quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sócrates, APERTA-ME AS MAMAS!!! lol



Um momento de televisão inesquecível...

A matemática da educação (2005-2009)

Aproveitando a deixa do último post, também acho que é tempo de relembrar as contas destes últimos 4 anos na educação:

Equação 1: Escola a tempo inteiro, com ensino de inglês logo a partir da primária e com oferta de actividades de enriquecimento curricular, o que beneficia hoje quase 100% dos alunos do ensino primário

Equação 2: Alargamento da acção social escolar, generalizando a disponibilização de refeições escolares a 90% dos alunos, criação de uma bolsa de estudo para os alunos do ensino secundário, criação do passe escolar 4-18 para 1,6 milhões de alunos, oferta de computadores para os alunos carenciados

Equação 3: Modernização do parque escolar para iniciar a requalificação de 330 das 459 escolas existentes

Equação 4: Generalização da utilização de computadores e da Internet com banda larga nas escolas, logo desde a primária (programa e-escolinhas/Magalhães e e-escolas) (já foram distribuídos 1 milhão de computadores)

Equação 5: Extensão da escolaridade obrigatória até aos 18 anos como forma aumentar os níveis de formação e qualificação

Equação 6: Lançamento do Programa Novas Oportunidades para o reconhecimento, validação e certificação de competências, permitindo que quase 1 milhão de adultos possam valorizar as aprendizagens adquiridas no mercado de trabalho

Equação 7: Lançamento do Plano Nacional de Leitura, permitindo que 1 milhão de alunos possam ter leitura orientada, e reforço das bibliotecas escolares

Tudo somado, tudo contabilizado, estas "contas" mostram como é possível ter mais e melhor educação.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ai a Matemática no PS...

Obviamente é um "fait divers", como diria o Telmo...
Mas a propensão dos primeiros ministros do PS para baralhar números é impressionante ;)
Talvez um tema a ser tratado pelo Programa Novas Oportunidades?
Pode ser o que o Sócrates até chegue a Engenheiro!

MFL, os ricos, as suas festas e os seus iates


Manuela Ferreira Leite disse hoje que há "uma quase perseguição social" aos ricos, contestando a ideia de lhes "retirar determinado tipo de benefícios, de deduções fiscais". Acrescentou ainda sobre os ricos que "é bom que eles existam, é bom que dêem muitas festas, que comprem muitas coisas, porque isso dá postos de trabalho a dezenas de pessoas".

Eu também não sou contra os ricos. Até porque, em muitos casos, a riqueza acumulada resulta do do mérito, do esforço, do trabalho e ou da inovação. E é esse tipo de riqueza geradora de crescimento e bem-estar económico e social que deve ser protegida. O problema no discurso de MFL sobre os ricos e, sobretudo,na política fiscal de MFL está em esquecer o princípio constitucional da justiça redistributiva e da repartição justa da riqueza gerada.

A posição dela ficou bem clara na conferência de hoje de manhã, organizada pelo Diário Económico, "se tivesse de aumentar impostos, se achasse que os ricos estavam tão ricos que já não sabiam o que fazer ao dinheiro, tributava fortemente em impostos indirectos aqueles bens aos quais os ricos têm acesso, como os iates". "Um iate se calhar devia ser altamente tributado. Agora, deixe lá o rico ir comprar o iate, não lhe tire o dinheiro antes de ele ir ao iate, porque aí tira postos de trabalho àqueles que construíram o iate".

Ricardo, acho que vais perceber esta


Os carros da PSP andam muito acidentados. Esta imagem é do Cais do Sodré, no passado dia 27 de Julho.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Um clube diferente

Uma claque diferente





Tudo boa gente.

sábado, 25 de julho de 2009

O almoço foi sopa da pedra

Passavam alguns minutos da primeira parte quando começaram a chover pedras sobre espectadores e jogadores, no relvado numero 1 de Alcochete. Era o jogo decisivo para atribuição do título de campeão nacional de juniores em futebol. Caso, acabasse empatado, o Benfica seria o campeão pela vantagem que trazia do playoff, mas o Sporting (campeão em título) jogava em casa.
Para segurança de todos o jogo foi interrompido, as vitimas do ataque (espectadores e jogadores) foram evacuados e até o Presidente do Sporting Clube de Portugal entrou em campo para suster a retaliação das claques do Sporting ás pedras que choviam do exterior pela mão da claque ilegal mas apoiada oficiosamente pelo Benfica No Name Boys.
Perante os graves incidentes o Concelho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol presidido pelo Dr. Marques da Silva escolheu não repetir o jogo, e punir indiscriminadamente com pena igual quem agrediu e quem foi agredido. O CJ da FPF entregou desta forma o titulo à equipa que estava em vantagem antes do jogo começar, no caso concreto o Benfica.
Inexplicável? Nem por isso, este video, no qual o Presidente do CJ da FPF é o cicerone, explica o porquê da bizarra decisão.

