sexta-feira, 27 de junho de 2008

- E sai um partido “quattro stagioni”!




O Movimento Esparança Portugal (MEP) entregou hoje no Tribunal Constitucional (TC) 9787 assinaturas recolhidas com vista à sua constituição como partido político.
As causas do partido liderado por Rui Marques (o rapaz do Lusitânia Expresso e da Fórum Estudante) são as seguintes:
A Justiça Social
A inclusão
A coesão
Este “projecto de esperança” situado ao “centro do espectro politico” tem na sua génese “uma nova geração” que lembra que “a democracia não tem numerus clausus”.
Nas palavras de Rui Marques, o MEP é “um partido para todas as estações” que gostaria de ter a novidade e a eficácia que representou o Bloco de Esquerda e o grande sucesso que foi o Banco Alimentar (BA)”.
Confuso? Só para quem não ouve as homilias do Padre Feitor Pinto!
O MEP, nome pouco inspirado, talvez saudosista da leitura das crónicas do MEC (Miguel Esteves Cardoso) no Independente, esteve ironicamente para se designar por “Bloco Alimentar”. A paródia não termina aqui, ao “passar os olhos” nos personagens que constituem a comissão instaladora do MEP salta um à evidencia: Ângelo Ferreira, que se identifica como ex-presidente da Associação Académica de Aveiro.
Caros amigos, há quase 20 anos, no tempo em que o Lusitânia Expresso dava meia volta à vista da baia de Dili, e que o Ângelo ainda era estudante universitário, chamaríamos a isto (MEP) “uma grande caldeirada”, nos dias globalizados de hoje e para que “as novas gerações” nos entendam é melhor falarmos de uma pizza familiar..
Este MEP, é um partido plano de ideias, escasso em individualidades, fez-se de assinaturas recolhidas à saída da missa, e é para ser consumido pelas tias do CUPAV (Centro Universitário Padre António Viera) e pelos e meninos dos sacos do BA, enquanto está quente.
Umas notícias de meia pagina no Publico, Umas aparições QB no telejornal das oito da noite e pronto, nem é preciso levar ao forno, na próxima legislatura, lá estará o Rui Marques: deputado independente da bancada do PS.*

Ámen,


* Calculo que o vejamos regularmente sentado à direita da deputada Maria do Rosário Carneiro.

Activos não reclamados: "ovo de Colombo"?

Escreve o João Meneses (gestor da ONG Tese) no Diário Económico de 3.ª feira, 24 de Junho, que os activos não reclamados em Portugal (propriedades sem herdeiro reconhecido, saldos de contas bancários, prémios de seguros de vida, acções, obrigações, certificados de aforro cujos titulares faleceram ou deixaram) deveriam ser canalizados para o financiamento de políticas sociais e para o apoio a instituições de solidariedade social.
Enfim, um conjunto de "riqueza mal parada" que não está a ter qualquer utilização e que não há ninguém a reclamá-la e que cumpriria um melhor destino se fosse investido na própria sociedade.
Concordo com esta visão mas é preciso fazer um trabalho prévio... e também é preciso não deixar de olhar para o trabalho que também já foi feito. Existem já algumas experiências em Portugal que visam recuperar e devolver aos seus titulares esses activos não reclamados. Vejamos três exemplos:
- Recuperação de cauções não reclamadas pelos consumidores no sector das “utilities” (água, electricidade, gás, telefone) (ver Decreto-Lei n.º 195/99, alterado pelo Decreto-Lei n.º 100/2007);
- Recuperação de prémios não reclamados de seguros de vida e de operações de capitalização (criação do dever de informação do segurador ao beneficiário dos contratos de seguros de vida, de acidentes pessoais e das operações de capitalização com beneficiário em caso de morte e criação de um registo central destes contratos de seguro e operações de capitalização – ver Decreto-Lei n.º 384/2007);
- Também no Portal do Cliente Bancário (gerido pelo Banco de Portugal) (http://clientebancario.bportugal.pt/default.htm) se prevê, relativamente a contas bancárias de titulares falecidos, um mecanismo de obtenção pelos herdeiros de informação sobre a existência de saldos bancários, permitindo a sua posterior recuperação.
Visto isto e reconhecendo os méritos da reutilização dos activos não reclamados para fins sociais, não posso deixar também de reconhecer que, em primeiro lugar, devemos aperfeiçoar o sistema (jurídico ou não) para que se evite a criação e permanência deste tipo de situações no futuro e, em segundo lugar, devemos trabalhar em modelos de recuperação acelerada, reforçada e simplificada desses activos pelos seus titulares. Porque também é preciso ter consciência que "o seu" tem o "o seu dono"...
Por fim, na ponderação da melhor forma de fazer retornar para a sociedade essa “riqueza mal parada”, não podemos deixar de ter em atenção determinadas razões de ordem prática, bem como razões formais relacionadas com a prescrição dos direitos dos titulares e herdeiros.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Para português ver…espanhóis nos “encantaria” ser.




