quarta-feira, 15 de julho de 2009

A paixão (segundo Nicolau da Viola)

Quem não se lembra desta música da dupla Rui Veloso/Carlos Tê. Para os mais esquecidos era assim:

Tu eras aquela que eu mais queria
P'ra me dar algum conforto e companhia
Era só contigo que eu sonhava andar
P'ra todo o lado e até quem sabe?
Talvez casar

Ai o que eu passei, só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a forca da musica ele se moveu

Mesmo sabendo que nao gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
Para te levar ao concerto
Que havia no rivoli

Era só a ti que eu mais queria
Ao meu lado no concerto nesse dia
Juntos no escuro de mao dada a ouvir
Aquela musica maluca sempre a subir

Mas tu nao ficaste nem meia-hora
Nao fizeste um esforco p'ra gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande licao
Nao se ama alguém que nao ouve a mesma cancao

Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixao por ti era um lume
Que nao tinha mais lenha por onde arder

Vamos ver se as duas últimas esfrofes da letra não se concretizam. Pois parece-me que esta união devido ao tamanho dos egos das personagens tem tudo para ser uma paixão de circustância (somente com o propósito de contar "espingardas" e unir "exércitos" em tempo de eleições), e nada de amor fraterno e sustentável no tempo. Na realidade é mais o que os separa do que aquilo que os une. Caso António Costa ganhe, é caso para dizer - a ver vamos...

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