As linhas que se seguem são da exclusiva responsabilidade do casal Abreu Djaló




Queridos amigos e amigas,
Hoje falar-vos-ei de uma pessoa muito especial que entrou na minha vida de uma forma muito sublime.
Como já vos disse inúmeras vezes, o que tenho hoje não se deve apenas á MÃE maravilhosa que eu tenho a sorte de ter, nem aos dons que DEUS me deu, mas também a VOCÊS que fazem de mim uma artista com inúmeros êxitos.
Vocês são aqueles que eu mais admiro pelo coração que têm e respeito pelo amor,carinho e força que me dão.
Por todos estes anos que entretanto foram passando, com vocês sempre ao meu lado, eu tenho todo o orgulho de abrir o meu coração sempre em primeiro lugar para vocês.
Muita tinta e papel têm gasto, muitas especulações e mentiras têm feito e inventado.
Hoje, pela primeira vez vou agradecer à imprensa por ter despertado em mim o interesse profundo por uma pessoa maravilhosa que já conhecia há alguns anos.
A imprensa de tanto escrever e inventar acabou por nos aproximar de uma maneira encantadora, enquanto davamos risadas sobre a polémica e as matérias que saíam.
Conhecemo-nos há mais de dois anos e fomos contruíndo uma linda e forte amizade ao longo do tempo. Muitas vezes jantavamos com os nossos amigos, falavamos ao telemóvel e foi assim que me fui apercebendo do seu valor, não só como grande amigo que já era, mas principalmente pelo seu valor como homem.

Sempre vos disse desde o início que só entregaria o meu coração a um homem que tivesse os valores e os princípios que sempre idealizei: humildade, generosidade, amizade, simplicidade, um coração de ouro, fidelidade, ambicioso, trabalhador, amável, elegante, extremamente educado, protector, muito humano e charmoso
Por isso meus queridos amigos, vocês serão os primeiros a saber, não só em portugal mas sim no mundo inteiro, que fui pedida em namoro à minha MÃE como sempre sonhei com um lindo ramo de flores e uma aliança fora do normal, muito especial.
Eu sempre vos disse que não precisava de procurar o meu príncipe encantado, porque ele estava marcado no meu destino e que ele encontrar-me-ia.
Quero que saibam que sou tratada como uma verdadeira princesa e que acima de tudo ele me respeita muito como sempre respeitou todas as pessoas que pela vida dele passaram.
Ele vai dar-vos uma palavrinha
Grandes amigos,
É com grande prazer e orgulho, que partilho com vocês um dos momentos mais felizes da minha vida, pois finalmente encontrei a mulher dos meus sonhos com quem quero passar o resto dos meus dias.
A mulher que eu sempre idealizei por dentro e por fora. Ela é a minha cara.
Fiquem descansados porque eu trato-a como uma verdadeira princesa, tal qual ela é.
Nunca pensei que existisse uma mulher com um coração do tamanho do mundo, com uma personalidade tão forte, com uma ambição tão grande, uma tremenda força de vencer e ao mesmo tempo uma flôr, de tão delicada que é.
Sinto-me extremamente feliz por ter o filho e a mulher mais lindos do mundo. É com ela que quero partilhar o resto da minha vida e construír uma família linda, ainda maior.
Por isso peço-vos que me desejem BOA SORTE, porque por esta mulher eu vou até ao fim do mundo.
Um abraço grande do amigo YANNICK DJALÓ
Como vêem estamos muito felizes e hoje é apenas o nosso presente malta porque o futuro só a DEUS pertence.
Como sempre vos disse, vocês serão sempre os primeiros a saber do que se passa na minha vida pela minha própria mão, boca e coração
Obrigada por tudo do fundo do meu e nosso coração e não se esqueçam malta, que os PRÍNCIPES ENCANTADOS ainda existem
Beijinhos dos vossos eternos amigos
LUCIANA ABREU & YANNICK DJALÓ

Se quiserem desejar felicidades à Floribela mandem-lhe um beijinho aqui

Definitivamente ainda há vida para além do deficit, mesmo quando o deficit é de bom senso.

Se não vivesse em Lisboa...

...fartava-me de rir com isto:


Como vivo, e sou lisboeta, só tenho a obrigação de fazer tudo o que está ao meu alcance para impedir que este inimputável volte para a Câmara. Nem que seja só por uns meses, como de costume...
Santana é transparente, "na politica como na vida" é uma das suas punch lines favoritas e contra factos não há argumentos, Pedro Santana Lopes gere a coisa pública com a mesmíssima regra e cuidado com que gere a sua vida pessoal.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Limpar Portugal - Não! Não é slogan de campanha de nenhum partido!



Trata-se de uma iniciativa C2G, "Cidadão para Governo", que em Portugal pretende em primeiro lugar identificar depósitos ilegais de lixo e a 31 de Outubro de 2009 mobilizar a sociedade para a sua remoção.

Muito à semelhança do que é relatado neste vídeo sobre a Estónia, onde no dia 03 de Maio de 2008, 50.000 voluntários limparam mais de 10 mil toneladas de lixo!!!

www.youtube.com/watch?v=T7GzfMD6LHs

Os interessados podem visitar a página da rede social associada ao projecto:
http://limparportugal.ning.com, inscreverem-se ou criar um grupo concelhio e mobilizarem-se para o dia 31. Existem já 1300 voluntários e cerca de 78 sub-grupos concelhios.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ainda há quem diga que os políticos não necessitam de Media Training? Hum...


Transcrevo aqui post editado por Sara Batalha no seu blog Media Training 2.0 http://sarabatalha.blogspot.com/2009/07/ainda-ha-quem-diga-que-os-politicos-nao.html

- "Quando falo em público, o que devo fazer com as mãos?" - esta é uma das perguntas mais comuns q me fazem.
- "Utilize as mãos da forma que as usa no dia a dia quando fala com alguém - gesticule com um pouco mais energia do que o habitual..."