O dia de hoje, como a maioria dos dias, dá-nos mais 2 fortes razões para reforçarmos convicções antigas, e desejarmos a consumação das núpcias repetidamente adiadas entre o nosso rectângulo e vizinha Espanha.
Vejamos, nuestros hermanos jogam hoje o acesso à final do europeu de futebol, a essa hora o nosso melhor compatriota a mexer com a “xixa”, vai ver o jogo no sofá enroscado na da Nereida hablando sobre como vai gastar os €19 milhões/época que vai ganhar para o Real Madrid.
O que podemos retirar daqui, argumentos prosaicos mas relevantes:
1 - As espanholas boas são melhores que as portuguesas boas (o Cristiano já experimentou quase todas, pelo que, tem base empírica para querer ficar com a Gallardo).
2 - Os empregadores espanhóis pagam muitissimo melhor que os portugueses. Mal comparado, o Real Madrid (maior clube de Espanha) paga alegremente €19 milhões/época ao melhor do mundo, o Benfica (maior clube de Portugal) não consegue segurar o “cebola” por €2 milhões/época.

E VIVA A ESPANHA!

Ámen.

Sem Palavras - I

Hoje dou inicio a uma nova secçao desiganda "Sem Palavras" que visa postar, textos alheios, imagens e outras formas de comunicaçao, que nao merecem qualquer comentario, pela sua natureza...


"A nova equipa da Autoridade da Concorrência (AdC), liderada por Manuel Sebastião, diz que não herdou processos de investigações ao sector dos combustíveis, procedimentos que Abel Mateus, antes de sair da presidência do regulador, garantiu que continuavam.O “Público” revela na edição de hoje que está instalada a dúvida sobre o destino das investigações iniciadas pelo anterior presidente da AdC, Abel Mateus, a eventuais práticas anticoncorrênciais das maiores petrolíferas. A actual administração diz não ter herdado nenhuma investigação. O anterior presidente mantém o que disse. A actual administração da AdC respondeu ao “Público” que, "do mandato do anterior Conselho, não transitou qualquer processo aberto por práticas restritivas no sector dos combustíveis líquidos, nomeadamente sobre as preocupações concorrenciais citadas". Confrontado com esta posição, Abel Mateus escusa-se a comentar. Diz apenas que se tratava de "estudos ou investigações no domínio das operações de concentração" e mantém que "o que disse [na entrevista] está dito"." sito in Publico.pt 26 de Junho 2008

domingo, 22 de junho de 2008

Só mesmo nas Caraíbas

sábado, 21 de junho de 2008

Caricatura de algumas situações na nossa Sociedade - O que mudou em 30 Anos...


Situação: O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os
colegas.

Ano 1978: Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca
de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não
interrompe mais.

Ano 2008: Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime
parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno
incapacitado.

Situação: O Luis parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto
e espeta-lhe umas chicotadas com este.

Ano 1978: O Luis tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à
universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.

Ano 2008: Prendem o pai do Luís por maus tratos a menores. Sem a figura
paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua
irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís
começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante
meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.


Situação: O Zézinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A
sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria
abraça-o para o consolar.

Ano 1978: Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a
correr.

Ano 2008: A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego.
Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em
terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por
trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia
de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de
um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e
do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de
propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

A favor do Acordo Ortográfico


Recebi hoje do nosso amigo Lord Blackadder um repto para assinar uma petição com o Manifesto em Defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico (ver aqui).

Acontece que eu... sou a favor do Acordo porque, contrariamente ao que se encontra escrito nesse Manifesto, eu não considero que um povo possa considerar-se proprietário de uma língua, ainda para mais quando se trata da 5.ª língua mais falada em todo o Mundo, falada por mais de 200 milhões de pessoas, apenas pouco mais de 5% delas portugueses.

Eu sou a favor do Acordo porque não sou a favor da tacanhez... não foi a tacanhez que nos levou a fazer a reforma ortográfica do início do século XX. Se fossem tomados em consideração os argumentos do Lord Blackadder ainda hoje se escreveria "pharmacia" ou "portugueza". Se querem saber, não é a ortografia que faz a riqueza de uma língua.

Mas atenção: o Acordo Ortográfico não vai acabar com a língua portuguesa falada e escrita em Portugal. Apenas vai criar o Português Internacional, aceite por todos os Estados da CPLP, permitindo fortalecer a nossa língua e cultura no espaço global. E o Acordo nem sequer mexe na fonética, ou seja, na forma como se pronunciam as palavras.

Aproveito para dizer que a nossa Assembleia da República já aprovou o Segundo Protocolo Modificativo, que estabelece um prazo de até seis anos para que o Acordo Ortográfico definitivamente implantado, faltando agora apenas a ratificação através de decreto do Presidente da República.

Desafio o nosso amigo Lord Blackadder a vir apresentar os seus argumentos no blog, num "post" e não num e-mail...

A subida do preço dos combustíveis - V


A subida do preço dos combustíveis - IV


A subida do preço dos combustíveis - III


A subida do preço dos combustíveis - II


A subida do preço dos combustíveis


quarta-feira, 18 de junho de 2008

Então pensam em quê??

"As mulheres não pensam em política 24 horas por dia" confessou-nos Manuela Ferreira Leite numa entrevista à Rádio Renascença, revelada no Diário Económico de hoje, a propósito de se ter remetido ao absoluto silêncio em toda a crise dos transportadores terrestres.
Então os homens não pensam noutras coisas tão óbvias?

terça-feira, 17 de junho de 2008

É já amanhã!!


