sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

“O convívio da frustração”


A expressão não é minha, VPV (Vasco Pulido Valente), é, como Manuel Alegre, um homem do seu tempo e como tal o seu quadro de análise politica não comporta outros partidos que não sejam o PSD, o PS, o PCP, e o CDS(PP). Também partilha com Manuel Alegre (MA) uma outra característica, escreve pouco mas bem. Por vezes roça o disparate e é abundante em redundâncias. Mas cada um nasce para o que nasce, e estes dois senhores são pagos e bem pagos para deixarem impressos na folha pequenos momentos de génio por entre a imensa inutilidade que vão produzindo a miude.
É com esta fabulosa expressão que VPV sintetiza o que se passou na Aula Magna no passado fim-de-semana. Pelo meio da crónica que o jornal Público publica hoje, encontramos algumas patranhas de pura miopia politica como são as afirmações:
“fora do Partido Socialista o “milhão de votos” de Alegre não têm qualquer peso político”- não foi fora e contra o PS que MA os conquistou?
“o Bloco é um partido irrelevante” – será irrelevante a provável futura 3ª força politica no Parlamento, quando sabemos que por um deputado se perde ou ganha uma maioria absoluta, e que para as votações mais importantes são necessárias maiorias de 2/3 da Assembleia?
Bom, deixemos o senhor em Sr. em paz com o seu Pure Malt.
O certo é que este encontro das esquerdas não passou nem vai passar de um momento catalítico das frustrações de quem não fez mas que já não sente em condições de fazer a “Revolução Necessária”.
No barco de MA só cabe MA, e atendendo à tipologia (bloquistas e reformados) dos “mil” camaradas e amigos que com ele agonizaram no passado fim-de-semana, quem mais entrar para esse barco será peso morto e mais rápido Manuel se afundará em sua companhia.

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