Embora considere o seguinte - "jamais haverá ano novo, se continuarmos a copiar os erros dos anos velhos" Luís de Camões (atrib.)
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Começou a época dos balanços
Gostaria que a figura do ano de 2009 voltasse a ser a mesma de 2008. Significaria que Barack Obama teria conseguido mudar a forma de fazer política e que, já empossado e em funções, teria conseguido germinar as suas propostas nos EUA e no mundo.
domingo, 28 de dezembro de 2008
Obituário
Na véspera de Natal, morreu Samuel Huntington, um dos mais eminentes cientistas políticos. Este professor de Harvard, entre muitos títulos, é conhecido pela sua obra "O choque das civilizações".
Neste livro, Huntington conclui que os conflitos no mundo, após a queda do muro de Berlim e o fim da guerra fria, já não vão dar-se por razões ideológicas (o velho debate esquerda-direita, socialismo-liberalismo, etc.) mas sim por razões civilizacionais relacionadas com as diferenças religiosas e culturais.
Huntington foi ainda conhecido pelos seus trabalhos relativamente aquilo que se chamou as "vagas da democratização", tendo a transição democrática de Portugal constado igualmente dos seus estudos.
O Wally do século XXI
~
Matt é um americano que abandonou o seu emprego na Austrália para partir em 2003 para uma viagem à volta do mundo - como tanta gente faz - mas que percebeu que poderia torna-se famoso à escala global com as suas danças parvas.
Matt é um americano que abandonou o seu emprego na Austrália para partir em 2003 para uma viagem à volta do mundo - como tanta gente faz - mas que percebeu que poderia torna-se famoso à escala global com as suas danças parvas.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Que saudades do Eanes e do Sá Carneiro...
Para este Natal vou pedir o regresso de uma crise das antigas, do FMI, do Carlucci, da guerra fria, dos bons contra os maus.
Se o Dias Loureiro é inocente, quem é que acredita no Pai Natal? Nem o Rambo...
Se o Dias Loureiro é inocente, quem é que acredita no Pai Natal? Nem o Rambo...
domingo, 21 de dezembro de 2008
As faltas dos deputados
É pena que a realidade e a ficção dos criativos Gato Fedorento se aproxime tanto. Veja-se como ocupam Nuno Melo e Marta Rebelo dão conta dos seus deveres parlamentares.
O CDS/PP tinha agendado um debate sobre as alterações às leis da imigração, mas, durante a discussão e votação, houve um deputado deste partido que não estava: Nuno Melo, deputado e também vice-presidente da Assembleia da República. E que tal ir ao cabeleireiro às 16 horas? Foi a desculpa dada.
Por outro lado, noutro dia, em que a comissão de orçamento e finanças ia discutir a votação de um requerimento do CDS-PP para ouvir Vítor Constâncio sobre o "bail out" do Banco Privado Português e, por fim, votar a redacção final do Orçamento do Estado para 2009, do qual Marta Rebelo era a relatora, esta deputada do PS disse ter avisado que ia faltar por ter uma consulta médica, desvalorizou a questão das faltas dos deputados, considerando que “o que se passa no plenário” são questões “mais importantes do que a questão das faltas, que é política com ‘p’ pequenino”.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Bayer ou Bayern?
Cada vez que ouço falar em Bayern,a minha memória sonora confunde-me, e não raras vezes aflora-me a gigante alemã da industria química, a Bayer. Quando me lembro da Bayer, lembro-me da Aspirina, logo, dores de cabeça. Ou então quem não se lembra das utilíssimas latas de DDT em spray: BumBum - “cada bala mata um”?
E quando me lembro que o “meu” Sporting Clube de Portugal é a equipa da Europa (principais ligas profissionais) com a menor média de altura, e que no FC Bayern Munchen jogam usualmente a titulares: Resing (1,88m), Lúcio (1.88m), Van Buyten (1,96m), Demichelis (1,84m), Massimo Oddo (1.83m), Ottl (1,86m), Van Bommel (1,87m), Borowski (1,94m), Schweinsteiger (1,83m), Luca Toni (1,96m), Klose (1,82m)...
De repente sinto-me um mosquito!
P.s.: bom, pode ser que (com sorte) o Klinsman ponha o “ex-lampião” Hans Jorg Butt à baliza...
E quando me lembro que o “meu” Sporting Clube de Portugal é a equipa da Europa (principais ligas profissionais) com a menor média de altura, e que no FC Bayern Munchen jogam usualmente a titulares: Resing (1,88m), Lúcio (1.88m), Van Buyten (1,96m), Demichelis (1,84m), Massimo Oddo (1.83m), Ottl (1,86m), Van Bommel (1,87m), Borowski (1,94m), Schweinsteiger (1,83m), Luca Toni (1,96m), Klose (1,82m)...
De repente sinto-me um mosquito!
P.s.: bom, pode ser que (com sorte) o Klinsman ponha o “ex-lampião” Hans Jorg Butt à baliza...
“O convívio da frustração”
A expressão não é minha, VPV (Vasco Pulido Valente), é, como Manuel Alegre, um homem do seu tempo e como tal o seu quadro de análise politica não comporta outros partidos que não sejam o PSD, o PS, o PCP, e o CDS(PP). Também partilha com Manuel Alegre (MA) uma outra característica, escreve pouco mas bem. Por vezes roça o disparate e é abundante em redundâncias. Mas cada um nasce para o que nasce, e estes dois senhores são pagos e bem pagos para deixarem impressos na folha pequenos momentos de génio por entre a imensa inutilidade que vão produzindo a miude.
É com esta fabulosa expressão que VPV sintetiza o que se passou na Aula Magna no passado fim-de-semana. Pelo meio da crónica que o jornal Público publica hoje, encontramos algumas patranhas de pura miopia politica como são as afirmações:
“fora do Partido Socialista o “milhão de votos” de Alegre não têm qualquer peso político”- não foi fora e contra o PS que MA os conquistou?
“o Bloco é um partido irrelevante” – será irrelevante a provável futura 3ª força politica no Parlamento, quando sabemos que por um deputado se perde ou ganha uma maioria absoluta, e que para as votações mais importantes são necessárias maiorias de 2/3 da Assembleia?
Bom, deixemos o senhor em Sr. em paz com o seu Pure Malt.