Cantora americana actua no Santiago Alquimista esta Quarta-feira. Português Tiago Sousa faz a primeira parte. A BLITZ falou com ambos.

A cantora americana Shannon Wright e o português Tiago Sousa actuam esta Quarta-feira, 18 de Junho, no Santiago Alquimista, em Lisboa.

Esta é a segunda vez que a colaboradora de Yann Tiersen e amiga dos Calexico toca em Portugal; a primeira foi há sete anos, na primeira parte do concerto daquela banda no Super Bock Super Rock, em Lisboa e Porto.

Em conversa com a BLITZ, Shannon Wright garante lembrar-se bem dessa passagem por Portugal (tragicamente coincidente com a queda da ponte de Entre-os-Rios). «Nem acredito que já passaram sete anos», comenta.

Quando lhe perguntamos se o seu espectáculo ao vivo – então muito visceral, apesar de a artista se encontrar sozinha em palco, geralmente ao piano – se alterou muito, responde: «É difícil dizer, porque continuo a ser eu, mas o mais certo é que em sete anos tenha mudado».

«Vou voltar a tocar sozinha. Nos últimos anos tenho andado em digressão com banda, talvez da próxima vez a possa levar comigo a Portugal», afiançou.

Conhecida pela entrega em palco , Shannon Wright conta, entre risos, que muitas vezes os espectadores ficam surpreendidos quando a abordam no final dos espectáculos e encontram, afinal, uma mulher simpática. «Isso continua a acontecer!», diz divertida.

O álbum que Shannon Wright vem promover, Let In The Light , vem sendo apresentado como o mais luminoso e feliz da sua carreira. A cantora, que chegou a militar na cena punk do seu estado natal da Flórida, acha que esse «é o tipo de coisa que as pessoas escrevem quando sai um disco. Agora já toco há mais tempo, por isso é normal que tenha melhorado, mas não acho que seja um disco mais bem feito que os outros».

Let In The Light é também o primeiro disco de Shannon Wright depois da colaboração com Yann Tiersen , fixada em disco em 2006. «Quando decidimos fazer o disco não pensámos na parte do negócio, só pensámos no lado musical, criativo. Gostamos muito da música um do outro e foi uma experiência natural... duas pessoas, dois corpos a fazer música».

O quinto disco de Shannon Wright encontra-a num momento de serenidade. «Sinto que tudo o que queria fazer, fiz», garante-nos. «O meu grande propósito é expressar-me, da forma o mais honesta possível, e criar música como uma forma de arte».

«Nos concertos as músicas ganham toda uma nova vida. Muitas vezes as pessoas julgam-te por aquele momento que foi a gravação do disco, mas isso não diz tudo sobre aquilo que tu és enquanto músico», explica, confirmando que o palco é o seu habitat natural: «Os concertos são uma experiência aparte. Para mim, é onde o círculo se completa».

Na primeira parte estará Tiago Sousa . Apreciador da música de Shannon Wright, o português tomou a iniciativa para abrir o concerto: «Quando soube que ela viria e qual a promotora, decidi propor-lhes fazer a primeira parte, pois seria uma imensa honra para mim».

Tiago Sousa, que edita pela independente Merzbau , está entusiasmado com a noite de Quarta-feira - «até porque acho que a minha música tem bastante a ver com a dela» - e promete aproveitar a ocasião para apresentar a sua mais recente edição, The Western Lands .

Neste álbum, Tiago Sousa opta sobretudo pela guitarra, mas até agora distinguira-se por privilegiar, à semelhança de Shannon Wright, o piano.

«Tenho contacto com o piano desde que nasci, praticamente. A minha avó dá aulas de piano e sempre fui muito incentivado para tocar. Na adolescência abandonei-o um pouco mas em 2006 voltei a recuperá-lo, gravando então Crepúsculo , o meu disco de estreia», recorda. «Não sou um músico muito técnico, gosto de manter uma abordagem mais intuitiva».

The Western Lands inspira-se no livro do mesmo título de William S. Burroughs , sobre «a caminhada de diferentes peregrinos em busca desse lugar, numa abordagem onírica, surreal e subversiva. Tentei acima de tudo passar algumas ideias e imagens que me ficaram das várias leituras que dediquei ao livro, mais do que tentar servir a sua estranha narrativa».

O concerto começa às 22h00 e os bilhetes custam 20 euros.

Entrevista publicada no BLITZ a 15 de Junho de 2005

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Excesso de mercado ou défice de regulação?

O Diário de Notícias traz hoje outra notícia surpreendente: em 2009, os consumidores de electricidade vão ver repercutido nas suas facturas as dívidas incobráveis da EDP, ou seja, os riscos de incumprimento contratual, próprios do exercício de uma activididade económica, em vez de ser assumidos pela EDP vão ser transferidos para os consumidores cumpridores.

A ERSE - entidade que deveria proceder à regulação do sector energético - vai aceitar uma velha tese da EDP de que as dívidas incobráveis (em 2007, cerca de € 13,5 milhões) devem ser vistas como um custo inerente do sistema. Custo do sistema?? Custo do sistema é haver uniformização das tarifas quando sabemos, por exemplo, os custos próprios de ter uma infra-estrutura que cubra todo o Pais.

