

Dito isto e concentrando-me agora no problema específico do despovoamento, há uma reflexão que venho fazendo e que passa pela seguinte provocação: fará sentido pensar que Portugal pode manter um modelo de desenvolvimento territorial que continue a acreditar que temos de criar as condições para a manutenção (artificial) de algumas vilas e aldeias? O problema da desertificação populacional do interior deve ser corrigido através da criação de núcleos urbanos consolidados e não pela sustentação de um modelo de dispersão populacional verdadeiramente insustentável, por exemplo, no que diz respeito à localização de serviços públicos (tribunais, estabelecimentos de saúde, serviços de finanças, escolas, etc)? O que temos é de promover a constituição no interior de cidades médias com estruturas socioeconómicas sólidas e não de promover políticas bondosamente voluntaristas dirigidas à "litoralização" do interior...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

MFL on MILF mode?

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Santana is back or not?
A "Senhora" vai ou não vai indigitar o "ex-futuro candidato a tudo o que mexe" como candidato à CML?
Quanta indecisão!?
Este é o momento definidor da liderança do PSD.
Manuela Ferreira Leite, tem duas alternativas:


  1. Afirma-se como a séria e austera "Cavaca" por quem uma certa direita nostálgica sebastianicamente suspirava, na remota esperança de algum retornar ou poder.

  2. Sucumbe ao gigolismo eleitoralista de Santana Lopes e ao partido populista em que na pratica o PSD se converteu.

Na primeira hipótese, já conhecemos o filme, tivemos o pais do monstro, agora viria mãe.


Na segunda hipótese (a mais provável)... valha ao PSD a Nossa Senhora da Lapa... tanta guerra para quê?!
Será que ainda vamos ler no Abrupto: "Volta Menezes que estás perdoado"?!

Vozes de burro talvez cheguem ao céu.

Bom, não terá sido pelo Cá calharás, o certo é que, ao que parece, as boas praticas económicas e financeiras estão mesmo na ordem do dia.
Independentemente do que resolva fazer o restante planeta global, a União Europeia prepara-se para acabar com os “off shore”.
Caso avance com esta medida, a comissão europeia contará com o apoio sem reservas do governo português.
Aleluia!

Mais uma Ajudinha...

A Dra. MFL faz mais pelo governo PS, que o executivo governativo todo junto. Desta vez reconheceu que Teixeira dos Santos conseguiu reformar a administraçao fiscal. Hoje no Jornal de Negocios Online "Ferreira Leite defendeu ainda o fim do pagamento por conta pelas empresas, recordando ter sido ela própria a impor isso como instrumento de controlo fiscal e considerando que, face à eficácia actual do próprio fisco, deixou de fazer sentido."
O velho Portugal do desenrasque no seu melhor.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Há muita fraca memória na política...

Hoje andou tudo indignado e escandalizado com um lapso constante da alteração à lei do financiamento dos partidos,incorporada na Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2009, que visava substituir o indexante Salário Mínimo Nacional pelo chamado Indexante de Apoios Sociais. Nada mais.

Admita-se o erro, porque não passou disso, e rapidamente se passe à frente desta chicana política de que o PSD e Paulo Rangel, o seu líder parlamentar, quiseram assumir o protagonismo. Mas fizeram mal. Deviam ter ficado calados, à semelhança do o PCP, que sabe que a questão do financiamento dos partidos políticos transcende muito mais a questão do peditório misseiro dos donativos em dinheiro vivo.

É pena que Paulo Rangel ande nisto há pouco tempo e já não se recorde de uma decisão tomada pelo Tribunal Constitucional há pouco mais de um ano: pela primeira vez na história da democracia, um partido político foi acusado, julgado e condenado pela violação das regras do financiamento político (ver o acórdão completo aqui). Ficou claramente provado que o PSD (e já agora, também a JSD) recebeu em 2002 (à data era líder Durão Barroso) um donativo de € 233,415 da SOMAGUE, através do pagamento por esta dos serviços prestados pela empresa NOVODESIGN. Serviços que disseram respeito às eleições legislativas antecipadas de 2002, que levaram Durão Barroso a Primeiro-Ministro.

Como é que tudo foi descoberto? A situação foi detectada pela Direcção-Geral dos Impostos, mas, depois, os depoimentos recolhidos junto de vários responsáveis e funcionários da NOVODESIGN, bem como do (nosso velho conhecido) secretário-geral da JSD (Ricardo Almeida), confirmaram que os serviços facturados à SOMAGUE foram efectivamente prestados pela NOVODESIGN ao PSD e à JSD. O mesmo acontecendo com a prova documental que permite verificar a anulação de 7 facturas, dirigidas ao PSD e à JSD e a sua substituição por uma única, com a mesma data, dirigida à SOMAGUE. Repare-se no que diz o Acórdão do Tribunal Constitucional: "Tais factos resultam claros (I) dos pedidos de factura, na medida em que a referência ao PPD/PSD e à JSD nelas aposta foi riscada e substituída por uma referência à SOMAGUE, (II) do documento interno da NOVODESIGN anexo aos pedidos de factura, no qual se refere que “estes sete pedidos de factura vão dar origem a uma factura única à SOMAGUE (…)”, (III) e da factura dirigida à SOMAGUE, que corresponde ao teor do documento interno, no que toca à entidade pagadora, ao descritivo e ao valor dos serviços prestados." É caso para dizer: verdadeiros artistas!

Bem vindo!

A partir de hoje, o Paulo passa a escrever nest'A Gaiola. Espera-se que com muito fôlego!

