sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Revolução Social - o que pode vir aí!




Penso que foi ontem, ou há dois dias atrás que o General Loureiro dos Santos, prestou umas declarações, um tanto ao quanto estranhas. Mensagem essa que, de acordo com a idoneidade que lhe assiste, ninguém estava à espera. Mais ainda porque aparece bastante desenquadrada, e se refere às forças armadas, elemento essencial e estratégico no que à soberania e democracia respeita. É essa a sua missão, e é com o intuito da persecução dessas mesmas funções que o povo através do sistema político lhes confere poder, meios, e até algumas regalias face a outros sectores da sociedade. O general veio então dizer que, os militares mais novos estavam a perder regalias e direitos em relação aos mais velhos e às altas patentes. E que isso estava a causar uma espécie de sentimento de revolta dos militares mais novos. Podendo a prazo significar um revolta dos militares, sendo a causa este sistema injusto de atribuição de direitos, entre os mais recentes e os instalados.

Veio tudo, excepto o General Garcia Leandro – director do Observatório de segurança, dizer que não. Que o general não mediu bem as palavras, e que aquilo que ele dizia não condizia com a realidade.

Pois eu tenho para mim que este aviso, por exagerado que seja, é a antecâmara daquilo que pode ser um conflito de gerações sério que se prevê. Senão vejamos. Já hoje em dia temos muita gente com reformas exageradíssimas (algumas justas e merecidas, outras nem por isso), calculadas por um sistema de capitalização insustentável e no mínimo generoso. Enquanto outros que estão a começar vida, com filhos para criar são mil euristas, andam deprimidos e infelizes. Até agora também tem atenuado esta discrepância de rendimentos, a solidariedade entre as gerações, feita de avós para pais e netos. Mas com a crise a apertar, com os mil euristas a ter de suportar as boas reformas dos mais velhos, penso que temos todos os condimentos para um conflito de gerações. Faço votos que tal não aconteça, mas a se não tomarmos medidas que corrijam as diferenças, com carácter de justeza e partilha de recursos para quem de facto precisa, a revolução vai passar por aí…

1 comentário:

Nuno Félix disse...

podem vir com levantamentos do rancho que não vai ser o dia da defesa nacional que os vai salvar do novo cidadão que na verdade despreza tudo o que é militar