É caso para perguntar por que razão os consumidores não podem igualmente ter acesso aos benefícios do sistema, partilhando com os accionistas da EDP os lucros que esta empresa obtém anualmente (só em 2007, foram € 907, 3 milhões!)?

E se esta (má) doutrina se alarga aos sectores de actividade? Qualquer dia, também passará a ficar expresso na nossa liquidação do IRS uma contribuição especial para cobrir aqueles que não pagam mas deviam pagar impostos. É que não se pode esquecer que as empresas já internalizam ou incorporam nos preços finais dos produtos que fornecem ou serviços que prestam uma parte para a má cobrança.

Acho, sinceramente, que a ERSE não está a proteger os consumidores e, sobretudo, que não está a desempenhar cabalmente as funções de definição das tarifas da electricidade - algo que deve fazer de forma independente do Governo e e das empresas reguladas.

Fico a aguardar pelo que vão dizer as associações de consumidores quando a proposta de regulamento tarifário da ERSE para 2009 for discutida publicamente. Espero que os consumidores saibam utilizar os meios de que dispõem para evitar a imposição deste falso "custo do sistema".

domingo, 15 de junho de 2008

O tempo


O tempo é o regulador da vida…

A concepção comum de tempo é indicada por intervalos ou períodos de duração. Por influência de ideias supostamente desenvolvidas pela irrequietude de Einstein (teoria da relatividade), tempo vem sendo considerado como uma quarta dimensão do contínuo espaço-tempo do Universo, que possui três dimensões espaciais e uma temporal.

Pode dizer-se que um acontecimento ocorre depois de outro acontecimento. Uma forma de definir depois baseia-se na assumpção de causalidade. Crianças de colo não têm a noção de tempo e adultos com certas doenças neurológicas e ou psiquiátricas podem perdê-la.

Mas afinal qual é para nós a importância do tempo. É vulgar ouvirmos as pessoas utilizarem expressões como “o tempo é o grande mestre”, “deixa passar um tempo que isto melhora”, “é tudo uma questão do tempo”. Será ou não o tempo, e aquilo que nos apraz fazer com ele, uma das coisas que nos influenciam a nossa vida? E aquela coisa de estar no sítio certo na altura certa…? Ou agora não é o timing ideal para fazer determinada coisa. Na gestão, uma boa estratégia é definida por onde (localização geográfica, indústria e segmento), o como (táctica – recursos humanos, marketing, distribuição) e quando vou lançar o meu negócio. Mais uma vez a variável tempo a ser fundamental para a decisão. O próprio Juro (preço do dinheiro), do ponto de vista económico não é mais do que a taxa cobrada a partir de todo capital emprestado por um certo período de tempo.

Quantas vezes nos falta o tempo para fazermos aquilo que precisamos de fazer. Quantas vezes damos por nós a achar que alguma coisa que fizemos ou participámos, foi tempo perdido. Quantas vezes olhamos para trás a pensar que deveríamos ter dedicado mais tempo a determinada coisa.

Tenho a certeza de uma coisa, o tempo depois da própria vida deve ser a coisa mais importante que temos. Agora será que todos nós o aproveitamos da melhor forma? Ou por vezes tratamo-lo como se de uma torneira de água corrente se tratasse, ou seja como se fosse inesgotável. Mas podemo-nos animar com várias coisas, o tempo que passamos com os amigos e família que sabe tão bem passar. O tempo que sentimos que não foi perdido, pois afinal há tempo para tudo…

quinta-feira, 12 de junho de 2008

E se os camionistas voltarem para um buzinão na ponte?

Meus amigos,
Pensávamos nós estar livres de uma crise energética e de estar imersos numa situação de emergência civil, quando nos aparece um acórdão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeia a dizer aquilo que há muito Portugal não vinha aceitando (não interessa agora para o caso as razões jurídica subjacentes):
"As taxas de IVA aplicadas nas portagens das pontes sobre o rio Tejo, em Lisboa, deverão aumentar de cinco para 20 por cento".
E o problema é que não estou a ver o Governo com margem orçamental para decidir que o aumento da taxa do IVA não seja reflectido sobre os utentes.
Se tal não acontecer e o aumento for integralmente reflectido sobre os utentes, o preço das portagens nas duas pontes sobre o rio Tejo em Lisboa irá ter um acréscimo significativo que poderá acarretar uma perturbação no acesso à cidade de Lisboa.
Acho que os Portugueses (principalmente os políticos) ainda não aprenderam que as regras de funcionamento do mercado têm de estar libertas de condicionamento porque há sempre um custo desproporcionado que pende para o lado mais fraco da balança.