O certo é que este encontro das esquerdas não passou nem vai passar de um momento catalítico das frustrações de quem não fez mas que já não sente em condições de fazer a “Revolução Necessária”.
No barco de MA só cabe MA, e atendendo à tipologia (bloquistas e reformados) dos “mil” camaradas e amigos que com ele agonizaram no passado fim-de-semana, quem mais entrar para esse barco será peso morto e mais rápido Manuel se afundará em sua companhia.
É com esta fabulosa expressão que VPV sintetiza o que se passou na Aula Magna no passado fim-de-semana. Pelo meio da crónica que o jornal Público publica hoje, encontramos algumas patranhas de pura miopia politica como são as afirmações:
“fora do Partido Socialista o “milhão de votos” de Alegre não têm qualquer peso político”- não foi fora e contra o PS que MA os conquistou?
“o Bloco é um partido irrelevante” – será irrelevante a provável futura 3ª força politica no Parlamento, quando sabemos que por um deputado se perde ou ganha uma maioria absoluta, e que para as votações mais importantes são necessárias maiorias de 2/3 da Assembleia?
Bom, deixemos o senhor em Sr. em paz com o seu Pure Malt.
O certo é que este encontro das esquerdas não passou nem vai passar de um momento catalítico das frustrações de quem não fez mas que já não sente em condições de fazer a “Revolução Necessária”.
No barco de MA só cabe MA, e atendendo à tipologia (bloquistas e reformados) dos “mil” camaradas e amigos que com ele agonizaram no passado fim-de-semana, quem mais entrar para esse barco será peso morto e mais rápido Manuel se afundará em sua companhia.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Que triste figura
O Benfica se não encontra a necessária estabilidade competitiva, corre o risco de se fragmentar uma vez mais... fora da Taça de Portugal, fora da Taça UEFA com três derrotas consecutivas, duas delas em casa. Isto vai mal para os meus lados. Felizmente que não vi o jogo e que acabei a fazer coisas bem mais produtivas.
World Economic Forum
Quem quer ir ao WEF em Davos?
http://www.youtube.com/davos
E podem ver-se algumas intervenções interessantes no site. Outras são de uma pobreza de espírito assustadora.
Até Davos!
http://www.youtube.com/davos
E podem ver-se algumas intervenções interessantes no site. Outras são de uma pobreza de espírito assustadora.
Até Davos!
UM NATAL NOT MADE IN CHINA
Hu Jia é um cidadão chinês de 35 anos, casado, pai de um bebé de 1 ano. Médico de profissão, preocupado com a degradação ambiental e com a forma como são tratados os doentes com HIV na China resolveu fazer aquilo que todos os homens livres fazem quando querem mudar o que acham que está mal.
Em Abril deste ano foi condenado a 3 anos e meio de prisão, depois de ter enviado por videoconferência uma mensagem à subcomissão de direitos humanos do Parlamento Europeu.
Ontem, por motivos de “força maior”, não pode receber o Prémio Sakharov que lhe foi atribuído pelo Parlamento Europeu. Assim como, a sua mulher não foi autorizada sequer a comentar com o marido a atribuição da honorável distinção, da última vez que a deixaram visitá-lo na prisão, a 21 de Novembro.
E se fossemos todos presos por escrevermos ou dizermos o pensamos e nos preocupa?
Os poderosos que oprimem o seu povo na Republica “dita” Popular da China, só conhecem duas linguagens: a da força e a do dinheiro. Assim os “comunistas chineses” inventaram o fabuloso “um país, dois sistemas”.
A menos que mandem o “seu” bilião e meio por este Mundo a fora de kalashnikov ao ombro numa globalizante e novamente aterradora revolução cultural, a força da poder chinês, reside no dinheiro que lhe advêm da balança de pagamentos.
Se em Cuba, o boicote do “Imperialismo Americano” foi a desculpa para perpetuar um regime personalista e ditatorial, na China o sucesso económico não pode ser a razão pela qual se mantém o pais mais populoso do Mundo num quase total obscurantismo de liberdades e garantias individuais.
O meu desafio, e padrão de comportamento para este Natal e de hoje em diante, será evitar sempre que possível, o consumo de bens produzidos na China.
O meu dinheiro não vai pagar a manutenção da prisão do Prémio Sakharov 2008 e das centenas de milhar de outros seus concidadãos que ousam pensar e agir de acordo com a sua consciência.
Em Abril deste ano foi condenado a 3 anos e meio de prisão, depois de ter enviado por videoconferência uma mensagem à subcomissão de direitos humanos do Parlamento Europeu.
Ontem, por motivos de “força maior”, não pode receber o Prémio Sakharov que lhe foi atribuído pelo Parlamento Europeu. Assim como, a sua mulher não foi autorizada sequer a comentar com o marido a atribuição da honorável distinção, da última vez que a deixaram visitá-lo na prisão, a 21 de Novembro.
E se fossemos todos presos por escrevermos ou dizermos o pensamos e nos preocupa?
Os poderosos que oprimem o seu povo na Republica “dita” Popular da China, só conhecem duas linguagens: a da força e a do dinheiro. Assim os “comunistas chineses” inventaram o fabuloso “um país, dois sistemas”.
A menos que mandem o “seu” bilião e meio por este Mundo a fora de kalashnikov ao ombro numa globalizante e novamente aterradora revolução cultural, a força da poder chinês, reside no dinheiro que lhe advêm da balança de pagamentos.
Se em Cuba, o boicote do “Imperialismo Americano” foi a desculpa para perpetuar um regime personalista e ditatorial, na China o sucesso económico não pode ser a razão pela qual se mantém o pais mais populoso do Mundo num quase total obscurantismo de liberdades e garantias individuais.
O meu desafio, e padrão de comportamento para este Natal e de hoje em diante, será evitar sempre que possível, o consumo de bens produzidos na China.
O meu dinheiro não vai pagar a manutenção da prisão do Prémio Sakharov 2008 e das centenas de milhar de outros seus concidadãos que ousam pensar e agir de acordo com a sua consciência.