Isto fazia sentido até... Manuel Pinho!
Manuel Pinho cometeu um dos erros clássicos de Media Training... esqueceu-se que o 'OFF the RECORD' é um mito. Mesmo sem estar a ser gravado directamente, NUNCA nos podemos esquecer que onde está um jornalista (500 metros é a distância aconselhada) existe SEMPRE a possibilidade de 'isto' acontecer: Disparate por negligência que leva ao fim de uma carreira pública.
Mas mesmo assim, claro que se deve gesticular publicamente! Caso contrário, corre-se riscos. Em Portugal, nos EUA ou na India... PLEASE, move your hands when you're speaking. Otherwise....
Your body looks literally stiff.
You look uncomfortable.
Your arms stiffen.
Your vocal chords stiffen.
You speak in a lower volume.
You speak more monotone.
You seem more boring.
Don’t do it!
In theory, it is possible to move your hands too much and to gesticulate so wildly that you distract your audience.

But relaying in the MTW experience of a quarter of a century of coaching people around the world and my own, I have never had a client who moved his or her hands too much. Yet every week, sometimes every day, I have clients or students who freeze their hands or hold pens or grab lecterns to keep their hands from moving.


Let’s focus on the real problem, then: When you are nervous, you tense your body and stop moving your hands. This makes you look nervous to the audience, and that’s a problem. We want to look natural, relaxed, and confident to our audiences so they can focus on what we
are saying, not on what we are doing or not doing with our bodies.


So, even this takes some practice, please follow these steps:

When you are speaking to a new group of people for the first time, or if you are doing anything that takes you out of your comfort zone, you may need to consciously think while speaking,
“I am now moving my right hand…now I am moving my left hand…” You have to prime the pump at the beginning of your presentation by forcing your hands to move.

This sounds phony and contrived, but if you practice it, you will look natural and relaxed. And eventually you won’t have to remind yourself to move. Around the world, I find that most audiences respond best to presenters who talk and move in a natural manner. And most people move both hands when they speak. Yes, there are a few exceptions (such as in Japan where it is considered rude to gesture when giving a business presentation). Always try to find out if there are local customs that supersede your own practices, and then follow those local customs. But in general, your audience will see you as confident, authoritative, and authentic if you move your hands when you present.

Don Corleone - Uma sátira portuguesa



Vale a pena ver até ao fim... Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

Anda tão caladinha...

... terá sido por isto?



Esta é a "política de verdade" do PSD.

Para memória futura.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Por vezes as iludencias aparudem.

Manuela Ferreira Leite encabeça a lista de deputados do PSD por Lisboa por proposta da distrital do partido, liderada por Carlos Carreiras.
A lista de candidatos a deputados do PSD pelo circulo eleitoral de Lisboa que foi votada esta noite, em reunião da distrital parece ser, à primeira vista, perfeitamente consensual mas será mesmo assim?
Talvez não. Vejamos melhor.
A lista, que deixa de fora nomes como Rui Gomes da Silva, Arménio Santos, Henrique de Freitas, José Matos Correia, Pedro Pinto e António Preto, foi aprovada por 27 votos a favor, sete contra e três abstenções.
Ao que parece, os sete votos contra são das secções que apoiaram Manuela Ferreira Leite. E segundo o jornal Público, existe um enorme descontentamento pelas escolhas da distrital para a lista de candidatados a deputados.
Fiéis de Manuela Ferreira Leite como Duarte Pacheco ou o Presidente dos TSD de Lisboa Álvaro Carneiro caem abruptamente nas listas para lugares perto da inelegibilidade.
A lista terá de ser agora revista pela direcção do partido sendo depois aprovada em Conselho Nacional marcado para a próxima sexta-feira.
A coisa promete...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Russians Got Talent!!!!



Vejam até onde a imbecilidade pode ir...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Saber PiaR, comunicações sobre comunicação.

O PiaR a propósito do seu primeiro aniversário, contou com a colaboração de três distintos convidados e proeminentes profissionais da comunicação, o Rodrigo Moita de Deus, o Paulo Pinto Mascarenhas e o Pedro Correia pessoas que levam esta coisa da comunicação a sério, o resultado não podia ser mais interessante e eclético, já que os seus textos apresentam diferentes abordagens de uma mesma realidade.

Realidade essa que passa pela revolução na comunicação que se assistiu nos últimos anos, com o advento da Internet e das novas ferramentas digitais que diariamente vão cativando cada vez mais pessoas.

No seu post A revolução da banda larga, Rodrigo Moita de Deus fala precisamente sobre essa caminhada gloriosa da Internet (mais silenciosa do que noutros tempos, é certo), recorrendo a dados muito esclarecedores e demonstrativos daquilo que se está a passar.

A “segunda vida” da Internet, como oportunamente chama à Web 2.0, é “mais pujante e eficaz que nunca”. De tal forma, que a própria Microsoft definiu Junho de 2010 como a data em “que os consumidores, média global, passem mais tempo online que à frente da televisão (3.4 dias por mês)”.

No entanto, Junho de2010 nunca será mais do que um marco “simbólico”,na medida que “tudo já mudou”.