Adenda: Para agravar esta situação, diz-se por aí que ainda não é líquido que a habitual borla do mês de Agosto na ponte 25 de Abril pode não estar garantida.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Assim resolveram "Nuestros Hermanos"

"El ministro del Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, advirtió hoy de que el Gobierno empleará "máxima firmeza" contra quienes "perjudiquen la vida de los ciudadanos" por el paro de transportes que sigue parte del sector. Rubalcaba cifró en más de 25.000 los agentes de las Fuerzas de Seguridad destinados a este cometido, que, añadió, efectuarán detenciones e impondrán sanciones y multas.
En este sentido, el ministro enmarcó las 34 detenciones que se acaban de producir en la A-1, a las que hay que sumar las 17 de ayer. Al tiempo, Rubalcaba lanzó dos mensajes más, uno destinado a los ciudadanos, garantizando que podrán circular libremnte, acceder a los servicios públicos esenciales y abastecerse de los productos básicos, así como de combustible.
Escolta policial para los distribuidores
A los distribuidores, les reiteró que contarán con escolta policial si tienen dificultades para trasladar sus productos.
Así, dijo que ya se viene realizando protección de transportes de alimentos, combustible, productos sanitarios y desde esta mañana se ha entrado en contacto con la patronal del automóvil para garantizar el traslado de coches nuevos. En concreto, aseguró que se han realizado hasta las ocho de la mañana de hoy 2.953 escoltas de camiones, principalmente de productos alimenticios y combustible."
Sito Publico.es, 11 junho 2008

Pela manha chegou a policia bem armada à fronteira com França, aos piquetes foi pedido que fossem levantados as barreiras, o responsavel destes pediu à policia tempo para discutir com os companheiros, a policia respondeu ja tiveste 3 dias para discutir com o Governo e depois deu uns escassos minutos para que os camioes começacem a andar e apresentou 3 soluçoes:
- Tiras o camiao e segues viagem,
- Dás-me chaves, que eu tiro o camiao e vais à tua vida
- Prendo-te, parto o vidro do camiao e tiro-o eu...

Acabou de forma pacífica e rápida...

O retrocesso do modelo social europeu

Que saudades da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. A Presidência Eslovena propôs a adopção de uma directiva que permite que a jornada semanal dos trabalhadores possa ir até às 65 horas, quando o hoje o tecto máximo era de 48 horas (na maioria dos contratos, a regra são 40 horas semanais). Imaginem o que significa trabalhar 13 horas por dia numa semana de 5 dias de trabalho ou então quase 11 horas numa semana de 6 dias de trabalho?

A jornada semanal de 65 horas até agora só era uma possibilidade para os trabalhadores do Reino Unido, uma vez que este país tinha imposto, à semelhança de tantas outras matérias, uma cláusula de "opt-out", através da qual por acordo voluntário entre trabalhador e empregador o limite de 48 horas semanais poderia ser ultrapassado.

Acontece que a cláusula de "opt-out" passa a tornar-se a regra com a nova proposta de directiva.
Importa ainda referir que esta proposta de directiva, que vai ser levada agora ao Parlamento Europeu, foi aprovada sem a unanimidade de todos os Estados Membros. Felizmente o nosso Ministro do Trabalho votou contra e as notícias dão ainda conta de que apenas Espanha, Bélgica, Chipre, Grécia e Hungria terão apresentado uma declaração de voto contra a proposta de directiva.

Dito isto, parece-me que a Europa está a deixar para trás o seu modelo social e a comprometer seriamente as aspirações dos seus trabalhadores. Estou convencido ainda que esta possibilidade de cargas horárias de trabalho alargadas só levará a que haja mais desemprego porque não tenho dúvidas de que os empregadores preferirão pagar mais a um trabalhador do que pagar a dois trabalhadores. Estava, por outro lado, convencido de que o caminho seria reduzir os tempos de trabalho para poder reduzir salários e permitir reduzir o desemprego mas, pelos vistos, o caminho é outro.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Contrastes

Gostaria de ver os negativos desta foto...




domingo, 8 de junho de 2008

Olhe que não sei se dá, dr. Jardim!

Madeira poderá ter lei do tabaco mais tolerante diz o SOL de ontem. Acontece que nem sempre o que Alberto João Jardim quer, pode ser-lhe dado. Está toda a gente a esquecer-se de que a Assembleia da República ainda é soberana em matéria de regulação de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e que, por isso, uma lei como foi a Lei do Tabaco (cujas restrições na vida dos cidadãos e nos seus hábitos no consumo de tabaco tiveram de ser validadas pela Assembleia da República) não pode ser alterada ou atenuada assim, sem mais nem menos, pela Região Autónoma da Madeira.
Podemos não concordar com a Lei do Tabaco, mas se a Assembleia Legislativa Regional da Madeira aprovar essa lei, tal como noticia o SOL, a mesma será inconstitucional.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Um “Better World” para Miguel Lara e Catarina Cristino.


