domingo, 5 de julho de 2009

Os "chifres" nas devidas testas.


Pinho, apesar dos chifres, fez-nos puxar pela cabeça. As despedidas são sempre momentos de balanço para uns e de embalo para outros. Estávamos habituados aos ministros da economia anónimos (nos consulados PSD o último com alguma notoriedade terá sido o Eng. Mira Amaral), ou então a mega ministros de governos rosa (estilo Pina Moura), que não dedicavam à economia mais do que o seu part-time. Entre os empresários, os papões que a esquerda radical esquece serem aqueles que geram riqueza e emprego, é unânime a opinião: Manuel Pinho foi um excelente ministro. Entre a oposição de direita, e agora que o dano foi superior às suas melhores expectativas, o ministro afinal não terá sido assim tão mau. As “gafes a la Pinho”, continuam catalogadas de “inaceitáveis indiciadores de desnorte governativo”, mas quando vamos às politicas em concreto do Ministério da Economia a critica fica pelos detalhes. O pensamento estratégico do ex-ministro estava correcto, assim como , agora que já é ex, é vista com outra bondade a dinâmica com que sempre respondeu aos problemas do tecido produtivo nacional. Os sociais-democratas sabem, que amordaçado, Manuel Pinho seria sempre um bom ministro da economia, até num governo PSD... Diz agora o cinismo critico ao serviço da predação laranja, que no "mundo real", no mundo do trabalho e da sociedade que lhes é tão distante, Manuel Pinho até seria reconhecido pelo trabalho feito, mas que na politica “as regras são outras”. Na "política de verdade" as regras são de facto outras, lá não há lugar ao mérito, apenas há espaço para o mal dizer. Se dúvidas ainda existissem sobre a capacidade de melhor fazer... mas nem isso!
Qual é o legado de Manuela Ferreira Leite nas pastas da Educação e da Finanças?
Respectiva e sumariamente: uma geração à rasca; 2 submarinos inúteis e uma “hipoteca geracional” ao City Group.
Haja decoro!
Haja memória!
Haja competência!
Manuel Pinho, foi uma indecorosa personagem política que ficará na nossa memória colectiva como um Ministro tão competente nas suas funções como era congenitamente compelido à gafe mais esdrúxula.
Confiando na memória curta dos eleitores, o PSD apresenta uma candidata a Primeira-Ministra comprovadamente incompetente nos Ministérios por onde passou, e agora, sem ponta de decoro, a “Senhora”, apresenta-se virgem!
Nem foi ela que privatizou a PT!
Quer “mudar tudo na Educação”!?
O que propõe?
Voltarmos ao tempo em dos estudantes com as calças na mão?
Do tempo do investimento ZERO no ensino profissional? Quando no ensino superior era aposta solitária de um sector privado lucrativo mas selvagem de que eram sócios ou cooperantes metade dos ministros de Cavaco Silva?
Para o povo português esta “senhora” já usou “chifres”. Não “os chifres de Pinho”, mas os “chifres” de uma gestão diabólica que mais soube destruir do que preparar o País para o futuro.
O povo português é inteligente, e se coisa aprendeu nos últimos anos é que aqui não há anjos ou “santinhas”. Na devida altura saberá recolocar os “chifres” nas devidas testas, porque única verdade” na política é a vontade dos cidadãos! Haverá mentira que dure sempre, ou forte que chegue para esconder o trabalho do governo de Sócrates com a peneira da “seriedade” de Manuela Ferreira Leite? Não creio.

2 comentários:

Anónimo disse...

Agora já não publicam os comentários?
O Sócrates não deixa?

Anónimo disse...

Acho especialmente bizarro que alguém se possa motivar a pensar com "pontas de chifres"...
Estaremos perante nova proposta fracturante do PS?
O legado do Manuel Pinho teve concerteza aspectos positivos. No entanto será difícil apurar um saldo.
Na verdade, exceptuando a questão do debate do Estado da Nação, não são as "gafes à Pinho" (expressão vossa - bastante feliz por sinal) que caracterizam negativamente a passagem do Pinho pelo Governo.
O grande problema prendeu-se com as suas colheradas, intervenções de pendor pessoal, sem qualquer critério objectivo.
Grave, grave, foi a contratação de um fotografo, somente porque o Pinho o admirava.
Mau, mau foi a sua intervenção na programação de exposições em museus.
Rídiculo, rídiculo, foram as suas relações com os media. Algumas das suas entrevistas conseguiram mesmo ultrapassar o estilo balda de António Guterres , "passe lá em São Bento, no dia a seguir às eleições - dirigindo-se a um feirante durante a campanha em 1995.