quarta-feira, 29 de julho de 2009

MFL, os ricos, as suas festas e os seus iates


Manuela Ferreira Leite disse hoje que há "uma quase perseguição social" aos ricos, contestando a ideia de lhes "retirar determinado tipo de benefícios, de deduções fiscais". Acrescentou ainda sobre os ricos que "é bom que eles existam, é bom que dêem muitas festas, que comprem muitas coisas, porque isso dá postos de trabalho a dezenas de pessoas".

Eu também não sou contra os ricos. Até porque, em muitos casos, a riqueza acumulada resulta do do mérito, do esforço, do trabalho e ou da inovação. E é esse tipo de riqueza geradora de crescimento e bem-estar económico e social que deve ser protegida. O problema no discurso de MFL sobre os ricos e, sobretudo,na política fiscal de MFL está em esquecer o princípio constitucional da justiça redistributiva e da repartição justa da riqueza gerada.

A posição dela ficou bem clara na conferência de hoje de manhã, organizada pelo Diário Económico, "se tivesse de aumentar impostos, se achasse que os ricos estavam tão ricos que já não sabiam o que fazer ao dinheiro, tributava fortemente em impostos indirectos aqueles bens aos quais os ricos têm acesso, como os iates". "Um iate se calhar devia ser altamente tributado. Agora, deixe lá o rico ir comprar o iate, não lhe tire o dinheiro antes de ele ir ao iate, porque aí tira postos de trabalho àqueles que construíram o iate".

2 comentários:

Nuno Félix disse...

Sei precisamente em quem MFL pensava enquanto falava na conferencia do DE. E informo-a até que o amigo que costumeiramente a leva dar umas voltas entre a costa da Nazaré e as Berlengas acabou de trocar de barco por outro ainda menos humilde com fly deck e 13 mts de convés... não vá a senhora enjoar.

Luís Viegas disse...

Félix, Octávio Machado não diria melhor... Abraço