Porém, como não há revolução tecnológica feita exclusivamente de virtudes. Pedro Correia, no seu post Alguém aí falou em Aldeia Global, alerta para alguns efeitos nefastos que a nova realidade comunicacional pode ter nas sociedades. Citando o especialista em saúde laboral, Cary Cooper, e um artigo do El País dá vários exemplos de como o excesso de informação, aliado ao seu acesso instantâneo, pode provocar situações contraproducentes, que podem ir desde o stress no trabalho, passando pela menor produtividade profissional, até ao vício compulsivo pela consulta do correio electrónico seja a que hora ou em que local for. Mas não se fica por aqui no que diz respeito aos “perigos” que existem na “aldeia global" da comunicação. Aborda a problemática da colocação de dados pessoais nas redes sociais. Dando como exemplo um caso espanhol, alerta para o perigo da usurpação de identidades que podem acontecer em plataformas comunicacionais como o Facebook ou o MySpace… Porque, nesta “aldeia global” tudo se sabe.

Já Paulo Pinto Mascarenhas, através de uma analogia pessoal, fala naquilo que não mudou na comunicação. E aqui está-se sobretudo apensar no conceito de notícia e de síntese.

No seu post As eternas gordas, o Paulo é certeiro quando diz que as “gordas são uma espécie de pré-história das notícias que se consomem na internet”, acrescentando que “foram a antecâmara de meios como o Facebook e o Twitter, onde se dá o máximo de informação no mínimo de palavras”.

Tudo mudou para que tudo ficasse igual?

Mais um...


A vox populi do politicamente correcto sublinha que o caso BPN nada tem a ver o PSD e que quaisquer cruzamentos dos dois cenários da vida pública, não passam de meras coincidências. Pois bem, Arlindo de Carvalho é a ultima coincidência do folhetim, o ex-ministro de Cavaco Silva foi constituído arguido no processo BPN por indícios fortes de ilicitude em negócios imobiliários menos claros. Menos um putativo ministeriável para um hipotético futuro governo do PSD. Tal como Dias Loureiro, Arlindo de Carvalho já fez saber que "o seu envolvimento no BPN só o fez perder dinheiro". Coincidências...
Por este andar, o caso BPN ameaça formar um executivo laranja mais cedo do que a própria Manuela Ferreira Leite.

sábado, 18 de julho de 2009

Para dar o mote

Portugal de verdade


José Pedro Aguiar Branco, vice-presidente de Manuela Ferreira Leite, já foi anunciado como o cabeça de lista do PSD pelo distrito do Porto nas próximas eleições legislativas de Setembro, mas também soubemos hoje que se trata de um dos 5 Deputados mais faltosos desta legislatura (todos eles do PSD). Justifica-se com "trabalho político" mas eu diria que deve passar muito mais tempo aqui do que aqui.

Eles saltam de trás da moita.


Seixal não será um roseiral, nem Santarém não deixará o Sr. Flores sem municipio, mas eles andam aí... os eternos "pretenders". Samuel abriu caminho na margem sul, na margem norte temos agora o desde sempre muito ribatejano José Gusmão. Por que partido? Pelo Bloco, claro... Claro não, vermelho! Não vos diz nada o nome? E "Che" Guilherme? Rings a bell?
Estou a imaginar o slogan da campanha:
"Toiros de morte, só se forem da JCP"
Boa sorte José, os alumninati da Académica estão contigo.

Hasta lá vitória siempre!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Jackson Pepsi ad Fire

Vírus mediático


"Portugal subiu para 107 o número de casos de pessoas infectadas pelo vírus H1N1"... todos os dias ouvimos a imprensa noticiar o crescimento do número de casos de pessoas infectadas com este vírus gripal.

Quando é que vamos começar a ouvir notícias "Portugal tem neste momento 30 casos de pessoas infectadas pelo vírus H1N1, todas em recolhimento hospitalar, estando já registado 77 casos de pessoas, com alta clínica, que estão já em casa bem de saúde"?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A paixão (segundo Nicolau da Viola)

Quem não se lembra desta música da dupla Rui Veloso/Carlos Tê. Para os mais esquecidos era assim:

Tu eras aquela que eu mais queria
P'ra me dar algum conforto e companhia
Era só contigo que eu sonhava andar
P'ra todo o lado e até quem sabe?
Talvez casar

Ai o que eu passei, só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a forca da musica ele se moveu

Mesmo sabendo que nao gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
Para te levar ao concerto
Que havia no rivoli

Era só a ti que eu mais queria
Ao meu lado no concerto nesse dia
Juntos no escuro de mao dada a ouvir
Aquela musica maluca sempre a subir

Mas tu nao ficaste nem meia-hora
Nao fizeste um esforco p'ra gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande licao
Nao se ama alguém que nao ouve a mesma cancao

Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixao por ti era um lume
Que nao tinha mais lenha por onde arder

Vamos ver se as duas últimas esfrofes da letra não se concretizam. Pois parece-me que esta união devido ao tamanho dos egos das personagens tem tudo para ser uma paixão de circustância (somente com o propósito de contar "espingardas" e unir "exércitos" em tempo de eleições), e nada de amor fraterno e sustentável no tempo. Na realidade é mais o que os separa do que aquilo que os une. Caso António Costa ganhe, é caso para dizer - a ver vamos...

Paragem Obrigatória - FMM 2009


Se há festival que merece a pena ser visitado é o FMM de Sines. As razões são de diversa ordem 1) localização, 2) coerência artística, 3) diversidade e riqueza cultural, 3) política de preços (variam entre 5€ - 10€), 4) ambiente fora de série e 5) excelente organização.

Por estas razões e outras que me esqueci de mencionar, aconselho uma visita obrigatória. É quase caso para dizer, se não ficar satisfeito, devolvem-lhe o preço do bilhete.