Armas e Rosas
Será apenas pelo dinheiro? Axel e os recauchutados Guns N`Roses (da banda original só sobra o saltitam) claramente ironizaram ao intitularem o seu novo álbum de “Chinese Democracy”. Obviamente, a nomenclatura da Republica Popular da China logo protestou junto da diplomacia Americana e tratou de proibir, por todas as formas tecnologicamente possíveis, a reprodução de quaisquer músicas da “maldita” banda em território chinês. Um comportamento muito democrático de facto…
Como aqui a China ainda não chega e o Cá Calharás é um pássaro que vive, é certo que numa gaiola*, mas fa-lo por opção, e cuja porta deixa sempre aberta para promover “conbibio”, aqui vos deixa com este singelo momento musical de gosto e talento discutíveis mas indesmentivelmente eivado de oportunidade e de liberdade.
*Made in EU
Como aqui a China ainda não chega e o Cá Calharás é um pássaro que vive, é certo que numa gaiola*, mas fa-lo por opção, e cuja porta deixa sempre aberta para promover “conbibio”, aqui vos deixa com este singelo momento musical de gosto e talento discutíveis mas indesmentivelmente eivado de oportunidade e de liberdade.
*Made in EU
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Manuel Alegre e o BPP
Descobri isto hoje no blogue Câmara Corporativa. Quem costuma ler a revista do Expressa, reconhecerá a publicidade institucional que o BPP faz há anos. Tomo agora conhecimento de que Manuel Alegre também lá escreveu e recolheu os seus devidos tostões, o que é bem revelador da incoerência de Manuel Alegre. Afinal aquilo que prega nos foruns da esquerda não têm correspondência com nenhum desprendimento em aceitar fazer publicidade a um "banco para fortunas".
Recordemos aquilo que disse há tempos no Parlamento:
"Estou em desacordo e [sinto] até indignação", acrescentou o deputado, lamentando que haja dinheiro dos contribuintes para salvar o BPP "e não haja uns trocos" para salvar o espólio do poeta Fernando Pessoa."Isso é que prejudica a imagem de Portugal", declarou.
Recordemos aquilo que disse no domingo passado na Aula Magna:
“Dante reservou os lugares mais quentes do Inferno para aqueles que em tempo de crise moral se mantivessem neutros. Suponho que há neste momento muitos lugares reservados. Para os neutros e para os cúmplices. E sobretudo para os que andaram a apregoar as delícias da mão invisível e da auto-regulação do mercado e agora recorrem à intervenção do Estado para socializar as perdas e preservar os seus bancos, as suas fortunas e os seus privilégios.”
“Coragem para estar ao lado dos desempregados e desfavorecidos e não para, à custa dos dinheiros públicos, salvar um banco privado que administra grandes fortunas.”
“Um grande português chamado Antero de Quental falou do socialismo como protesto moral contra a injustiça e a exploração. Foi há muito. Mas continua a ser uma boa inspiração para todos nós. Os explorados, os oprimidos, os deserdados da vida foram e são a razão de ser da esquerda. É por eles que estamos aqui, não pelas grandes fortunas, desculpem-me a insistência, do Banco Privado Português.”
Coerente, não é? Respeito Manuel Alegre, o seu percurso e o seu contributo para a democracia. Mas são este tipo de coisas que me fazem desconfiar de Manuel Alegre e da consistência da mensagem política que pretende fazer passar para a sociedade portuguesa.
Concursos muito pouco públicos...
A quantidade de designações de cursos superiores em Portugal parece obedecer à segunda lei da termodinâmica, ou seja com o tempo a confusão aumenta e não tarda nada não se encontrarão dois cursos com a mesma designação. Mas o objectivo deste post não é lamentar-me sobre a falta de organização na oferta de cursos em Portugal, mas mais reflectir sobre os mecanismos de contratação de pessoal na Administração Publica.
Notícia o Público aqui, que o Ministério da Educação alargou o prazo de colocação de professores para 4 anos, como tinha já sido previsto e que também mudou a forma de colocação cíclica dos professores, para satisfazer necessidades pontuais. Aqui, passam as escolas a poder escolher de uma bolsa de recrutamento de professores disponíveis que serão colocados respeitando os critérios de graduação profissional e da manifestação das respectivas preferências.
Isto, à partida, parece-me uma excelente ideia pois não permite que as habituais areias na engrenagem (há quem lhes chame cunhas), possam fazer emperrar o sistema. Porque não alargar o sistema a toda a administração pública e, caso esta esteja interessada, à administração local?
O sistema actual de contratação para funções públicas, apesar de enquadrado por lei, no sentido de garantir a igualdade dos cidadãos, na prática permite, pela manipulação do conteúdo funcional e da área de licenciatura/formação, que os serviços escolham um indivíduo, muitas vezes pré-determinado ainda antes do concurso ser aberto.
Uma olhadela rápida à bolsa de emprego público, revelam-nos alguns exemplos:
Uma universidade contrata:
3 – Conteúdo Funcional:
Certificação da informação constante das bases de dados de alunos das Unidades Orgânicas;
Configuração da informação para efeitos de produção de diplomas;
Trabalho em rede com os serviços académicos das Unidades Orgânicas;
Tradução para inglês e verificação dos conteúdos do Suplemento ao Diploma;
Utilização do programa SIGES (Sistema Integrado de Gestão do Ensino Superior), nomeadamente das aplicações CSE – Controlo de Sistema de Ensino, CME – Controlo do Módulo de Estatísticas e SD – Suplemento ao Diploma;
Respostas a diversos pedidos de informação acerca de várias questões relativas ao Ensino Superior;
Apoio na elaboração de textos, a traduzir para francês e inglês, em resposta a solicitações externas.
4 – Requisitos Gerais:
4.1 – Licenciatura em Psicologia
5 – Requisitos Especiais:
Boa fluência falada e escrita em Inglês e Francês.
6 – Condição de admissão:
Experiência comprovada de, pelo menos 2 anos, nas áreas referidas no ponto 3.
Aqui colocam-se várias questões:
Porquê uma licenciatura em psicologia quando o trabalho é claramente de gestão de dados? Porque não alguém com uma licenciatura em sociologia, em história, em matemática aplicada?
Serão todos os requisitos apresentados fundamentais? Quantos portugueses os poderão cabalmente preencher e provar experiência de dois anos? Aqui a resposta é fácil... Provavelmente apenas 1!
Outro exemplo:
Universidade contrata...