Saramago visto do outro lado do Atlântico


A conceituada revista americana New Yorker publica na sua última edição uma recensão crítica do romance de José Saramago "As Intermitências da Morte" (em inglês e com ajuda do Lauro Dérnio..."Death with Interruptions"), que nos mostra um olhar bem interessante sobre a escrita desta autor (ver aqui).

Vale a pena a leitura do artigo de James Wood, com o título "Death takes a holiday", que não deixa de passar ao lado do já famoso estilo narrativo de Saramago de longas frases e de parágrafos não pontuados. A crítica é muito favorável a este livro de Saramago, referindo que Saramago tem a capacidade de parecer sábio e ignorante ao mesmo tempo, como se não estivesse realmente a narrar as histórias que narra.

O estilo de velho sabedor e bom contador de narrativas simples, repletas de alusões existencialistas, tem sido, a meu ver, o estilo que marca os últimos livros de Saramago (Ensaio sobre a Cegueira, Ensaio sobre a Lucidez, As Pequenas Memórias, etc.). Vamos ver o que nos oferece o novo livro "A viagem do elefante". Já agora, se quiserem consultar o blogue pessoal de Saramago é só ir aqui.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

À espera de quê?




A Globalização necessita de regulamentação, forte, clara, e eficiente, e de instrumentos que a faça cumprir.
São hoje evidentes os excessos que o liberalismo congenitamente promove (por falar nisso alguém viu um liberal por aí?)
Querem mais ou melhores exemplos do que a tragédia que têm sido os sucessivos episódios desta Crise Royalle? E parece que ainda vamos na 1ª série…
Esqueçam o discurso da virgem, o que aconteceu foi sem surpresa (ver textos antigos de Luís Viegas neste blog).
Só talvez os ingénuos e os ignorantes podem lavar daqui as suas mãos. Todos temos sido, conscientemente e até pró-activamente, figurantes e protagonistas desta “triste peça”. Sabemos a quem servimos, motivados pelos nossos interesses mais primários e individualistas.
E para onde tem ido toda a riqueza que produzimos? E onde está o fruto do nosso trabalho?
A partir do momento, em que um qualquer operador mil eurista de call-center, com vinculo precário a uma agencia de trabalho temporário, pode aconselhar anonimamente e à distancia, um afortunado cliente bancário, a fugir com as suas economias para um paraíso fiscal, a sociedade que se permite a tamanha monstruosidade, vendeu a alma e cava a sua sepultura.
O Mundo Ocidental tropeçou na sua cova e caiu lá dentro. Não está enterrado, o céu continua azul, e com esforço e engenho, não está assim tão fundo que não consiga de lá saltar mais vigoroso e optimista. Mas as offshore são os coveiros que tudo tapam. Vivas ou mortas, sujas ou limpas, as riquezas que por lá passam são imensas. Os ditos paraísos fiscais rapidamente tudo tornam irreconhecível, e logo, irrecuperável para o bem comum. São riquezas que provavelmente já se fizeram de misérias, mas que com o contributo das offshore seguramente promoverão ainda mais pobreza a uma escala muito mais que proporcional à felicidade que hipoteticamente terá proporcionado aqueles meia dúzia que se recusaram a retribuir à sociedade uma pequena parte do que esta lhes deu.
Este é o momento para acabar com a pouca vergonha, ou não será assim?
Serão necessárias as filas sopa dos pobres da América da grande depressão?
Por muito, muito menos já fomos para a rua!
É nossa obrigação fazer-mos tudo o que está ao nosso alcance para acabarmos com os “paraísos fiscais” que são pedra angular dos nossos “infernos”.
Estou aqui à espera do fim da offshore que envergonha o nosso país.
Vamos dar o exemplo.

Power to Powell




O que terá feito recuar este homem impoluto, perante um alcoólico em recuperação, refractário da guerra e da vida, abandonado pela inteligência?
8 anos depois corrigiu a mão, mas agora por entreposta pessoa.
Barack Obama será o próximo Presidente dos EUA para o bem do seu país e da humanidade e com o apoio republicano de Colin Powell.
Barack e Colin, dois mestiços, dois “african american”, unidos por um sonho que não é de direita nem de esquerda, não é a preto e branco.O American Dream, da liberdade e da prosperidade. As razões que fizeram dos EUA os fazedores do século XX, que fizeram deste grandioso país o El Dorado dos hábeis e dos mais capazes.
Colin já havia garantido o seu nome a titulo póstumo numa qualquer avenida de Washington, mesmo se nada tivesse dito durante estas semanas.
Ao declarar o seu apoio ao candidato democrata à Casa Branca, e da forma como o fez, terá feito por merecer outro cognome na historia recente dos EUA, o de 1º Presidente mestiço dos EUA que nunca foi, mas que muito mais que provavelmente deveria ter sido.