Espero vê-los por lá. Para mais informações - FMM2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Carsharing takes off













quinta-feira, 9 de julho de 2009

Novo logo



Ideologias à parte, isto está com piada.

O verdadeiro tributo global a Michael Jackson


A rádio belga Studio Brussel lançou um site em que todos os fãs de MJ pode partilhar a sua apetência para fazer o célebre "moonwalk". Há videos de todo o Mundo, mas ainda não há de Portugal...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Esta noite sonhei que era Manuel Pinho...

Foi na apresentação do Mobi-e que Luís Viegas e Luís Filipe Pereira apareceram de costas voltadas. Ambos concordam que foi feito um excelente trabalho no desenvolvimento e concepção dos postos de carregamento aasim como na criação da própria rede que irá surgir em diversos pontos das cidades do nosso país. Já quanto à verdadeira aplicabilidade no terreno, as dúvidas e cepticismos surgem. Este trabalho feito, e bem feito, é apenas o final da etapa conceptual ou embrionária. O carsharing de veículos eléctricos não será uma realidade no nosso país, sem que este passo que foi dado nesta apresentação se torne uma realidade no quotidiano das cidades portuguesas. Vamos por as cidades portuguesas na linha da frente da inovação, tornando-as atractivas e consequentemente competitivas. Fazendo ao mesmo tempo descer a nossa dependência dos combustíveis fósseis, responsável por grande parte do nosso desiquilibrio na balança de transacções corrente. É um legado positivo que este governo deixa, apesar de ainda haver caminho a precorrer. Este foi também um dos últimos actos políticos do nosso rei da pop política, e cujas estranhas coreografias nos debates parlamentares lhe valeram a demissão - Manuel Pinho.

Separados à nascença?



Será que José Sócrates e Michael Jackson foram separados à nascença?

É que o processo de branqueamento a que se submeteram tem sido verdadeiramente idêntico.
Enquanto Michael Jackson começou esse processo após a saída dos Jackson Five, Sócrates começou após a ida para o Governo com Guterres.

O mais impressionante processo veio a culminar numa alteração radical do discurso desde as últimas Europeias.

Agora, José Sócrates pretende ser o melhor amigo dos portugueses, com o discurso pautado pela palavra "humildade".
Quatro meses de "humildade" não vão apagar 4 anos de arrogância, prepotência, altivez e autocracia!

Não resisto à piada fácil de dizer que Michael Jackson fez uma rinoplastia orgânica e "Pinócrates" uma rinoplastia conceptual...

Oposição à oposição



Parece crime.
Nos dias que correm dizer mal do Governo "é bem”, e dizer bem de quem diz mal não "cai mal". Que cretinice, intelectual de uns, moral de outros, agora o Sócrates é só defeitos e a Manuela é a própria da virtude?! Os “independentes” que hoje procuram a equidistância, pelo vogar da “onda critica” à actual governação, mais não fazem como Pilatos, em consciência sabem que nenhum governo alguma vez teve a coragem de fazer o que este fez. E sabem melhor ainda, como eram urgentes estas reformas e como se moveram mares e montanhas para impedir estas mudanças.
É inconcebível ouvir a candidata a primeira-ministra dizer que vai “mudar tudo na educação” e ficar calado?! Porque é que a antiga Ministra da Educação promete esta insensatez com tamanha irresponsabilidade? É o mais puro e inconsequente eleitoralismo. Deveria ser uma bandeira do PSD a avaliação dos professores, assim como o ensino profissional. Os "piquenos e médios empresários" não estão do mesmo lado da barricada daqueles que não querem ser avaliados, mas que querem continuar a ganhar €3000/mês por 20 horas de trabalho semanais e 2 meses de férias.
Temo por este país e pela qualidade da nossa democracia quando franjas significativas dos nossos supostos "melhores" navegam à vista não vão ter que fazer novos “amigos” a seguir às legislativas. “Até ao galo cantar haverás de renegar o meu nome três vezes” assim o terá dito Jesus Cristo ao apóstolo. Que raio de reformas podem, ou sequer valem a pena serem feitas quando os mesmos que as apoiaram quando Sócrates era invencível, agora as deixam cair sem estrondo? Apenas porque o vento pode passar a soprar da direita e é sempre mais fácil navegar à bolina!
O PSD não tem programa. Será pecado dize-lo?
A líder do PSD, foi desastrosa nas suas anteriores experiencias ministeriais. É mentira?
Caso as teses do PSD - privatização da CGD; privatização da Segurança Social - tivessem sido aplicadas, o que seria de nós no contexto de crise mundial? Não deveremos sentir a angústia deste futuro que poderia ter sido, e que graças à vontade dos portugueses e do governo socialista não foi?
É verdade a “politica de verdade”? A "Senhora" não imitou Dias Loureiro quando disse não ter sido ela a vender a PT quando afinal até foi ela que assinou bem a meio do curto consulado de Barroso.
E Santana Lopes para a CML... Em Oeiras nem candidato credível apresenta para não canibalizar o sempre seu Isaltino. Em Lisboa apresenta PSL em cuja personagem ainda à pouco menos de um ano dizia não votar fosse para que função fosse. É esta a VERDADE!
Sinceramente, apesar de todos os pesares que pesam (e muito) sobre os ombros de José Sócrates, o que já fez este PSD para merecer sequer o benefício da dúvida?
Agora é o Carlos Encarnação que está arguido por mais um negócio lesivo do interesse público, realizado durante os governos de que Ferreira Leite fez parte. Quantos mais “laranjas” têm que "ir dentro" para que se perceba que PS e PSD não “são todos iguais”? E que Manuela Ferreira Leite não foi de um dia para o outro que ficou diferente dos seus!
Provem que foi Constâncio quem roubou o BPN e que Dias Loureiro não teve a capacidade para o impedir! Até lá farei oposição a esta oposição. A este PSD não é a alternativa de futuro de que precisamos. A este PSD, espectro de um passado de que fugimos, mas que 4 anos não chegaram para enterrar.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O internacional catolicismo.