A 29 de Maio de 2004, como noticiado no jornal Público de hoje, Miguel Lara sofreu um acidente grave enquanto utilizava o slide do Rock in Rio (R€R*) no Parque da Bela Vista**. Como admitido pela própria organização do evento, o acidente (embate violento contra um dos postes de sustentação do slide) deveu-se a avaria no sistema de travagem do mecanismo. Miguel Lara, que havia pago o seu bilhete para assistir a Paul MacCartney, não conseguiu assistir ao pisar de palco do ex-Beatle. A essa hora já havia sido evacuado de emergência para o Hospital de São José. Quatro anos, muitos tratamentos e duas cirurgias depois, anda e fala normalmente. Perdeu a capacidade para qualquer pratica desportiva e as dores acompanham-no diariamente. Mesmo intimada judicialmente para tal, a organização do evento Better World (BW)*** não assume quaisquer responsabilidades sobre o sucedido, nem a companhia seguradora Axa****, nem a empresa Oxigen***** que operava o equipamento de slide e que entretanto desapareceu...
Catarina Cristino não teve tanta sorte.
Voluntária em 2006 para o R€R “da paz e da solidariedade”. Numa zona anteriormente interditada pela própria Câmara Municipal de Lisboa, a organização do R€R instalou parte da produção do evento. Como muitas(os) outros voluntários que solidariamente ajudavam à realização do evento, Catarina passava naquele local desconhecendo o perigo que corria. A queda de um pilar entregou-a à luta pela própria vida. Vários meses de convalescença e internamento no Centro de Reabilitação de Alcoitão. Catarina, hoje com 29 anos, sabe agora o quanto a BW é de facto solidária com aqueles que compram o seu produto e até com aqueles que a ajudam a vende-lo. Com uma incapacidade permanente, Catarina ainda corre o risco de ficar paraplégica e teria morrido caso não fosse operada no próprio dia do acidente. Hoje em dia já recebeu €70.000 de comparticipação nos gastos com a sua recuperação física desde o dia do acidente mas o montante da indemnização a que tem direito ainda está por apurar.
Após muita pressão mediática e pressão judicial, a BW e a seguradora Allianz nas vésperas da edição do festival deste ano, acordaram sentarem-se à mesa das negociações com o advogado da sinistrada, no entanto, este admite ainda vir a recorrer aos tribunais, pois não é de boa vontade que as entidades promotoras do evento assumem responsabilidade pelo sucedido. Não sendo de excluir, que após o dia de hoje com o encerramento do festival, as empresas acima mencionadas retomem a sua posição inicial de em nada contribuírem para minorar o sofrimento da voluntariosa e ex-apta Catarina.
Atenção amigos, o R€R é um evento cultural de fabulosa dimensão e incontornável encanto popular. O parque da Bela Vista parece ter sido construído de raiz para o efeito e a família Medida nasceu para produzir festivais com níveis de espectáculo e de rentabilidade absolutamente fantásticos. Dai que, e ao contrario de alguns, muito me regozijo com o anuncio de mais um R€R em Lisboa para 2010 (até porque isso representa uns trocos para amigos que muito prezo).
Por isso e entre outras sugestões, deixaria uma para reflexão espiritual do Roberto, da Roberta e restante Clã Medina. Que tal engraxarem os vossos patrocinadores com um festival cujo lema será:

“Por um mundo melhor para os inválidos do R€R!”

Ámen,

* Não é um erro de digitação.
** Imagino a Bela Vista com que o Miguel e a Catarina devem ter ficado do poste e do pilar respectivamente.
*** BW, não confundir com BMW (isso é para tuga saloio dirigir), a família Medina prefere os Porsches e os Maseratis.
**** Axa, não confundir com Axe, esta empresa cheira mesmo, mesmo, muito mal.
***** Oxigen, empresa entretanto sedeada em parte incerta, o que obrigou a comarca de Lisboa a notificar os seus responsáveis através do jornal. Será que colocaram anúncios na “Folha de São Paulo” ou no “Globo” do Rio de Janeiro?

Pensamento do dia

Só os burros é que não mudam - diz o burro quando muda...

Bom dia a todos!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Estes italianos não são nada burros...

Aconselho uma visita tranquila a esta ligação...
Estes italianos não são nada parvos, nada mesmo... e até o nosso Pélé já está bem orientado.

Já nao faz falta ter um Porche

Faltam menos de 10 dias para que Flavio Briatore suba ao altar com a belíssima Elisabetta Gregoraci. O modelo italiano, de 28 anos, tem-se dedicado aos preparativos do casamento com o patrão da Renault, que decorrerá no próximo dia 13, send o que a festa prolonga-se durante esse fim-de-semana. O vestido está há muito comprado – “branco, tradicional, simples e elegante”, afirmou a noiva –, e Elisabetta já pensa em ter filhos. “Adoro crianças, são o melhor do Mundo, e o Flavio será um óptimo pai. Ele já afirmou que se sente pronto para ter um filho. E eu quero mais do que um!”, comentou à imprensa italiana.
Sito in Record.pt 4 de Junho 2008

Será WINEhouse ou COCAhouse

Amy Winehouse ofreció un penoso espectáculo el pasado fin de semana en el festival Rock in Rio de Lisboa. Cuarenta minutos después de lo anunciado, la cantante se subió al escenario afónica y en aparente estado de embriaguez. Estaba previsto que tocara noventa minutos, pero finalmente duró poco más de cincuenta. El próximo 4 de julio actuará en el Rock in Rio Madrid. El festival ha pagado por ella, según se publicó en un periódico nacional, más de 550.000 euros. Visto lo visto, ¿lo vale? Las entradas cuestan 69 euros. ¿Lo vale? He aquí algunos ejemplos de mala praxis rockera donde sí, los que pagan los platos rotos somos tú y yo.

sito in Publico.es 4 de Junho de 2008

terça-feira, 3 de junho de 2008

Liberdade - de commodity a bem escasso...

