terça-feira, 21 de outubro de 2008

Pre-anuncio de uma "Falencia"

As eleiçoes no arquipelago dos Açores sao um pre-anuncio do que se pode pasar durante o próximo ano em Portugal, um continuar do afastamento da populaçao da vida política e dos políticos.
Tive a sorte (porque adoro os Açores, nao pelas eleiçoes) de ter passado o ultimo fim de semana nos Açores e posso-vos garantir que no Domingo, até S. Pedro apelou à participaçao, nada para além de factores intrinsecos ao interesse demonstrado pela populaçao (nenhum) podem ser culpados pelos 53,24% de abstençao. Aliás à hora do anuncio das primeiras projecçoes, penso que apenas nas sedes de campanhas se acompanhavam as emissoes televisivas, porque pelos cafés (locais com TV) que fui passando só via o “baile” do Penafiel ao Benfica.
As praias estava semi-desertas, o Shopping estava a um ritmo normal, as ruas estavam povoadas, os locais de ócio estavam semi-vazios, os cafés estavam compostos, ou seja, um tipico domingo de outuno.
Como o meu aviao apenas descolou às 21.25, ainda tive tempo para enquanto percorria os ultimos kms de ouvir os primeiros comentários dos lideres partidários. Ouvi dois que para mim podem explicar o nível de abestençao.
O vice-presidente do PS-Açores, agradeceu ao povo Açoreano a clara manifestaçao de uma vontade de continuidade expressada pelo voto da maioria dos Açoreanos, como pode alguem falar da maioria dos Açoreanos quando apenas 23,36% dos eleitores (recenciados) votaram no PS, (nao tenho dado para poder aferir sobre esta percentagem no total de Açoreanos).
O porta-voz do PSD-Açores, tentando fugir ao que foi o pior resultado de sempre em eleiçoes regionais acusou o partido do poder de se distanciar da populaçao, ou seja, desresponsabilizando-se da criaçao de uma alternativa credível que faça com que a populaçao, tenha vontade de mudança.
Quando os principais intrevenientes nao sao capazes de reconhecer que o seu “clientes” nao estao a comprar o seu producto e que os seus “productos” (causas) nao apelam à compra, a empresa em breve entrará em bancarrota, uma vez que nao há “ingressos”. Parafraseando o meu companheiro Bloguista Luis Viegas “Criatividade, inovação e flexibilidade são os requisitos fundamentais para esta mudança [...]”
Outra soluçao (???) talvez seja a auto-alimentaçao, apenas como exemplo na Ilha do Corvo, cerca de 50% dos eleitores inscritos tiveram dispensa para acçoes de campanha. (nesta ilha a abestençao nao foi tao elevada!!!!!) Para que o centro de saude funciona-se com regularidade foi pedido o auxilio de um funcionário da vizinha ilha das Flores.

2 comentários:

André Miranda disse...

Essa estadia em Espanha está a dar cabo do teu português... que é cada vez mais portunhol...

Marcos Caldeira disse...

Amigo, obrigado pelo teu comentario, mas é o custo que pago pela minha aventura internacional. Acredito que um dia, seja um espanhol a dizer que o regresso a Portugal está a tornar o meu castelhano ridiculo...