Conteúdo Funcional: apoio à integração profissional dos licenciados, apoio aos órgãos de gestão, relações externas nomeadamente com empresas,etc
Habilitação Literária: Licenciatura
Descrição da Habilitação: Direito
Aqui já foram mais comedidos em termos da experiência exigida, limitando-se a pedir experiência na área e bons conhecimento de línguas estrangeiras.
Mas novamente se pergunta! Porquê direito e não relações públicas, psicologia, assessoria de direcção ou qualquer um outro?!
É tragicamente curioso que o serviço que visa facilitar a inserção na vida activa de diplomados desta universidade, seja o primeiro a condicionar o seu emprego.
E estamos a falar de instituições de ensino superior, que teriam todo o interesse em combater este tipo de afunilamentos de forma a ampliarem as oportunidades de emprego dos seus diplomados. Infelizmente a prática é generalizada a toda a administração e num concurso público, com poucas vagas, assume-se sempre que estas já estarão "ear marked" ou pré-destinadas.
A realidade é cruel. Quantas mais designações para formações superiores, mais fácil é condicionar um concurso.
Existem boas práticas lá fora... por exemplo, no Reino Unido, as primeiras fases de selecção são anónimas e assim quem está a seleccionar os candidatos apenas tem acesso às suas qualificações académicas e profissionais, desconhecendo o nome, etnia, sexo, idade e todas as outras informações pessoais.
Na Suécia, onde grande parte da administração está dividida em agências, a contratação é feita por uma secção especializada que recebe os requisitos por parte dos serviços e coloca os candidatos usando técnicos especializados em recrutamento e selecção.
Na notícia referida no início, a Ministra da Educação refere a ideia do reforço da autonomia das escolas mas propõem um sistema centralizado para que estas escolham os seus professores. Não posso deixar de concordar e de dizer que ao nível da contratação de pessoal, outros ministérios deveriam seguir o exemplo, pelo menos até à altura em que Portugal deixe de ser o país da "cunha e do jeitinho".
Notícia o Público aqui, que o Ministério da Educação alargou o prazo de colocação de professores para 4 anos, como tinha já sido previsto e que também mudou a forma de colocação cíclica dos professores, para satisfazer necessidades pontuais. Aqui, passam as escolas a poder escolher de uma bolsa de recrutamento de professores disponíveis que serão colocados respeitando os critérios de graduação profissional e da manifestação das respectivas preferências.
Isto, à partida, parece-me uma excelente ideia pois não permite que as habituais areias na engrenagem (há quem lhes chame cunhas), possam fazer emperrar o sistema. Porque não alargar o sistema a toda a administração pública e, caso esta esteja interessada, à administração local?
O sistema actual de contratação para funções públicas, apesar de enquadrado por lei, no sentido de garantir a igualdade dos cidadãos, na prática permite, pela manipulação do conteúdo funcional e da área de licenciatura/formação, que os serviços escolham um indivíduo, muitas vezes pré-determinado ainda antes do concurso ser aberto.
Uma olhadela rápida à bolsa de emprego público, revelam-nos alguns exemplos:
Uma universidade contrata:
3 – Conteúdo Funcional:
Certificação da informação constante das bases de dados de alunos das Unidades Orgânicas;
Configuração da informação para efeitos de produção de diplomas;
Trabalho em rede com os serviços académicos das Unidades Orgânicas;
Tradução para inglês e verificação dos conteúdos do Suplemento ao Diploma;
Utilização do programa SIGES (Sistema Integrado de Gestão do Ensino Superior), nomeadamente das aplicações CSE – Controlo de Sistema de Ensino, CME – Controlo do Módulo de Estatísticas e SD – Suplemento ao Diploma;
Respostas a diversos pedidos de informação acerca de várias questões relativas ao Ensino Superior;
Apoio na elaboração de textos, a traduzir para francês e inglês, em resposta a solicitações externas.
4 – Requisitos Gerais:
4.1 – Licenciatura em Psicologia
5 – Requisitos Especiais:
Boa fluência falada e escrita em Inglês e Francês.
6 – Condição de admissão:
Experiência comprovada de, pelo menos 2 anos, nas áreas referidas no ponto 3.
Aqui colocam-se várias questões:
Porquê uma licenciatura em psicologia quando o trabalho é claramente de gestão de dados? Porque não alguém com uma licenciatura em sociologia, em história, em matemática aplicada?
Serão todos os requisitos apresentados fundamentais? Quantos portugueses os poderão cabalmente preencher e provar experiência de dois anos? Aqui a resposta é fácil... Provavelmente apenas 1!
Outro exemplo:
Universidade contrata...
Conteúdo Funcional: apoio à integração profissional dos licenciados, apoio aos órgãos de gestão, relações externas nomeadamente com empresas,etc
Habilitação Literária: Licenciatura
Descrição da Habilitação: Direito
Aqui já foram mais comedidos em termos da experiência exigida, limitando-se a pedir experiência na área e bons conhecimento de línguas estrangeiras.
Mas novamente se pergunta! Porquê direito e não relações públicas, psicologia, assessoria de direcção ou qualquer um outro?!
É tragicamente curioso que o serviço que visa facilitar a inserção na vida activa de diplomados desta universidade, seja o primeiro a condicionar o seu emprego.
E estamos a falar de instituições de ensino superior, que teriam todo o interesse em combater este tipo de afunilamentos de forma a ampliarem as oportunidades de emprego dos seus diplomados. Infelizmente a prática é generalizada a toda a administração e num concurso público, com poucas vagas, assume-se sempre que estas já estarão "ear marked" ou pré-destinadas.
A realidade é cruel. Quantas mais designações para formações superiores, mais fácil é condicionar um concurso.
Existem boas práticas lá fora... por exemplo, no Reino Unido, as primeiras fases de selecção são anónimas e assim quem está a seleccionar os candidatos apenas tem acesso às suas qualificações académicas e profissionais, desconhecendo o nome, etnia, sexo, idade e todas as outras informações pessoais.
Na Suécia, onde grande parte da administração está dividida em agências, a contratação é feita por uma secção especializada que recebe os requisitos por parte dos serviços e coloca os candidatos usando técnicos especializados em recrutamento e selecção.