Democracia 2.0




O paradigma da comunicação em abstracto, aplicado ao fenómeno político, ainda é abordado pela generalidade da nossa classe politica de forma amadora e ortodoxa.
O problema na maioria dos casos está mesmo o conteúdo das mensagens, e talvez com excepção para as primeiras legislativas de Guterres, nunca até hoje um partido ou movimento politico foi realmente capaz de inovar na forma de comunicar com o todo do eleitorado.
Podemos então falar no Bloco? Sim e não. De facto para uma pequena fatia do eleitorado, aquela de quem o BE na prática se alimenta (classe média/alta, 20/40 anos, urbana e literata), as mensagens do Bloco têm sido diferentes e por vezes até bastante eficientes. Mas, uma vez mais, quando falamos de comunicar para a mole eleitoral, quando se quer chegar a todas as faixas mais significativas do eleitorado, o Bloco acaba por cair inevitavelmente nos clichés das marchas e das manifestações de protesto contra os patrões e o capital, tão datadas como os bigodes de Trotsky.
O panorama político português tem o tal hábito velho como a nação. Somos intrinsecamente conservadores no que respeita aos nossos hábitos sociais, às formas como nos relacionamos, às categorias que aplicamos aos outros e a nós.
E o que é a politica senão o conjunto de actos supremos do nós enquanto gregários e inexoravelmente sociais?
Vivemos ainda no país dos doutores e engenheiros, dos tios e das tias, dos deputados preguiçosos e das deputadas que subiram na horizontal. São esses os nossos preconceitos. Como o que essencialmente diferencia os políticos dos seus eleitores, é a superior plasticidade dos primeiros em relação aos segundos, os segundos não se podem queixar dos políticos que apenas lhes dão aquilo que eles pedem. E é isso que eles (eleitores) fazem, não se queixam de todo, não se envolvem, nem se vinculam. Vão para a praia em dia de eleições porque nada de novo os surpreendeu.
Aqui, aplicando as leis que o mercado nos ensina, nesta crise de participação, aparecem grandes oportunidades.
É errado pensar todo dos cidadãos como estatística, como tantas vezes conseguimos descodificar nos discursos dos “nossos” políticos. Mas é igualmente errado pensarmos o cidadão como elemento meramente individual movido por processos particulares e predeterminado por contextos formais.
O homem aspira sempre à sua liberdade e só se revê como livre quando toma poder sobre a sua viva. Isto é igual para todos e cada um de nós. O sucesso da democracia está exactamente na correspondência a este desejo de poder sobre o destino colectivo.
Os nossos políticos, principalmente os nossos novos políticos, têm que se questionar sobre até que ponto, as suas praticas, o seu discurso, estão de facto abertos aos contributos e participação dos eleitores. A esses que eles querem que vão “pelo menos” votar.
Partam de um princípio: as pessoas não vão votar por que sim, ou porque votar não lhes interesse, as pessoas não vão votar por que apenas isso já não lhes chega, já não as satisfaz. As pessoas querem participar mais e mais eficientemente no seu futuro individual e colectivo.
Se isso lhes é permitido em todas as restantes dimensões da sua vida (familiar, laboral, de lazer) porque querem que as pessoas apenas votem a dias e horas certas e se sintam realizadas politicamente com apenas isso?
A democracia 2.0 urge e vai chegar.
Ganhará quem estiver mais preparado para essa nova era.
No fim ganhará a democracia e todos nós.

P.s.: vão dar uma espreitadela à campanha de Obama. Parte dos instrumentos de mobilização de um eleitorado cada vez mais exigente e participativo estão lá.

Pre-anuncio de uma "Falencia"

As eleiçoes no arquipelago dos Açores sao um pre-anuncio do que se pode pasar durante o próximo ano em Portugal, um continuar do afastamento da populaçao da vida política e dos políticos.
Tive a sorte (porque adoro os Açores, nao pelas eleiçoes) de ter passado o ultimo fim de semana nos Açores e posso-vos garantir que no Domingo, até S. Pedro apelou à participaçao, nada para além de factores intrinsecos ao interesse demonstrado pela populaçao (nenhum) podem ser culpados pelos 53,24% de abstençao. Aliás à hora do anuncio das primeiras projecçoes, penso que apenas nas sedes de campanhas se acompanhavam as emissoes televisivas, porque pelos cafés (locais com TV) que fui passando só via o “baile” do Penafiel ao Benfica.
As praias estava semi-desertas, o Shopping estava a um ritmo normal, as ruas estavam povoadas, os locais de ócio estavam semi-vazios, os cafés estavam compostos, ou seja, um tipico domingo de outuno.
Como o meu aviao apenas descolou às 21.25, ainda tive tempo para enquanto percorria os ultimos kms de ouvir os primeiros comentários dos lideres partidários. Ouvi dois que para mim podem explicar o nível de abestençao.
O vice-presidente do PS-Açores, agradeceu ao povo Açoreano a clara manifestaçao de uma vontade de continuidade expressada pelo voto da maioria dos Açoreanos, como pode alguem falar da maioria dos Açoreanos quando apenas 23,36% dos eleitores (recenciados) votaram no PS, (nao tenho dado para poder aferir sobre esta percentagem no total de Açoreanos).
O porta-voz do PSD-Açores, tentando fugir ao que foi o pior resultado de sempre em eleiçoes regionais acusou o partido do poder de se distanciar da populaçao, ou seja, desresponsabilizando-se da criaçao de uma alternativa credível que faça com que a populaçao, tenha vontade de mudança.
Quando os principais intrevenientes nao sao capazes de reconhecer que o seu “clientes” nao estao a comprar o seu producto e que os seus “productos” (causas) nao apelam à compra, a empresa em breve entrará em bancarrota, uma vez que nao há “ingressos”. Parafraseando o meu companheiro Bloguista Luis Viegas “Criatividade, inovação e flexibilidade são os requisitos fundamentais para esta mudança [...]”
Outra soluçao (???) talvez seja a auto-alimentaçao, apenas como exemplo na Ilha do Corvo, cerca de 50% dos eleitores inscritos tiveram dispensa para acçoes de campanha. (nesta ilha a abestençao nao foi tao elevada!!!!!) Para que o centro de saude funciona-se com regularidade foi pedido o auxilio de um funcionário da vizinha ilha das Flores.

Atitude!

Meter a cabeça na areia não é, nem nunca foi solução. Os momentos de crise podem ser potencialmente entusiasmantes. Permitem refundar aquilo que sempre achámos mal, ou pelo menos disfuncional, mas que por comodismo, nunca tivemos energia nem coragem para mudar.