- De pé ou vitimas da fé, de pé famélicos da ordem!
Podiam ser estas as primeiras frases do hino para a nova “autoridade politica mundial?”
Na encíclica “Caritas in veritate” ontem revelada, o Chefe de Estado do estado do Vaticano, defende a criação de uma “verdadeira autoridade politica mundial” com um “grau superior de organização à escala do governo da mundialização”. Na prática, uma estrutura politica global que acompanhe a globalização económica e cultural em curso.
Visão de futuro?
Ao Estado do Vaticano nada mais pode interessar do que a religião. É, por assim dizer, o seu “core business”. Da boa administração do seu capital místico e espiritual resulta a influencia que resta ao Papa para se imiscuir nos assuntos mais prosaicos da coisa terrena. Como pode vir o Papa criticar explicitamente o modelo da ONU, apresentar modelos de boa governação a estados laicos ou a outros embora religiosos mas não católicos, quando a Igreja Católica perde milhares de fieis a cada dia que passa? Quando a Igreja Católica Apostólica Romana falha deliberadamente no diálogo ecuménico com as outras religiões?
“In veritate” porque não propõe o Papa uma única religião global para todo o Mundo? Uma religião pela qual matar ou morrer não faria qualquer sentido de tão despojada dos bens e poderes materiais, de tão independente dos interesses dos homens.
Se os sacerdotes não sabem resolver os problemas da religião o que os leva a crer que são capazes de resolver os problemas da política e da economia? Se é a paz e progresso que se quer, que se acabem de vez com os ataques às poucas instituições que ainda vão garantindo algum desse progresso e paz como é o caso da ONU.
É preciso reformar a ONU, a UE, os EUA, a OTAN, a OCDE, o MERCOSUL, etc.? Sem dúvida!
Mas para Ratzinger deveria ser muitíssimo mais urgente reformar uma instituição mergulhada numa crise muitíssimo mais profunda, a Igreja Católica!

Manuela como Santana?


Manuela Ferreira Leite será, entre os líderes das principais forças partidárias, a única que não tira férias.
Apesar de ser uma mulher de família, este ano não haverá Verão em São Martinho do Porto, nem noutra praia qualquer. Esta será a Estação do tudo ou nada para o PSD, para que em Setembro não desça no apeadeiro.
Mas falando na última experiencia que tivemos com este binómio férias/PSD, recordo que o último Primeiro-Ministro do PSD também assumiu o governo sem repouso prévio, para logo 14 dias depois tirar umas férias no Algarve. Foi um belo exemplo!
A escolha de Manuela Ferreira Leite será tirar férias da campanha quando estiver à frente dos destinos da Nação? Ou vê a vitória como um cenário tão improvável que já tem termas marcadas para o Outono?
Em qualquer dos casos, e atendendo à veterania da candidata, seria bom que carregasse baterias antes do combate eleitoral, até porque, este promete ser duro.

Fechem os olhos e façam silêncio.

Não é pela franja que se vão apaixonar.

Tributo ao "Emigrante Português"

Aterrou na capital da nação, vindo da república das bananas, com 11 anos mal feitos, e chorou… Chorou, jogou, jogou, marcou, marcou e encantou Sir Alex que o levou na bagagem para a terra da “bifas”, e treinou, treinou, treinou, jogou e marcou, marcou, marcou, marcou, marcou. Até que chegou um empreiteiro espanhol com mais dinheiro que juízo e pagou, pagou, pagou 94 milhões de vezes pagou para ver este português a jogar à bola no Barnabéu. As “nereidas” só lhe fazem bem para desenjoar da bola que o acompanha do acordar ao pôr-do-sol. Cristiano Ronaldo tem tudo, porque a sua vida é o seu trabalho, ele é “O Emigrante Português”



Dedico este tributo aos mensageiros da desgraça que professam o naufrágio do “puto” na movida de Madrid.
Pode até nem ser o mais genial, mas é simplesmente o “perfect player”, inigualável! O Mundo já está a seus pés, Madrid tratará de o carregar em ombros.
Viva Cristiano! Viva Portugal!

Cientistas Gay isolam o gene do Cristianismo



E se em vez dos ratinhos, testassem este procedimento no Paulo Portas? Será que alguns dos cientistas gay evocariam objecção de consciência?

O homem que quase me fez mudar para o Benfica...

... continua a "fazer vitimas" nas ex-colónias.
Comigo, foi ouvi-lo falar apenas 20 minutos, e na rádio, sobre "o clube da sua freguesia". O brilhantismo da sua paixão contagiava a cada palavra...



Vou pedir um desejo: também eu gostava de partilhar uma mesa, uma hora que fosse, com esse Senhor, só há um tema sobre o qual não quero voltar a ouvi-lo falar... a bem do meu esforço, dedicação, devoção, e glória!

domingo, 5 de julho de 2009

Os "chifres" nas devidas testas.