Na notícia referida no início, a Ministra da Educação refere a ideia do reforço da autonomia das escolas mas propõem um sistema centralizado para que estas escolham os seus professores. Não posso deixar de concordar e de dizer que ao nível da contratação de pessoal, outros ministérios deveriam seguir o exemplo, pelo menos até à altura em que Portugal deixe de ser o país da "cunha e do jeitinho".
Alegre ou triste? Uma amena cavacada.
"Encontro das esquerdas", tanto espalhafato para quê?
1. Manuel Alegre quer criar um novo partido.
2. Manuel Alegre quer ser presidente da República.
3. Manuel Alegre quer aparecer na televisão.
A terceira hipótese, aceito-a como motivação supletiva de um ego que não cabe dentro do homem, um homem à imagem dos seus livros: grandes em alma, parcos em trabalho.
Apesar dos pesares, não se daria então a tanto labor, só para "aparecer", o seu "mais de um milhão de votos" fazem-no sonhar mais alto.
A primeira hipótese, anda ele a tentar convencer toda a gente, que é o que de facto pretende. Bluff de um velho jogador. Quereria o Bloco um Bloco geriatrico à compita? E seria para isso que havia patrocinado estes badalados "encontros das esquerdas"? Estaria o camarada Carvalho da Silva presente no germinar de semelhante organização? Temo bem que a esta hora, tanto o secretário-geral da CGTP como Francisco Louçã, saibam bem mais das reais intenções do deputado poeta do que o próprio PS, do qual o Manuel Alegre se vai afastando por questões "sanitário-politicas".
Mas será assim mesmo, ou estaremos nós a assistir a uma gigantesca encenação?
Onde está o perigo para a maioria absoluta do Partido Socialista, à esquerda ou à direita?
Afrontamento do governo com Belém por causa dos Açores, tanto espalhafato para quê?
E se um PS aparentemente esquizofrénico conseguisse ser em si mesmo e para o eleitorado de esquerda, o seu tutor e o seu carrasco?
Reparem:
Pode o PS de Sócrates estar contra Alegre?
- Pode, mas não deve.
Pode o PS de Sócrates estar contra Cavaco?
- Pode, mas não deve.
E se o PS de Soares estiver, como está, com Alegre e geneticamente contra Cavaco? Deve o PS de Sócrates estar contra Cavaco, agradar "discretamente" a Alegre e apontar já às Presidenciais de 2011 com as legislativas de 2009 sempre em "ponto de mira"?
- Deve estar, pode estar, e desconfio que está.
Os efeitos positivos, à esquerda, que um afrontamento com Belém pode trazer para o PS já no cenário das legislativas, são o efeito cénico que faltava para conforto dos corações mais à esquerda. Algumas medidas de carácter mais social, e uma pequena perseguição à alta finança à boca das eleições, serão os últimos retoques no "virar à esquerda" exigido por Alegre e acalentado pelo verdadeiro eleitorado PS.
Sócrates, Rui Pereira e Augusto Santos Silva, por vezes roçam a genialidade na estratégia politica, e Manuel Alegre será o candidato de todas as "esquerdas", PS incluído, às Presidenciais de 2011.
Anuncio de uma formiga derrotada.
A esquerda polariza-se, e a câmara de Lisboa é o balão de ensaio para o braço de ferro das legislativas. As formigas, umas mais proletárias que outras, tratam de minar o formigueiro das vizinhas. O Zé não faz falta ao Bloco, não quis ser terrorista, continuou a ser o "Zé", e já tem uma Roseta para o seu lugar. E assim se vê a força de PC que apresentará uma candidatura orgulhosamente só, fracturando ainda mais o eleitorado à esquerda do PSD.
A cigarra abre as asitas e lá voa para o poleiro que em tempos abandonou. A esquerda "anti-poder" rejubilará, por mais uma vez ter feito o trabalho da direita e Santana será de novo o "Presidente da Câmara" putativo candidato a tudo e mais alguma coisa outra vez.
A utilidade de Santana para a direita é óbvia, a futilidade da acção politica do Bloco do PC e dos Alegres para a esquerda em Lisboa ameaça ser ainda mais evidente.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Está confirmado
O reizinho de Portugal vai voltar. Agora que a comissão política do PSD deu carta de foral a Pedro Santana Lopes, vai voltar a política festivaleira.
Gostei sobretudo da forma como Castro Almeida, vice-presidente do PSD (quem?), assinalou o regresso de Santana Lopes. Pretende-se que Santana Lopes tenha a “oportunidade de retomar o mandato que interrompeu” e fica-se já a saber que o PSD considerará “incompatível” a candidatura à presidência da Câmara Municipal de Lisboa com a candidatura ao lugar de deputado nas eleições legislativas de 2009.
Está visto: o PSD dá uma última oportunidade a Santana Lopes. Vamos ver em que é que isto dá.
Gostei sobretudo da forma como Castro Almeida, vice-presidente do PSD (quem?), assinalou o regresso de Santana Lopes. Pretende-se que Santana Lopes tenha a “oportunidade de retomar o mandato que interrompeu” e fica-se já a saber que o PSD considerará “incompatível” a candidatura à presidência da Câmara Municipal de Lisboa com a candidatura ao lugar de deputado nas eleições legislativas de 2009.
Está visto: o PSD dá uma última oportunidade a Santana Lopes. Vamos ver em que é que isto dá.
Dona Branca e o risco privado
Tem sido notícia a calote provocada por um senhor chamado Bernard Madoff, que durante anos foi o responsável máximo do NASDAQ, a bolsa das novas tecnologias de Nova Iorque, e que agora parece ser responsável por uma fraude de 50 mil milhões de dólares (37,5 mil milhões de euros).
E voltamos ao mesmo... como foi possível na camada superior do sector financeiro embarcar num esquema tão básico e tão próximo daquele que a Dona Branca praticava nos anos 80? Por exemplo, na Europa estamos a falar de instituições tão respeitáveis como o BBVA, o Santander, o HSBC, o Royal Bank of Scotland, o UBS, o Credit Suisse, etc. Cada uma delas perdeu acima dos mil milhões de euros... melhor, perderam os seus investidores e depositantes.