Em resposta aos posts de Tio Franco e Sir Humphrey, muito pertinentes, e como sempre bem escritos, apraz-me dizer o seguinte:

•Sem saber como um responde indirectamente ao outro

Passo a explicar. A pergunta de Sir Humphey tinha a ver com qual dos Manueis (elas) é que tiraria a maioria (absoluta ou relativa) ao Primeiro-ministro Sócrates. A resposta é simples o próprio José Sócrates, e todos os “Manueis” e “Manuelas” com direito de voto. Pois essa coisa muito portuguesa, de que a culpa é sempre dos outros, desresponsabilizando-nos a nós próprios é sintoma de uma país sem autocrítica, e consequentemente sem capacidade de regeneração.
Mas voltemos ao pilar das coisas, pelos menos sociais e económicas – Liberdade. Valor sem o qual não podemos decidir coisas fundamentais da nossa vida. Por bem ou mal que sejam decididas. A autonomia exige responsabilização. A Liberdade exige educação e formação para a podermos exercer conscientes dos nossos direitos e obrigações. O caminho escolhido pelos políticos e civilizações dominantes foi o da liberdade política e económica. O Capitalismo com 1) livre concorrência 2) globalização dos mercados 3) liberalização do comércio e blocos económicos 4) desregulamentação foi o sistema escolhido como pilar da democracia. Não que concorde em pleno com esta evidência, e havendo excepções à regra. Contudo, para as pessoas, empresas, e países terem a chamada liberdade económica, necessitam de não estar endividados ou comprometidos financeiramente até ao pescoço. Ou nalguns casos, infelizmente crescentes, acima disso.
Resumindo, 1) endividamento excessivo é limitador da liberdade 2) o que condiciona e muito a nossa escolha e 3) compromete por vezes uma atitude positiva e proactiva sobre a vida. Indicador comummente chamado de “Indicador de Confiança”.
Significa isto que as coisas estão todas directa ou indirectamente interligadas. O Mundo foi, ou está “aldeizado”. A sobrevivência da democracia requererá uma mudança do sistema político mundial, que adapte as políticas às novas realidades económicas. De outra forma o capitalismo poderá vir a ser o filicide da democracia.

Em relação ao nosso quintal, ainda no outro dia ouvia os meus pais (sociais democratas de “gema”, perdão PSD) – agora com a Manuela é que vai ser… O que me deixa algo preocupado. Não pela Manuela, mas por eles. Em vez de procurarem arranjar alternativas para melhorarem o seu estilo de vida, estão à espera que seja a Manuela ou um outro qualquer que o faça por eles próprios. Por ventura já se esqueceram dos ensinamentos que transmitiam aos filhos – se estás à espera que algo te aconteça, tens de ser tu a fazê-lo. Obviamente que os políticos e as suas políticas podem e devem ser facilitadores de determinadas dinâmicas, de incentivar determinados comportamentos. Mas só isso não chega. É preciso bem mais… Também, e ainda a propósito, se diz – não é preciso ser muito bom, basta ser melhor que os demais. Infelizmente para o país é a posição por ora confortável em que o Eng. Sócrates se encontra… Não me parece é que seja de todo sustentável. Lá diz o povo – “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”