Criatividade, inovação e flexibilidade são os requisitos fundamentais para esta mudança que agora começamos a operar.

Pelos fracos não reza a história!

PS – só para desanuviar aconselho que vejam o filme “burn after reading”. É um belo ensaio sobre o nonsense por vezes presentes na vida quotidiana. Umas vezes de forma directa, outras vezes de forma indirecta. Outras porém, só mesmo em filmes...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

http://www.PetitionOnline.com/bairalto/




Exactamente pelas mesmíssimas razões que o André avança, e muito bem, na sua análise, também eu sou claramente contra estas arbitrárias alterações à movida do “Bairo”. Por isso, faço titulo deste post o conteúdo de um comentário, que um leitor também por lá publicou.
Caros amigos e amigas, toca a assinar se querem continuar a “bairrar”!

OE 2009: "sale and lease back" para habitação (II)

Meus amigos, amanhã [3.ª feira], a Caixa Geral de Depósitos vai apresentar o seu plano para a área dos Fundos de Investimento Imobiliário em Arrendamento Habitacional (os tais que permitem que um proprietário venda a um fundo o imóvel de que é proprietário, podendo depois arrendá-lo e mantendo em aberto a possibilidade de comprar o imóvel mais tarde), que se encontram previstos proposta de lei do Orçamento do Estado para 2009.

Vamos ver que condições são propostas uma vez que o sucesso desta medida depende da não neutralização de todos os seus benefícios pelas entidades que mais têm a ganhar com os novos Fundos: os bancos.

Estou mais do que convencido de que estes Fundos serão um excelente negócio para aqueles que chegarem primeiro ao mercado e "tomarem" os melhores imóveis para a seguir os "darem" de arrendamento, como se costuma dizer. É preciso não esquecer o super regime fiscal destes fundos: isenção de IRC sobre os rendimentos obtidos pelo fundo até 2014; isenção de IRS e IRC sobre os rendimentos dos fundos dos detentores das unidades de participação; dedução à colecta das rendas em sede de IRS; isenção de IMI para os imóveis que fiquem na carteira do fundo; e isenção de IMT nas compras desses imóveis.

A Campanha nos EUA segue

http://www.peteyandpetunia.com/VoteHere/VoteHere.htm

Círculo de compensação: uma boa ideia


Realizaram-se ontem as eleições legislativas regionais nos Açores, tendo o PS-Açores de Carlos César renovado a maioria absoluta e assim ganho o bilhete para juntar mais 4 anos aos 12 anos de liderança do governo regional que já leva.
Numas eleições muito pouco interessantes, o facto mais surpreendente foi o impacto de uma alteração na lei eleitoral açoreana realizada em Agosto de 2006: a criação do "círculo regional de compensação".
Assim, no território eleitoral há nove círculos eleitorais coincidentes com cada uma das ilhas dos Açores e um círculo regional de compensação, coincidente com a totalidade da área da Região Autónoma dos Açores.
Como é que funciona este círculo de compensação? É necessário ser candidato tanto num círculo de ilha como no círculo regional. No círculo regional de compensação, a conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação proporcional de Hondt, com compensação pelos mandatos já obtidos nos círculos de ilha, ou seja, caso ao mesmo candidato corresponda um mandato atribuído no círculo regional de compensação e um mandato num círculo de ilha, o candidato ocupa o mandato atribuído no círculo de ilha, sendo o mandato no círculo regional de compensação conferido ao candidato imediatamente seguinte, na lista do círculo regional de compensação, na referida ordem de preferência. Quem sai daqui beneficiado são os partidos mais pequenos que acabam por conseguir obter mandatos com os seus votos, já que os partidos maiores acabam por utilizar os seus votos nos mandatos dos círculos de ilha.
Com isto o que é que se conseguiu? Corrigir a representação desigual que resulta da utilização do método de representação proporcional de Hondt. Neste método, na conversão de votos em mandatos, saem favorecidos os partidos mais votados face aos partidos menos votados. Deixa de haver os chamados "votos perdidos".
Por que não pensar numa solução destas para as eleições legislativas nacionais?

domingo, 19 de outubro de 2008

Novos horários no Bairro Alto



Fazem sentidos os novos horários propostos pela CM de Lisboa?

Faz sentido poder estar a jantar num restaurante até às 2 horas e, depois, não ter nenhum sítio aonde poder ir beber um copo? Não será que as pessoas vão acabar por ficar nas ruas a conversar e a beber, umas vez fechados os bares? Percebe-se que as casas de fados possam estar abertas até às 4 horas e os bares não? Não se poderia prever, por exemplo, que os bares pudessem estar abertos até às 3 ou 4 horas da manhã mas, a partir das 2 horas, não pudessem vender bebidas para consumo no exterior?

Reconheço que se deve melhorar as condições dos moradores do Bairro Alto (até porque também já o fui durante algum tempo) mas, às vezes, dá-me ideia de que soluções demasiado rígidas nesta matéria têm um de dois destinos (i) incumprimento generalizado; (ii) esvaziamento da procura e, consequentemente, redução da actividade económica... Vamos ver como é que as coisas correm.

Dúvidas de fim de semana

Qual é o lugar do morto num carro funerário?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um inglês, um alemão e um português

Estavam um inglês, um alemão e um português num café quando o inglês diz aos outros:

- Esse que aí entrou é igualzinho ao Jesus Cristo!
- Pois, pois - dizem os outros.
- Estou-vos a dizer. A barba, a túnica....