Pinho, apesar dos chifres, fez-nos puxar pela cabeça. As despedidas são sempre momentos de balanço para uns e de embalo para outros. Estávamos habituados aos ministros da economia anónimos (nos consulados PSD o último com alguma notoriedade terá sido o Eng. Mira Amaral), ou então a mega ministros de governos rosa (estilo Pina Moura), que não dedicavam à economia mais do que o seu part-time. Entre os empresários, os papões que a esquerda radical esquece serem aqueles que geram riqueza e emprego, é unânime a opinião: Manuel Pinho foi um excelente ministro. Entre a oposição de direita, e agora que o dano foi superior às suas melhores expectativas, o ministro afinal não terá sido assim tão mau. As “gafes a la Pinho”, continuam catalogadas de “inaceitáveis indiciadores de desnorte governativo”, mas quando vamos às politicas em concreto do Ministério da Economia a critica fica pelos detalhes. O pensamento estratégico do ex-ministro estava correcto, assim como , agora que já é ex, é vista com outra bondade a dinâmica com que sempre respondeu aos problemas do tecido produtivo nacional. Os sociais-democratas sabem, que amordaçado, Manuel Pinho seria sempre um bom ministro da economia, até num governo PSD... Diz agora o cinismo critico ao serviço da predação laranja, que no "mundo real", no mundo do trabalho e da sociedade que lhes é tão distante, Manuel Pinho até seria reconhecido pelo trabalho feito, mas que na politica “as regras são outras”. Na "política de verdade" as regras são de facto outras, lá não há lugar ao mérito, apenas há espaço para o mal dizer. Se dúvidas ainda existissem sobre a capacidade de melhor fazer... mas nem isso!
Qual é o legado de Manuela Ferreira Leite nas pastas da Educação e da Finanças?
Respectiva e sumariamente: uma geração à rasca; 2 submarinos inúteis e uma “hipoteca geracional” ao City Group.
Haja decoro!
Haja memória!
Haja competência!
Manuel Pinho, foi uma indecorosa personagem política que ficará na nossa memória colectiva como um Ministro tão competente nas suas funções como era congenitamente compelido à gafe mais esdrúxula.
Confiando na memória curta dos eleitores, o PSD apresenta uma candidata a Primeira-Ministra comprovadamente incompetente nos Ministérios por onde passou, e agora, sem ponta de decoro, a “Senhora”, apresenta-se virgem!
Nem foi ela que privatizou a PT!
Quer “mudar tudo na Educação”!?
O que propõe?
Voltarmos ao tempo em dos estudantes com as calças na mão?
Do tempo do investimento ZERO no ensino profissional? Quando no ensino superior era aposta solitária de um sector privado lucrativo mas selvagem de que eram sócios ou cooperantes metade dos ministros de Cavaco Silva?
Para o povo português esta “senhora” já usou “chifres”. Não “os chifres de Pinho”, mas os “chifres” de uma gestão diabólica que mais soube destruir do que preparar o País para o futuro.
O povo português é inteligente, e se coisa aprendeu nos últimos anos é que aqui não há anjos ou “santinhas”. Na devida altura saberá recolocar os “chifres” nas devidas testas, porque única verdade” na política é a vontade dos cidadãos! Haverá mentira que dure sempre, ou forte que chegue para esconder o trabalho do governo de Sócrates com a peneira da “seriedade” de Manuela Ferreira Leite? Não creio.

sábado, 4 de julho de 2009

Atrás de mim virá, quem de mim bem dirá


Manuel Pinho será na próxima 2.ª feira substituído por Teixeira dos Santos nas funções de Ministro da Economia e da Inovação. Hoje de manhã estive no Forum Novas Fronteiras dedicado à Economia e entre vários economistas reputados, nacionais e estrangeiros, havia claramente a sensação de que Pinho, estando ausente, era o mais presente de todos.

Efectivamente, Manuel Pinho pode ter sido o mais mal amado de todos os Ministros de José Sócrates e pode até ter contribuído para essa percepção com as sucessivas "gaffes" e falhas protocolares a que nos habituou. Mas há uma coisa que ninguém pode acusar Pinho: não ter tido uma visão estratégica e de futuro para a economia portuguesa.

É graças a Manuel Pinho que se começaram a traçar linhas orientadoras muito claras para o desenvolvimento económico de Portugal. Veja-se o caso da Estratégia Nacional para a Energia, fortemente apoiada na promoção massiva das energias renováveis, ou mais recentemente a aposta no carro eléctrico. Veja-se o caso da aposta na internacionalização e na consciência da importância em reforçar as exportações. Logo com sinais visíveis: a balança tecnológica passou a ter um saldo positivo. Veja-se ainda a aposta na competitividade das empresas portuguesas como o "driver" essencial para estas poderem resistir aos tempos difíceis da actual crise económica internacional. Veja-se, por fim, a solidariedade e o empenho demonstrados em dezenas e dezenas de contactos com trabalhadores de empresas em situação difícil (e não falo apenas da Qimonda ou da Autoeuropa).

Em tudo o que fez, Manuel Pinho não deixou de ser, sobretudo, um grande motivador e de ser uma fonte de inspiração para os empresários portugueses com um discurso conciliador e mobilizador ("os portugueses têm de acreditar em si próprios", "transformar um desafio numa oportunidade", "antecipar as mudanças, de maneira a transformá-las em oportunidades"). Aconselho, por isso, vivamente a leitura do testemunho que nos deixou hoje no jornal i (ver aqui).

