O Primeiro-Ministro tem muitos méritos. Um dos maiores, e relevantíssimo para a função, é o do controlar ferreamente a informação (e opinião) que emana do seu Governo.
Com PMG* aqui e ali, e depois das torrentes de tricas e mexericos dos velhos tempos de Santana, o jornalismo político ficou à mingua. Só podem escrever aquilo que lhes é dado para escrever, e diga-se em abono da verdade, o bureau do PM, trata de diariamente, de forma controlada e planificada, oferecer a informação mínima garantida para os jornalistas encherem as suas caixas, no melhor interesse do Governo e quero crer do Pais.
Interessa à Nação, ao Governo e mesmo à Presidência da Republica, a continuação da boa e leal cooperação institucional. Logo, e ao contrario das expectativas daqueles que julgavam ter no Prof. Cavaco o “anti-sócrates”, a noticia passou a ser o raríssimo e hipotético conflito entre o Governo e Presidência, e não as confluências de tão clarividentes e consistentes que estas têm sido.
Este controlo verborreico, irrita os Zé Maneis dos jornais. E se até agora não conseguiram “entalar” o “Eng.” Pinto de Sousa, o que é certo é que ainda não desistiram de o tentar.
Desta feita, Rui Figueiredo (adjunto jurídico do PM), veio dar uma enorme ajuda aos abutres, e com um estrondoso exemplo de falta de profissionalismo no desempenho das suas funções.
O adjunto bicéfalo julga que pode ser o contido técnico jurídico da confiança do chefe de governo das 9 às 5 e o pombo-correio da Assembleia da Republica no remanso do seu blog?!
A má fé e a falta de ética jornalística fazem o resto. Elas são evidentes no texto assinado por Luciano Alvarez no Público de ontem, ao revelar detalhes apriorísticos da entrevista com a fonte, que, como aliás revela, nunca chegou a sequer acontecer
Analisem vocês mesmos a opinião publicada por Rui Figueiredo na câmara de comuns. Concordemos ou discordemos da mesma, numa coisa penso que estaremos todos de acordo. Não é para isto que serve um adjunto jurídico do gabinete do Primeiro-Ministro.
* Pequenas/médias gaffes
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