Já agora: onde estão os arautos de que não devemos confiar as nossas poupanças à Segurança Social, porque esta está falida e não vai sobrar nada para nós?? Pois bem, os fundos de capitalização da Segurança Social pelos menos não correm o risco de sumirem e tiveram maiores rendimentos no último ano do que os fundos privados de pensões. Em Portugal, as perdas não foram muitas... mas € 16 milhões são sempre € 16 milhões... qualquer dia é menos arriscado ter as pensões de reforma investidas no casino.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Afinal alguém começou a fazer contas...
"Tou Zé? É o Teixeira... faz lá marcha atrás nisso das multas porque o tempo não está para isso!"
Público
Finanças recuam e anulam multas aos contribuintes a recibos verdes que entreguem declaração em falta
O Ministério das Finanças anunciou hoje que os contribuintes a recibos verdes que entreguem a declaração anual de IVA em falta até ao final de Janeiro ficam isentos do pagamento de multas e vêem o seu processo de contra-ordenação encerrado.
P.S.
Lá se vai a minha aposta no bloco central...
Público
Finanças recuam e anulam multas aos contribuintes a recibos verdes que entreguem declaração em falta
O Ministério das Finanças anunciou hoje que os contribuintes a recibos verdes que entreguem a declaração anual de IVA em falta até ao final de Janeiro ficam isentos do pagamento de multas e vêem o seu processo de contra-ordenação encerrado.
P.S.
Lá se vai a minha aposta no bloco central...
É Napalm, é napalm, queimam-se mais uns votos...
Notícia no Público
FERVE - Fartos/as d'Estes Recibos Verdes
Eis que chega aquele período do ano em que alguém nas Finanças, imbuído do mais genuíno espírito natalício decide arranjar maneira de melhorar os números da execução orçamental e arrecadar uns 50 milhões de euros adicionais para os cofres públicos. Como? Ora pedindo uma contribuição extra de 250€ a 200 mil do 1 milhão de Portugueses que se estima que trabalhem a recibos verdes (pelos vistos 50 destes trabalham para a Autoridade das Condições do Trabalho, como pode ser lido aqui).
Confesso que após dois dias de alguma pesquisa ainda não compreendi totalmente quais os fundamentos para as multas e se nomeadamente os trabalhadores sem contabilidade organizada seriam ou não obrigados e entregar a já tristemente famosa declaração anual.
Mesmo admitindo que a questão legal está formalmente do lado das Finanças não posso deixar de pensar que estamos perante um caso que vem contra os princípios da protecção dos direitos e interesses dos cidadãos e da proporcionalidade. Em primeiro lugar porque só agora avançar com as multas relativas a 2006? Caso as finanças tivessem agido em tempo útil em 2006, a questão já não se colocaria para 2007. Em segundo, não tenho dúvidas que os 200 mil que foram multados são os trabalhadores em que os níveis de rendimento não justificam a contratação de um contabilista para tratarem da sua relação com o fisco, porque os outros podem sempre, mesmo que multados, responsabilizar o contabilista pelo erro (os contabilistas possuem seguros profissionais para cobrir estes riscos). Os mesmos 200 mil que têm de suportar totalmente os custos com a segurança social e que, como é óbvio, não recebem subsídio de Natal.
Tenho familiares próximos que receberam este indesejado postal de Natal das Finanças e que tiveram de se ausentar do trabalho para irem para as filas das Finanças tentar perceber o que fizeram mal, como corrigir a situação e quanto afinal têm de pagar. Surpresa das surpresas... a cada funcionário das finanças uma explicação diferente, parece que eles próprios não estavam à espera desta no sapatinho.
No fundo para arrecadar 50 milhões em multas o Estado está a levar que milhares de pessoas se ausentem dos seus postos de trabalho (pois a maioria tem mesmo posto fixo e não são profissionais liberais). Com alguma facilidade se poderia chegar à conclusão que para amealhar 50 milhões o estado estará a perder outro tanto devido a quebras na produtividade, para além de estar a diminuir o rendimento disponível às famílias numa altura em que deveria estar a promover o contrário.
Finalmente, do ponto de vista político, a medida vai claramente custar bastantes votos ao partido no poder e de voto em voto se perde uma maioria absoluta...
P.S. ou tudo isto será estratégia para obrigar a uma coligação PS/PSD nas próximas legislativas?
FERVE - Fartos/as d'Estes Recibos Verdes
Eis que chega aquele período do ano em que alguém nas Finanças, imbuído do mais genuíno espírito natalício decide arranjar maneira de melhorar os números da execução orçamental e arrecadar uns 50 milhões de euros adicionais para os cofres públicos. Como? Ora pedindo uma contribuição extra de 250€ a 200 mil do 1 milhão de Portugueses que se estima que trabalhem a recibos verdes (pelos vistos 50 destes trabalham para a Autoridade das Condições do Trabalho, como pode ser lido aqui).
Confesso que após dois dias de alguma pesquisa ainda não compreendi totalmente quais os fundamentos para as multas e se nomeadamente os trabalhadores sem contabilidade organizada seriam ou não obrigados e entregar a já tristemente famosa declaração anual.
Mesmo admitindo que a questão legal está formalmente do lado das Finanças não posso deixar de pensar que estamos perante um caso que vem contra os princípios da protecção dos direitos e interesses dos cidadãos e da proporcionalidade. Em primeiro lugar porque só agora avançar com as multas relativas a 2006? Caso as finanças tivessem agido em tempo útil em 2006, a questão já não se colocaria para 2007. Em segundo, não tenho dúvidas que os 200 mil que foram multados são os trabalhadores em que os níveis de rendimento não justificam a contratação de um contabilista para tratarem da sua relação com o fisco, porque os outros podem sempre, mesmo que multados, responsabilizar o contabilista pelo erro (os contabilistas possuem seguros profissionais para cobrir estes riscos). Os mesmos 200 mil que têm de suportar totalmente os custos com a segurança social e que, como é óbvio, não recebem subsídio de Natal.
Tenho familiares próximos que receberam este indesejado postal de Natal das Finanças e que tiveram de se ausentar do trabalho para irem para as filas das Finanças tentar perceber o que fizeram mal, como corrigir a situação e quanto afinal têm de pagar. Surpresa das surpresas... a cada funcionário das finanças uma explicação diferente, parece que eles próprios não estavam à espera desta no sapatinho.