O inglês levanta-se, dirige-se ao homem e pergunta:

- Tu és Jesus Cristo, não é verdade?
- Eu? Que ideia!
- Eu acho que sim. Tu és Jesus Cristo.
- Já disse que não. Mas fala mais baixo.
- Eu sei que tu és Jesus Cristo

Tanto insiste que o homem lhe diz baixinho:

- Sou efectivamente Jesus Cristo mas fala baixo e não digas a ninguém senão isto fica aqui um pandemónio.
- Fiz uma lesão no joelho em pequeno. Cura-me.
- Milagres não. Tu vais contar aos teus amigos e eu passo a tarde a fazer milagres.

O inglês tanto insiste que Jesus Cristo põe-lhe a mão sobre o joelho e cura-o.

- Obrigado. Ficarei eternamente grato - agradece, emocionado, o inglês.
- Sim, sim. Não grites e vai-te embora. Não contes a ninguém.

O inglês, mal chegou à mesa, contou aos amigos. O alemão levantou-se logo e dirigiu-se a ele.

- O meu amigo disse-me que eras Jesus Cristo e que o curaste. Tenho um olho de vidro. Cura-me.
- Não sou nada Jesus Cristo. Fala baixo.

O alemão tanto insistiu que Jesus Cristo passou-lhe a mão pelos olhos e curou-o.

- Vai-te agora embora e não contes a ninguém.

Mas Jesus Cristo bem o viu a contar a história aos amigos e ficou à espera de ver o português ir ter com ele. O tempo foi passando e nada. Mordido pela curiosidade dirigiu-se à mesa dos três amigos e, pondo a mão sobre o ombro do português, começou a perguntar:

- E tu, não queres que.....

O português levanta-se de um salto, afastando-se dele:

- Eh, tira as mãozinhas que eu estou de baixa!!!

Nada como rir para esquecer a crise



http://iva.caoazul.com/blogiva/

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Entrevista James Howard Kunstler - Preparem-se, o nosso estilo de vida vai mudar


É longo, mas vale a pena ler!