Geraçao presa na propria casa

Ouvia um destes dias num Taxi a caminho do Aeroporto del Prat, um fórum de debate da CatFm, em que um ouvinte proferiu o seguinte comentário: “He comprado mi piso por 10 millones y ya vale 15 millones, esto se a tornado el lema de España entre 2000 y 2007”.
Junto a este comentário, o de um ex-colega meu de trabalho de Portugal, com quem jantei à cerca de dois meses “Estou a pensar em trocar de casa, que agora estao baratas”, será que ele nao se lembra que a palavra trocar supoe vender uma casa e comprar outra. Se as casas que estao no mercado estao baratas a sua apartir do momento em que entre no mercado também ficará barata, nao?????????? (parece complicado, mas é simples)
Isto para voltar ao tema que tanto me agrada, postado pelo Sir Humphrey, a necessidade peninsular do possuir uma casa, ou direi melhor uma hipoteca.
Vejamos o que nos esquecemos quando decidimos compra uma casa:
- quando se trata de primeira casa, nunca podemos falar de investimento, de que aumentamos a nossa riqueza, isto porque a casa propria se troca por outra casa propria, e caso nao queiramos baixar o nivel de conforto em que vivemos, a troca da casa supoe sempre desembolsar o mesmo dinheiro por outra igual. Ou seja, se comprei um T1 em 2000 por 100 mil euros e ele agora vale 200 mil, se o vender fico com 200 mil, ganhei 100 é verdade, mas se quiser comprar outro T1 terei de desembolsar os 200 mil, ou seja nao ganhei nada, tenho uma casa... claro que o facto de em 100 anos ter pago outros 100 mil em juros ao banco nao esta aqui considerado, que isto nao é dinheiro que perdemos, (utilizo o plural porque me refiro aos portugueses como um todo, porque os juros que cada ex-colega paga, o Sr. Jardim, o Sr. Botin, o Sr. Roque recuperar, ou seja, como dizia a minha professora de Biologia, na natureza, nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma). Sei que o Sr. Botin nao é portugues, mas agora com os euros o dinheiro nao tem bandeira.
- fazer um hipoteca, é mais barato que alugar uma casa, neste ponto existem varias coisas a considerar, a hipoteca é a 30 anos (como pouco) e euribor a 2% só dura um par deles, que a casa alugada é do mesmo tamanho da pela qual fizemos hipoteca, e claro que os impostos IMI, IMT e as despesas de Condominio sao pagas pelos papás.
- esquecer que quando nascemos, Portugal tinha pouco menos 10 milhoes de habitantes e agora tem pouco mais de 10 milhoes, e que passamos em 10 anos de um defice de 600 mil casa a um superhabite de 600 mil, que existem 3 casa para cada família portuguesa e que se olharmos à volta os nossos amigos nao estao a procriar. De certo todos se lembrar de nao haver predios por todo lado. Quem vai comprar a minha casa daqui a 20 anos, se os meus amigos nao tem filhos, e nem os amigos dos meus amigos. Se a taxa de fertilidade em portugal é 1,48 por mulher, como Portugal ainda tem homens (46% da pop), a porxima geraçao terá menos cerca de 1/3 de pessoas, pelo que teremos um excesso muito maior de casas.
- “vou à terra”, expressao muito ouvida em Lisboa por altura do Natal, prova que os nossos pais primeiro decidiram procurar um trabalho e depois ja instalados hipotecaram-se... nos fazemos o contrario, instalamos-nos e depois procuramos trabalho, será que isto nao reduz em muito o mercado de trabalho ao nosso alcance? Será isto um problema? Proposta de trabalho no Porto, seguir pagando a hipoteca, alugar uma casa no Porto e pagar as viagens (de carro claro, se possivel uma 320d, cor prata, sem GPS, nem pele que os extras da BMW sao caros), para vir a casa (que como estamos hipotecados a casa é em Lisboa), em Portugal os salarios sao otimos podemos premitirnos.
- esquecer que as casa sao compradas por seres humanos como nos, se cada ano me aumentam o salario em 4%, e as casas aumentam em 20%, algum dia o comum cidadao deixará de poder comprar casa e nos de nos vermos livre da nossa hipoteca.
Amigo, isso nao é bem assim, que a minha está bem localizada e fiz um optimo negocio, vendo-a facilmente, os outros 9,999 milhoes sao tontos...
Por falar nisso, tu é que tens sorte que as 320d em Espanha sao mais baratas... por isso ando de scooter (respondo), que o gasoleo por cá está mais caro que a gasolina... olha lá, mas que spread tens tu?
Passem mas é pelo Media Market que tem uns LCDs porreiros, pra ver o euro, que como chegaremos à final eles devolverao 50% do valor. Tem cuidado que com a crise do petroleo a cevada aumentou e a já fica caro encher o frigorifico de Sagres...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A Manela ou o Manel?

Qual é o político português que nos próximos 12 meses é capaz de tirar a maioria absoluta ao Primeiro-Ministro José Sócrates:

a) Manuela Ferreira Leite?
b) Manuel Alegre?

É maior a expectativa no Partido Socialista relativamente ao impacto do comício que amanhã, 3.ª feira, junta o Movimento de Intervenção e Cidadania de Manuel Alegre, o Bloco de Esquerda de Francisco Louçã e os ex-comunistas renovadores no Teatro da Trindade, em Lisboa, do que o "toca a reunir" lançado por Manuela Ferreira Leite para o período eleitoral intenso de 2009.

A mensagem da declaração de guerra é clara: "É tempo de buscar os diálogos abertos e o sentido de responsabilidade democrática que têm de se impor contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade."

Foi eleita a militante n.º 7848

As armas e os barões assinalados e lá para os lados da Lapa, lá ganhou Manuela Ferreira Leite. No entanto, os mais de 17.000 votos obtidos apenas lhe garantem pouco mais de 1/3 das intenções, o que significa que o trabalho de unificação do partido vai custar-lhe bem caro (imagino que terá que fazer muitas cedências, em especial porque 2009 é ano de tripla eleitoral: europeias, legislativas, autárquicas).
O que teria acontecido se Passos Coelho ou Santana Lopes tivessem abdicado de uma das candidaturas?
Diz-que Manuela Ferreira Leite ganhou porque teve uma "agenda social", tema que os "spinners" da sua candidatura lhe impuseram para tentar mostrar os dentes a Sócrates e para fazer esquecer a imagem férrea dos tempos do cavaquismo e do barrosismo. Diz-se também que ganhou não por causa de ser a única capaz de recuperar a credibilidade perdida mas por causa da chantagem que impôs ao partido caso não fosse a preferida dos militantes do PSD.
Vamos ver como Manuela Ferreira Leite se vai comportar na arena. O melhor é ir rever os anos da sua governação (Secretária de Estado do Orçamento, Ministra da Educação, Ministra das Finanças). Sim, não julgue a Senhora que os restantes partidos e, sobretudo, os Portugueses não se vão lembrar do que ela fez... e do que não foi capaz de fazer. E há também quem diga que os anos que passou pela administração do ISLA (Instituto Superior de Línguas e Administração) não passarão despercebidos.