No fundo para arrecadar 50 milhões em multas o Estado está a levar que milhares de pessoas se ausentem dos seus postos de trabalho (pois a maioria tem mesmo posto fixo e não são profissionais liberais). Com alguma facilidade se poderia chegar à conclusão que para amealhar 50 milhões o estado estará a perder outro tanto devido a quebras na produtividade, para além de estar a diminuir o rendimento disponível às famílias numa altura em que deveria estar a promover o contrário.
Finalmente, do ponto de vista político, a medida vai claramente custar bastantes votos ao partido no poder e de voto em voto se perde uma maioria absoluta...
P.S. ou tudo isto será estratégia para obrigar a uma coligação PS/PSD nas próximas legislativas?
Grandes reflexos, George!
Isto vai dar que falar... Vai ser o novo sucesso na PlayStation no próximo Natal "Shoe the Bush!"... imperdível!
George, estás em grande forma, mesmo com 62 anos de idade e dois mandatos presidenciais absolutamente fracassados.
Ops! Ele quer criar um partido!
No encerramento do fórum “Democracia e serviços públicos”, realizado ontem em Lisboa, Manuel Alegre defendeu que a “base programática” que saiu do encontro das várias esquerdas “é para ir a votos” e quando questionado sobre a criação de um partido político respondeu: “Nada está proibido pela lei”. Disse ainda que “com este PS assim” dificilmente será candidato.
Se Manuel Alegre avançar com a ideia de criação de um novo partido político, podemos estar à beira da fragmentação da esquerda portuguesa e do sistema partidário português. E voltar à ingovernabilidade do País que marcou o período anterior a 1987.
Tive oportunidade de ouvir e ver o discurso de Manuel Alegre ontem à tarde em directo na televisão. Acho que Manuel Alegre não é um homem deste tempo e que não sabe apresentar alternativas para a governação do nosso País. Além do mais, não deixa de cair no populismo fácil, por exemplo, quando é capaz, a meio do discurso, de se sair com esta: “Permitam-me que daqui saúde os meus camaradas socialistas desempregados ou em trabalho precário. Os meus camaradas socialistas que se sentem inseguros com a crise e ameaçados por novas falências. Os meus camaradas socialistas professores que como muitos outros lutam pela suspensão de uma avaliação absurda”. Esta é para sair bem nos telejornais, não é?
Camarada Manuiel Alegre, qual é a sua agenda? As eleições legislativas 2009 ou as eleições presidenciais 2011? Quais são as propostas alternativas para a governação do País que constituem a tal "base programática" que diz que tem de ir a votos em 2009?
sábado, 13 de dezembro de 2008
Ele anda por aí
Durão Barroso está neste momento a dar uma entrevista na RTP1 no dia em que o Governo apresentou a sua «iniciativa dirigida ao crescimento e ao emprego», um pacote de medidas de apoio à economia real nos domínios da sustentabilidade energética, do apoio às empresas através da redução da carga fiscal e da criação de linhas de crédito, da criação de condições de estabilidade e defesa do emprego e do reforço do investimento em escolas.
É clara a estratégia de mediatização da imagem de Durão Barroso em Portugal, quando estamos a 6 meses da eleição da nova equipa da Comissão Europeia. Não é por acaso que Durão Barroso tem aparecido mais vezes em entrevistas em Portugal. Ele procura capitalizar o (fraco) balanço do seu mandato à frente da Comissão Europeia.
Mas não se esqueça, dr. Durão Barroso, de quem deixou o País entregue a Santana Lopes em Julho de 2004, de quem escolheu a Europa em vez de Portugal, de quem foi atrás do protagonismo internacional... espero que os portugueses não se esqueçam.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Faz hoje 100 anos o mestre do cinema
As novas gerações podem não entusiasmar-se com os filmes de Manoel de Oliveira. Mas não ficam indiferentes ao percurso e à longevidade da obra deste mestre do cinema português. Foi em 11 de Dezembro de 1908 que nasceu Manoel de Oliveira, dois anos antes da implantação da República Portuguesa, seis anos antes de se dar início à I Guerra Mundial. É uma lenda viva do cinema mundial.
Só desde 2000, já rodou 8 filmes novos. Em 2009, apresentará o seu novo filme "Singularidades de uma Rapariga Loura", baseado numa obra de Eça de Queiroz.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Retoma
A indústria automóvel mundial está a sentir os efeitos nefastos da crise, motivados não só pela retracção do consumo privado como pelas dificuldades de financiamento junto do, também em crise, sector financeiro.
A General Motors, a Ford e a Chrysler, as três grandes empresas de Detroit, já conseguiram do governo americano também o seu plano de salvação (o famoso "bailout") que lhes permitirá sobreviver à crise.
Retomada a confiança daquelas empresas, já começam a ser preparados os novos anúncios publicitários.
A General Motors, a Ford e a Chrysler, as três grandes empresas de Detroit, já conseguiram do governo americano também o seu plano de salvação (o famoso "bailout") que lhes permitirá sobreviver à crise.
Retomada a confiança daquelas empresas, já começam a ser preparados os novos anúncios publicitários.
Sessenta Anos
Faz hoje 60 anos que foi assinada a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Vale a pena relembrar o primeiro dos seus 30 artigos:
«Artigo 1.º
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade»
É pena que em Portugal as instituições públicas tenham passado ao lado desta celebração que as Nações Unidas já iniciou oficialmente há um ano atrás. Salvam-se algumas iniciativas de ONGs ou associações de direitos humanos. É pouco. Manifestamente pouco. Dirão: em tempo de aperto, os portugueses não têm tempo para celebrar textos proclamatórios dos direitos humanos.
Não deve ser assim. É preciso não esquecer, nunca esquecer, que a Declaração Universal dos Direitos do Homem assinala os direitos humanos mais essenciais e representa o estádio final a que todas as sociedades devem almejar no respeito pela dignidade da pessoa humana. E isso é uma marca intemporal, ontem, hoje e amanhã.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Não é de agora
Andou tudo escandalizado este fim de semana com as faltas dos Deputados do PSD, em particular de 30 Deputados numa importante votação de uma resolução da Assembleia da República sobre o sistema de avaliação dos professores. Todos sabemos que esta questão - tão recorrente infelizmente - só se tem mantido na espuma dos nossos media porque tem mostrado quão afiadas estão as facas na guerrilha interna do PSD.