"Não se tem falado de outra coisa: derrapagem do preço do petróleo e crise financeira global. Responsáveis? O estilo de vida ocidental, dependente do petróleo. Solução? Mudar de estilo de vida. Escreveu-o James Howard Kunstler há cinco anos em O Fim do Petróleo. Vai repeti-lo hoje numa conferência e num debate em Lisboa. Por Vítor Belanciano
Continuamos a brincar ao faz-de-conta. Entrámos na curva descendente da exploração petrolífera e do gás natural em que assenta o nosso modo de vida, mas insistimos em imaginar reservas inesgotáveis ou artifícios tecnológicos como substitutos. Di-lo o americano James Howard Kunstler, especialista em urbanismo, jornalista, escritor, autor de O Fim do Petróleo - o grande desafio do séc. XXI (2005), onde relata o que nos espera depois do pico global de produção petrolífera ser superado, gerando mudanças económicas, políticas e sociais épicas. Conhecido desde que publicou, em 1993, The Geography Of Nowhere: The Rise and Decline of America's Man-made Landscape, editou ensaios sobre planeamento e condição urbana, visando o que classifica como fiasco do modelo suburbano.Em simultâneo, tem escrito romances. O último, deste ano, World Made By Hand, reflecte o mundo pós-petróleo. Controverso, lúcido, incisivo e profético são epítetos utilizados para falar de alguém que tem antecipado não só a derrapagem dos preços do petróleo, mas também a crise financeira global. Hoje, às 9h30, no auditório 3 da Fundação Gulbenkian, em Lisboa, Kunstler profere a conferência A longa emergência: o futuro da energia e do urbanismo, no contexto de um ciclo de prelecções promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. À tarde, pelas 16h30, estará num debate no Instituto Superior Técnico. Diz que o estilo de vida ocidental tem de mudar porque é inconsistente com os reduzidos recursos enérgicos que temos. A crise dos mercados financeiros é mais uma indicação de que o mundo está a mesmo a mudar de forma dramática?No Ocidente, seja nos EUA ou na Europa, o esgotamento dos combustíveis fósseis tem implicações profundas no complexo sistema que atribui sentido à vida em sociedade. Esse estilo de vida está em vias de se tornar insustentável ou entrar em colapso, à medida que entramos no território desconhecido da redução permanente de petróleo. As finanças são apenas um desses sistemas - aquele que colige e atrai capital. Agora está sob tensão, à beira da ruptura. Em parte por causa do esforço para contornar o previsível fim do crescimento industrial petrolífero, que conduziu a uma série de aldrabices, ou seja, investimentos mutantes que se revelaram fraudulentos. É claro que o sistema financeiro está ligado com os outros sistemas dos quais dependemos - alimentação, transportes ou comércio, e o falhanço de cada um deles afecta todos os outros.Tendências que previu em O Fim do Petróleo, como a crise dos mercados financeiros e a aflição causada pela especulação imobiliária, estão a acontecer. Por que não foi feito nada?Porque os EUA, e o resto do mundo, como costumo dizer, estão a caminhar como sonâmbulos rumo ao futuro. Estamos a enfrentar o fim da era dos combustíveis fósseis baratos, ou seja, o fim da história industrial, e não assumimos que as reservas são finitas, não se renovam, distribuem-se de forma desigual e não temos substitutos.Isto é mal compreendido pela população, preocupada com o dia-a-dia, e por quem detém poder de pensar e agir. Não é conspiração. É inércia cultural, agravada pela ilusão colectiva de quem vive num ambiente de conforto. Talvez faça parte da natureza das coisas ignorarem-se as condições que as provocam até ser tarde de mais para se fazer seja o que for. Mas era bom que se percebesse que o pico de produção global de petróleo vai mudar a vida económica do mundo. Há solução para a derrapagem do preço do petróleo?Ao mesmo tempo que assistimos a distorções no preço do petróleo, existe a presunção de que abrandar as economias mundiais amortecerá a procura de produtos petrolíferos. É optimismo a mais. Existe uma capacidade mínima para operar nos países desenvolvidos e suspeito que as margens são maiores do que se pensa. Segundo, as distorções de preços criarão mais problemas no futuro, porque muitos investimentos serão adiados ou cancelados porque foram planeados para ser rentáveis apenas com o barril de petróleo a 100 dólares. A situação actual afectará futuras provisões que serviriam para compensar futuros esgotamentos. É complicado. Por outro lado, outros factores continuarão a fazer-se sentir, como as questões ligadas ao "nacionalismo petrolífero", que transformam o petróleo numa arma geopolítica. Qual poderá ser o futuro das grandes companhias criadas num contexto onde os recursos pareciam inesgotáveis e baratos? No espaço de cinco anos, talvez antes, as companhias de aviação, por exemplo, não existirão tal como as conhecemos. Isso é certo. É inacreditável que os EUA tenham um deplorável serviço de caminhos-de-ferro. Destruímo-lo! Se não encontrarmos uma maneira de o reconstruir, não iremos a lado nenhum neste novo mundo que se descortina. Não custa imaginar que as travessias de oceano por barco voltarão a ser normais ou que a indústria dos camiões morrerá, pelo menos da forma como está organizada.Acredita-se que através da tecnologia encontraremos substituto para os problemas energéticos. Diz que é uma falácia. A tecnologia é problema, não faz parte da solução?Sofremos de "tecnotriunfalismo". A maior parte das pessoas não admite a possibilidade de a civilização industrial não ser salva pela inovação tecnológica. Pensam: como podem nações que chegam à Lua não superar estas dificuldades? Esta visão conduziu-nos a um pântano, com investimentos de filosofia errada. A mania, agora, nos circuitos ecológicos americanos, é encontrar maneiras de circular com carros amigas do ambiente. Uma loucura. A solução para a falhada utopia automobilística não é mais carros que circulam de formas diferentes, mas sim bairros, vilas ou cidades onde se circule a pé. A economia global subsistirá ou a tendência será, como parece defender, regressarmos a uma economia localizada?Ainda não sabemos se as disfunções nas finanças ou nos recursos energéticos conduzirão a graves problemas geopolíticos, o que, a acontecer, afectará a lógica de comércio internacional. Seja como for, o mundo deixará de encolher, tornando-se, outra vez, maior. A globalização não tornou o mundo mais plano, como se diz. Mudarão radicalmente quase todas as relações económicas entre pessoas, nações e instituições. O comércio mundial não desaparecerá, mas o contexto onde se fará será mais reduzido. Genericamente, viveremos mais localmente.Há uma corrente de opinião que sustenta ser possível uma transição suave dos combustíveis fósseis para os seus substitutos (hidrogénio, energia solar, etanol...). O que pensa disso? Acredito que tentarão esses e muitos mais e desiludir-se-ão com todos. Alguns deles, como o etanol, revelar-se-ão fraudes imediatas, pelo menos em termos económicos. Temos é de nos concentrar em conservar o que ainda temos, estabelecer modelos locais, pensar num tipo de desenvolvimento urbano compacto e em paisagens agrícolas menos mecanizadas. A crença de que a "economia de mercado" nos facultará um substituto é ilusão. Tem reflectido sobre os subúrbios americanos, argumentando que são insustentáveis e sem futuro. No mundo pós-petróleo, o que lhes acontecerá?O conceito de subúrbio não é reformável. E não o é porque foi concebido para fazer sentido na era dos combustíveis baratos - logo, são insustentáveis. Mas não vamos ter muitas saudades, porque nas últimas décadas produziram apenas alienação, solidão e depressão. Os subúrbios americanos são uma espécie de réplica artificial da vida no campo. Para além das questões energéticas, o problema deve-se ao facto de serem uma amálgama de cidade e campo? Sim, topologicamente, são confusos. Nem urbanos, nem rurais, com as desvantagens de ambos e quase nenhuma das vantagens. Têm, por exemplo, congestionamentos de carros e nenhum dos proveitos resultantes da densidade, porque as pessoas estão presas nos carros. Têm paisagem rural, mas quase nenhuma ligação com outras ecologias e organismos vivos. O subúrbio tem inscrito no código genético a palavra entropia, a força da natureza que conduz à morte.Mas as cidades e as concentrações urbanas não desaparecerão. Como será a vida urbana?As cidades serão menores em escala. As megacidades não são outra coisa senão a manifestação de uma época onde a energia era barata. As cidades mais afortunadas tenderão a ser densas e compactas, nos centros históricos e margens dos rios que as circundam. A era do automóvel provou que as pessoas toleram ruas e edifícios feios desde que possam fugir desses locais em automóveis bem equipados. Mas se regressarmos a uma escala humana de construção, haverá uma boa hipótese de os bairros urbanos serem mais sustentáveis e bonitos.Na Europa, o modelo de subúrbio é diferente. Terá mais hipóteses que o americano?Os europeus nunca perderam o respeito pelo carácter e charme da vida urbana. Não destruíram as suas vilas e cidades, ao longo do "processo suburbano", como nós. A qualidade do urbanismo, a sua escala, é mais sustentável. Cidades como Paris, Londres ou Lisboa estarão mais preparadas para as mudanças que, presumivelmente, se avizinham?Absolutamente. Nos próximos anos, os cidadãos de Dallas ou Atlanta sentir-se-ão perdidos nas suas casas gigantes, a quilómetros do nada. Em Lisboa ou Dusseldorf, as pessoas continuarão as suas vidas. Na Europa, até as urbes mais pequenas dispõem de um elevado nível de equipamentos sociais e culturais. Mesmo que houvesse uma grande interrupção no abastecimento de petróleo, a maior parte dos europeus continuaria a sua vida quotidiana. A ideia de que voltaremos ao estilo de vida local, em vilas, vivendo com menos, comprando localmente, andando de bicicleta, não é demasiado romântica?As pessoas farão o que a realidade as forçar a fazer.Voltar ao passado, ao que já conhecemos, é a conduta óbvia quando os tempos são de mudança. É mais difícil olhar em frente, para o desconhecido. Não existe outra opção senão voltar ao passado?As pessoas são inventivas e flexíveis, mas já se fizeram demasiadas coisas falhadas, em nome da inovação. Existem muitas coisas da nossa vida quotidiana que não necessitam de ser reinventadas. Quarteirões onde se pode andar a pé, por exemplo. Todos os dias, encontro uns idiotas que, periodicamente, querem construir sistemas de transportes, concebidos para funcionarem como os carros. Para quê? É de loucos. Os bairros mais desejáveis das grandes cidades são os mais intimistas. E na China, no Brasil ou na Índia? O Ocidente andou a dizer-lhes que o seu estilo de vida é que era, e agora que, aparentemente, têm frutos dessa adopção, irão abdicar do que conquistaram?Também estão a enfrentar imensas mudanças e desafios. Pensa-se que, nos próximos anos, a China irá deter uma espécie de hegemonia global. Duvido. Têm muitos problemas, especialmente de escala, até mais do que as nações ocidentais, por causa da população, da destruição ecológica, da escassez alimentar e da insuficiência de reservas de petróleo. A China transformou-se rapidamente numa grande economia industrial, mas entrou no jogo tarde de mais. Ou seja, industrializou-se no momento preciso em que se reduzem, em todo o mundo, os recursos necessários a esse processo. Há anos, afirmou que, genericamente, os líderes políticos eram fracos. Como tem visto a corrida eleitoral nos EUA?Obama é honesto, inteligente, e espero que venha a ser um digno líder dos EUA. Mas irá passar por desafios e dificuldades terríveis e tenho pena da sobrecarga que vai herdar. Quanto aos problemas energéticos, é difícil perceber até que ponto os candidatos estão informados. Mas o ponto principal é que os cidadãos não têm tido coragem para enfrentar a realidade, independentemente do que os líderes sabem, dizem ou pensam.O que tem mudado, na sua vida privada, para se preparar para o mundo pós-petróleo?Tenho uma vida comedida, nada extravagante. A decisão mais importante foi tomada há 30 anos, quando assentei numa vila americana, Saratoga Springs, 300 quilómetros a norte de Nova Iorque. É uma escala e tipo de vida que está de acordo com aquilo que serão as exigências do futuro."