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O agente provocador.

A postura de Manuel Pinho no parlamento é indefensável e a de José Sócrates o que dele se esperava e espera, fica desde já essa questão arrumada, mais anedota menos anedota.

Valia a pena, na minha perspectiva avaliar não só, o que segundo o próprio “agente provocador” deu origem a este acontecimento, mas também outros episódios mais ou menos recentes protagonizados por políticos no parlamento e fora dele.

Já tive oportunidade de assistir a várias sessões parlamentares em várias legislaturas e confesso que fiquei um pouco admirado com a hipocrisia de gente que se fez de virgem ofendida.

Dos mais variados balanços que frequentemente são feitos pelos jornalistas sobre a actividade parlamentar, destacaria, por se enquadrar neste caso, a listagem e chorrilho de insultos e palavreado insultuoso produzido em “on” e passível de ser verificado pela leitura das actas, isto para não falar dos apartes, muitos presenciados e registados pelas objectivas e microfones dos meios de comunicação social.

Esta polémica aproveita a quase todos menos a Manuel Pinho, não lhe será certamente favorável, no caso dele não me parece que seja fatal como foram situações parecidas para outros, porque não era nem deverá querer ser político no futuro, mas muitos outros já ficaram em maus lençóis no passado e certamente outros ficarão no futuro. Situações destas no calor da luta podem acontecer, até porque muitos se dedicam e especializam como agentes provocadores. Assistimos aos seus treinos e performances diariamente.

Segundo julgo saber, a figura do agente provocador não tem protecção ou existência legal no nosso ordenamento jurídico. Também não devia ter na vida política ou em sociedade. Não está em causa a costumeira discussão de quem começou primeiro. Está em causa a conduta de cada um, mesmo quando a mesma passa despercebida pela reacção desproporcionada, visível ou impressionante de outro actor no mesmo cenário.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Olé!!!



Foi tarde, mas foi em grande estilo. Mesmo na derradeira hora sempre fiel, e até deu mais uma oportunidade a José Sócrates de brilhar como grande chefe de equipa rigoroso e disciplinador.
Resultado: mais trabalhos para Teixeira do Santos, menos problemas eleitorais para o PS.
Manuel Pinho foi um dos melhores Ministros da Economia que tivemos, mas também um dos políticos mais distraídos e desastrados de que há memória.
Corta o manolete na derradeira faena na monumental arena da Assembleia da República mas com uma saída pelos curros… merecia melhor sorte.
Já deixam saudades as toiradas de El Pinho.

Manuel Pinho - sem maneiras!...



Não é assim que se prepara um novo mandato. Sr. Ministro, não havia necessidade... Daqui a nada começa a chamar aos deputados da oposição "garotada" ou "garotão". Deixe essas coisas para a gente do Benfica, que é mais popularucha...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Car2Go - a maneira inteligente de andar de carro

Burn after reading - artigo de opinião MST - Expresso

"Esta noite sonhei com Mário Lino

Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:

- É sempre assim, esta auto-estrada?

- Assim, como?

- Deserta, magnífica, sem trânsito?

- É, é sempre assim.

- Todos os dias?

- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.

- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?

- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.

- E têm mais auto-estradas destas?

- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.

- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?

- Porque assim não pagam portagem.

- E porque são quase todos espanhóis?

- Vêm trazer-nos comida.

- Mas vocês não têm agricultura?

- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.

- Mas para os espanhóis é?

- Pelos vistos...

Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:

- Mas porque não investem antes no comboio?

- Investimos, mas não resultou.

- Não resultou, como?

- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.

- Mas porquê?

- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.

- E gastaram nisso uma fortuna?

- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...

- Estás a brincar comigo!

- Não, estou a falar a sério!

- E o que fizeram a esses incompetentes?

- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.

- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?

- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.

Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.

- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?

- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.

- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?

- Isso mesmo.

- E como entra em Lisboa?

- Por uma nova ponte que vão fazer.

- Uma ponte ferroviária?

- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.

- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!

- Pois é.

- E, então?

- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.

Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.

- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...

- Não, não vai ter.

- Não vai? Então, vai ser uma ruína!

- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.

- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?

- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!

- E vocês não despedem o Governo?

- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...

- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?

- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.

- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?

- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.

- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?

- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.

Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:

- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?

- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.

- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?

- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.

- Não me pareceu nada...

- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.

- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?

- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.

- E tu acreditas nisso?

- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?

- Um lago enorme! Extraordinário!

- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.

- Ena! Deve produzir energia para meio país!

- Praticamente zero.

- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!

- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.

- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?

- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.

- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?

- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.

Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:

- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?

- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.

Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:

- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!"


Miguel Sousa Tavares

In Expresso, 27 de Junho 2009

Eu coloquei o título do filme dos irmãos Coen neste artigo de MST, não por causa da qualidade do artigo, mas sim pela incoerência do que temos planeado e feito nos últimos anos no nosso país. Não atribuo exclusividade de culpas a nenhum governo em particular, mas sim a uma geração de políticos que nos tem governado. De facto, sugiro após leitura de bom e pertinente artigo, que independentemente de representar um abordagem mais racional sobre os investimentos nacionais que têm sido feitos, não deixa de perguntar o que é que temos feito a este nível nos últimos 20 anos, e com que coerência. Das duas uma, ou paramos para reflectir, ou mais vale queimar depois de ler. Em nome da sanidade mental colectiva..., pois uma dia alguém vai ter de pagar a conta de todas estas políticas.