quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sinais

Diz a TSF que "a posse dos secretários de Estado foi adiada para segunda ou terça-feira, uma vez que só no sábado é que o primeiro-ministro Pedro passos Coelho vai começar a fazer os convites".

Passos Coelho não disse na campanha que já tinha o Governo todo na cabeça? Este adiamento é sinal de que está com "falta de tempo para fazer convites" e/ou de que também estará a ter dificuldades com eventuais recusas como aconteceu com os Ministros.

São dois sinais preocupantes porque quem diz que não vai falhar não pode dizer que não tempo ou que não conta com os melhores...

sábado, 11 de junho de 2011

Também devia ir a votos

Bem lembrado pelo Eduardo Pitta. Falta uma pessoa na corrida para secretário-geral o PS. Chama-se Manuel Maria Carrilho, diz-se militante socialista, costuma pontificar na comunicação social o seu ego e não guardou qualquer rancor, por razões diferentes, a António Guterres e a José Sócrates. De que está à espera para sair debaixo das saias da Bárbara? O comentário político na comunicação social não pode só servir para compensar o orçamento familiar.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Um 10 de Junho já adaptado aos novos tempos

Acompanhei hoje de manhã mais uma cerimónia do 10 de Junho, desta vez na capital da Beira Interior, Castelo Branco.

No meio do tédio que tem marcado estas cerimónias (a mesma mise-en-scène, o mesmo excesso nas condecorações), surgiu António Barreto, sociólogo com um discurso pessimista sobre a classe política e inoportuno sobre a urgência de uma revisão constitucional. Prezo pessoalmente António Barreto, de quem fui aluno, mas já cansa a falta de esperança nos Portugueses e a constante dramatização à volta dos falhanços e do futuro negro do nosso País.

Surgiu, depois, Cavaco, que desde 2006, desde que é Presidente da República, tem aproveitado os discursos do 25 de Abril, do 10 de Junho e do 5 de Outubro, para apontar críticas e deixar recados à governação. Mas hoje o político Cavaco vestiu a pele do sociólogo Barreto e utilizou todo o seu discurso para ensaiar uma prosa sobre os problemas da interioridade. Um discurso redondo e com nada de novo sobre o velho problema da desertificação. Mais do que citar Orlando Ribeiro, importaria saber o que acha Cavaco da introdução de portagens nas auto-estradas que ligam o litoral ao interior, ou que acha Cavaco do encerramento de escolas com poucos alunos ou de maternidades sem condições para funcionar. Mas o que fica é o novo registo de Cavaco nos discursos neste tipo de cerimónias: dissertações sobre temas importantes para a nossa sociedade mas laterais aos temas mais actuais dos nossos dias. E, claro, nem uma pitada de confronto com a acção do governo de direita que tomará conta de Portugal até 2015. Veremos já no próximo 5 de Outubro.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Transparência na vida política

No Brasil, foi hoje notícia o pedido de demissão apresentado pelo Ministro Chefe da Casa Civil, António Palocci, n.º 2 de Dilma Rousseff, por suspeitas relacionadas com a multiplicação por 20 do seu património em apenas 4 anos (2006 a 2010). Apesar dos esclarecimentos prestados e de a Procuradoria-Geral da República do Brasil ter entendido que não existem indícios da prática de crime nem justa causa para investigar o caso, o Ministro António Palocci entendeu que o melhor caminho era ir-se embora.

Em Portugal, o controlo público da riqueza de titulares de cargos políticos encontra-se regulado desde 1983, estando os titulares de cargos políticos obrigados a apresentar junto do Tribunal Constitucional a declaração dos seus rendimentos, bem como do respectivo património e cargos sociais. Esta obrigação aplica-se igualmente a gestores de empresas públicas, membros dos órgãos directivos dos partidos políticos e altos dirigentes da Administração Pública.

Até hoje - estamos em 2011 - não foi conhecida qualquer condenação pelo incumprimento daquela obrigação, pela prestação de falsas declarações sobre o rendimento, ou ainda por manifesto e injustificado acréscimo de riqueza durante o período em que determinada pessoa exerceu funções públicas.

Mas em quase 28 anos todos temos a percepção de que é impossível que todos os titulares de cargos políticos possam ser considerados impolutos a este respeito. O que faltou? O que falhou? O que é preciso ainda fazer para assegurar a eficácia da fiscalização realizada pelo Ministério Público?

sábado, 4 de junho de 2011

Sei em quem não vou votar