Mau


Nuno, não foi só este senhor que esteve mal. Queiroz esteve mal na equipa inicial e no "timing" das substituições. Começar com 3 trincos, não saber aproveitar a superioridade numérica e, sobretudo, saber fazer de 11 putos maravilhas uma equipa sólida.

Porreiro, pá!

Aliviar o stress pós-orçamental.

Acabaram-se as bandeiras à janela.



Onze meninos mimados de quinas ao peito!
Um espectáculo miserável de indolência e desrespeito pelo país e pelo adversário.
Uma vergonha!
Ainda estamos incrédulos… como foi possível?!
Sempre que quiserem definir sobranceria e fanfarronice, lembrem-se destes 90 minutos.
Um capitão de uma selecção que não corre, que não luta, que não compete e que aos 60 minutos refila com um público que o apoiou, a ele e à equipa, até ao apito final!? Quanta presunção! O que fez Cristiano e os seus parceiros para merecerem tanto apoio e carinho?
Esta noite não fizeram nada!
Tivemos azar?!
Também terá sido azar não ter aparecido ninguém, nem treinador nem jogadores, ao habitual flash interview de final partida? Terá sido azar o Presidente da FPF ter abandonado cobardemente o estádio 10 minutos antes do apito final?
É nos momentos difíceis que se vêm os homens. Esta noite, em Braga, não se viu ninguém, nem capitão de equipa, nem treinador, nem presidente da federação.
Esta é a nossa selecção?! Esta trupe de rapazolas apalhaçados, de intelectuais da bola, e de políticos fracassados?!
Talento e sabedoria já sabemos que têm. Até Gilberto tem uma certa esperteza (para aquilo que lhe interessa…).
O que lhes falta a todos é carácter!
Acabou o tempo da "selecção de todos nós", das "bandeirinhas à janela", estes preguiçosos merecem uma boa “bofetada” do povo português para ver se ganham vergolha e acordam.
Querem Mundial em 2018?! E que tal preocuparem-se em ir ao de 2010?

P.s.: nem referi que jogamos contra 10... honra oblige.

OE 2009: tabaco ao ritmo do PIB

Se o IRS e a generalidade dos impostos foram aumentados em 2,5% (de acordo com a taxa de inflação prevista para 2009), o velhinho imposto sobre o tabaco só vai crescer 0,99%, o que representa um sinal evidente de que a receita fiscal não resistiu à intensidade dos aumentos dos últimos 4 anos:

- OE 2005 – actualização de 8,7%
- OE 2006 – actualização de 12,9%
- OE 2007 – actualização de 15%
- OE 2008 – actualização de 11%

Apesar de se tratar de um bem de procura relativamente rígida, o consumo de tabaco tem vindo a ser sensível ao aumento significativo do seu preço, por força da subida dos impostos, não sendo igualmente de desprezar a entrada em vigor no início de 2008 da lei que protege os não fumadores da exposição involuntária ao fumo do tabaco, através de medidas restritivas sobre as áreas destinadas ao consumo de tabaco. Em consequência, apesar do aumento significativo do imposto sobre o tabaco nos últimos anos, a receita fiscal deste imposto tem vindo a sofrer uma erosão assinalável (que se esvai nos 3 CCC (contrabando, contrafacção e consumo transfronteiriço).