Na última sessão legislativa, de acordo com dados oficiais, já os Deputados do PSD tinham sido os mais faltosos, dando 675 faltas. E quem não se lembra bem dos debates quinzenais na Assembleia da República com o Primeiro-Ministro em que os Deputados do PSD, uma vez terminada a intervenção do seu líder parlamentar, seja ele Santana Lopes ou Paulo Rangel, se levantam todos e viram costas ao resto do debate.
É triste a falta de qualidade da nossa democracia parlamentar, bem patente na qualidade dos nossos representantes parlamentares. Geralmente, é nas oposições que a democracia tem mais capacidade de recuperar o seu espaço. O PSD não tem sabido, porém, conquistar esse terreno.
Na última sessão legislativa, de acordo com dados oficiais, já os Deputados do PSD tinham sido os mais faltosos, dando 675 faltas. E quem não se lembra bem dos debates quinzenais na Assembleia da República com o Primeiro-Ministro em que os Deputados do PSD, uma vez terminada a intervenção do seu líder parlamentar, seja ele Santana Lopes ou Paulo Rangel, se levantam todos e viram costas ao resto do debate.
É triste a falta de qualidade da nossa democracia parlamentar, bem patente na qualidade dos nossos representantes parlamentares. Geralmente, é nas oposições que a democracia tem mais capacidade de recuperar o seu espaço. O PSD não tem sabido, porém, conquistar esse terreno.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
A (in)felicidade dos portugueses
«Por outras palavras: será a infelicidade dos portugueses uma questão política? Se você acha que não, algo de errado se passa consigo. Provavelmente, o mesmo que se passa connosco. Os gregos, que sabiam qualquer coisa do assunto — dos dois assuntos, aliás — diziam que "a felicidade reside na liberdade, e a liberdade na coragem" (Tucídides).
Vamos lá por partes. "A felicidade é a liberdade" não só coloca a questão na política (ou seja, na forma de distribuir o máximo de liberdade possível pelo máximo de gente possível)mas também nos sugere que a liberdade é a capacidade de ter controlo sobre a própria vida. Como estamos em Portugal, sob esse prisma? Que poder temos para tomar decisões no local de emprego, por exemplo, ou entre vários trabalhos precários, sempre endividados, sempre com medo do chefe, sempre com salários baixos? Que acesso à cultura e à educação temos — são duas das mais importante condições de ampliação da liberdade, nada menos — quando fazer uma pós-graduação é caro e voltou por isso a ser socialmente condicionado?
Mas a segunda parte, "a liberdade é a coragem", nota que os entraves à felicidade não estão apenas nas condições sócio-económicas "externas", mas também dentro de nós. Algures no tempo, quando nos convencemos que a infelicidade era o estado normal das coisas, ganhámos medo. Medo de arriscar, medo de esticar a cabeça, de dizer qualquer coisa fora do lugar. Já repararam como o medo torna os humanos medíocres, e a mediocridade nos torna amargurados?»
por Rui Tavares, no Público (um destes dias), via mão amiga
sábado, 6 de dezembro de 2008
Regime Geral das Sanções Benfiquistas
Parece que este regulamento vigora nas camadas jovens do SL Benfica. Atente-se nas diferentes cotações das "chapadas no rabo do colega", "actos homossexuais", "não tomar banho (jogos fora)", "urinar no chuveiro", ou dos chamados "gases perturbadores"...
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Retratos do Portugal Moderno
Ouço a notícia do Telejornal da RTP há breve minutos..."Em apenas poucos dias, o novo disco de Tony Carreira já alcançou dois discos de platina".
Sugestão para a semana
Para quem não sabe a noite Pecha Kucha é um "forum informal para a apresentação de trabalho criativo proveniente de diferentes disciplinas como arquitectura, design, artes gráficas, artes visuais, moda, etc". Teve origem no Japão quando Astrid Klein e Mark Dytham decidiram criar um evento que pudesse reunir criativos para apresentarem os seus trabalhos. Para reduzir a possibilidade de mológos longos e enfadonhos estabeleceram um formato original em que cada orador têm apenas 20 slides temporizados automaticamente para passarem de 20 em 20 segundos.
http://www.pechakuchalisbon.blogspot.com/
A próxima edição em Lx é já no dia 9 de Dezembro, pelas 21h30 no Museu da Electricidade.
http://www.pechakuchalisbon.blogspot.com/
A próxima edição em Lx é já no dia 9 de Dezembro, pelas 21h30 no Museu da Electricidade.
Prémios precaridade
Não se esqueçam de votar...
http://www.premiosprecariedade.net
Os soundbytes são particularmente interessantes. Não nutro particular afecto pelo Grupo Jerónimo Martins nem pela Rita Blanco, mas está de facto muito bom... "pois..."
http://www.premiosprecariedade.net
Os soundbytes são particularmente interessantes. Não nutro particular afecto pelo Grupo Jerónimo Martins nem pela Rita Blanco, mas está de facto muito bom... "pois..."
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Thomas Jefferson já dizia há 200 atrás...
“Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades que o levantamento de exércitos.
Se o povo americano alguma vez permitir que os bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão em seu redor, despojarão o povo de toda a sua propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram”
Washington, DC – 1802
Se o povo americano alguma vez permitir que os bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão em seu redor, despojarão o povo de toda a sua propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram”
Washington, DC – 1802
A profecia do Sr. Jefferson até pode ter muita razão. O “jogo” financeiro e político até pode vir sendo viciado ao longo dos anos e, melhorado para servir o maquiavelismo que melhor suporta a avidez de lucro fácil, e a sede de poder. Mas uma coisa é certa, neste jogo só entra quem quer, as regras, ainda que em letras pequeninas, vêm lá todas. Está na hora do povo contrariar o paradigma em que todo o sistema foi suportado. Está na hora de responder com consciência, de que este jogo só é feito porque o povo o permite. Sob pena do Sr. Jefferson ter conseguido adivinhar o futuro 200 anos antes…
Agora sim !!!
... Vamos todos votar.
Candidata a Presidente do Benfica
Maria de Lurdes Robrigues
Qualificações: Habituada a Multidões
descontentes!!!...
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