É caso para dizer: o imposto sobre o tabaco vai subir ao mesmo ritmo do crescimento económico para 2009 (0,6%), brando, brandinho. Mas é previsível que este aumento não tenha repercussão nos preços dos maços de cigarros. Vamos ver o que faz a Tabaqueira. Voltarei novamente a este tema.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

OE 2009: "sale and lease back" para habitação

Valerá a pena, nos tempos que correm, passar de proprietário a inquilino sem sair de casa? É essa uma das possibilidades do novo Regime do Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional prevista no Orçamento do Estado para 2009.
Como se processa? Vendemos a casa a um Fundo de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional que nos dá dinheiro para podermos liquidar o empréstimo bancário e ficamos a pagar uma renda ao Fundo. Depois, ainda temos o direito de exercer a opção de recompra da casa até ao final de 2020.
Valerá a pena? Tudo vai depender do (i) valor de avaliação da nossa casa; (ii) do valor da renda (que tem ser abaixo da prestação bancária anteriormente paga); (iii) da possibilidade ou não de ficarmos com o dinheiro já amortizado ao banco no âmbito do crédito à habitação. Valerá a pena transformar um empréstimo num arrendamento?
Ah... tudo isto recheados de isenções fiscais (IRS, IRC, IMT, IMI, Selo, etc.).
Meus amigos, bem vindos ao "sale and lease back" para habitação.

Não vai ser fácil


Este quadro não é nada animador:

1- Dinamarca, 7 pontos/3 jogos
2- Hungria, 7/4
3- Suécia, 5/3
4- Portugal, 5/4
5- Albânia, 5/4
6- Malta, 0/4

"O Animal"



Co Adriense era arrogante, teimoso, orgulhoso, mas em duas coisas estava certo: o Pepe era e é um central de nível mundial que vale milhões. O Hugo Almeida era um avançado ao nível da distrital e continua a não valer um tostão.
Dói só de velo jogar!
Pôr aquela criatura a jogar. é uma ofensa para o espectador que paga o seu bilhete, e até para aquele que paga apenas a taxa do audiovisual na conta de electricidade.
Como diria o holandês “avançado que não consegue controlar uma bola de pé direito não é jogador”. Mas se fosse apenas este o calcanhar de Aquiles do nosso bisonte das quinas…
Não é rápido, não se sabe posicionar, não tem instinto para atacar as bolas na pequena e grande área, e, por vezes. até parece que nem tem vontade.
Tem mais de 1,90m, mas de que valem os centímetros se se encolhe nas disputas pelo ar,? E quando, por demérito dos adversários, está sozinho, manda a bola para onde está virado?
“Animal”, não é ofensa, é a alcunha que lhe deram os companheiros de selecção, mas se tivesse que atribuir-lhe uma futura encarnação ele seria com toda a certeza um boi manso. Gordo, pastelão, feio, desajeitado, e pouco, ou nada, inteligente.
Está bem é para a Bundesliga! Onde, para a maioria dos jogadores, a bola é quadrada, como é quadrada e saloia esta idiotice fundamentada no complexo de pequenez lusitano: um avançado grande e tosto “dá sempre jeito”.
No caso concreto, Hugo Almeida já provou que nunca teve jeito nenhum e que nunca deu jeito algum a alguem.
Parafraseando o povo da nação futebol:
-“Hugo Almeida és um calhau com olhos!”
-“Ò feioso tens tijolos nos pés!”;

terça-feira, 14 de outubro de 2008

New Presidential Candidate...

Hi,
There's an effort to elect an unknown random person as President... and it's someone we know! Watch this online video about the surprising new nominee:
http://www.tsgnet.com/pres.php?id=46832&altf=Mvjt&altl=Wjfhbt
Jot back a note to let me know what you think!

Mccain se ganhares... não morras! PLEASE!!!



Adoro esta senhora! Deve fazer uma apple pie do best!

Num buraquinho da parede lá de casa havia um grilinho que fazia Shhhhhh.. Shhhhhh!

Em Janeiro do presente ano, a prestigiada revista "The Economist" publicava o ranking dos países mais felizes do Mundo. Leram bem, para variar, e com mais três ou quatro variáveis despiciendas, lá conseguiram publicar um ranking que fugisse às fajutas nomenclaturas do costume (nível de vida, qualidade de vida, pib per capita, etc).
O objectivo era claro, dar um novo el dorado civilizacional a todos os latinos que, como nós, não se conformam por estarem condenados a viver "a vidinha". A acrescentar aos habitués Noruegueses, Dinamarqueses e Suecos em Janeiro o que nós queríamos ser mesmo era Islandeses!
“And the winner was... Iceland!!!”
É verdade!!!
E hoje?
Quanto não davam aqueles 300.000 (in)felizes para terem as suas economias na Caixa Geral de Depósitos?



Quais nórdicos quais quê!
Viva o Quim Barreiros, e viva o Armando Vara!
Que aqui é que está-se bem!

sábado, 11 de outubro de 2008

Futurologia

Este ano os fumadores talvez tenham um prenda no sapatinho do Orçamento do Estado. Mas estarei cá para explicar as razões.