terça-feira, 31 de março de 2009
Os papagaios da República.
A nossa República combale porventura de males maiores do que aqueles que imaginamos.
Ou uma “mão invisível” anda a subverter por completo o nosso Estado de Direito, ou um estranho vírus da irresponsabilidade cívica e institucional infecta a cada dia mais e mais pessoas de relevante responsabilidade no nosso sistema jurídico e legal.
Já não nos bastava: estarmos em vésperas de perder o Provedor de Justiça; ver-mos o Mega processo Casa Pia acabar em nada; ouvirmos o Bastonário da Ordem dos Advogados comentar processos em segredo de justiça; os insultos na boca dos nossos deputados; etc.…!
Agora vem João Palma (Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Publico) ameaçar concretizar as insinuações feitas sobre alegadas “pressões a níveis inaceitáveis sobre os magistrados” que estão com o caso Freeport!
Está tudo doido!
1. Qual é a profissão deste senhor?
2. Quais são os poderes e deveres que são atribuídos a qualquer magistrado do ministério publico?
3. A mera insinuação, se devidamente contextualizada, não configura ela mesma o ilícito penal da difamação?
4. A partir de que nível são “inaceitáveis” as pressões sobre os magistrados?
5. A partir de que nível são aceitáveis as pressões dos magistrados sobre outros órgãos de soberania?
Em quem deve confiar o cidadão? Nos advogados, nos magistrados, nos deputados, nos ministros?
Todos sabemos que a culpa no fim será sempre dos jornalistas. Mas e entretanto? Enquanto os processos não são arquivados e as questiúnculas esquecidas?
A questão que eu quero ver respondida pelo Dr. João Palma é se eu devo, ou não devo, emigrar!
Sabemos dos livros, que a historia dos países onde os magistrados têm medo de falar, ou naqueles em que estes falam demais, acaba inevitavelmente mal.
O Estado de Direito é orientado por pessoas de direito, as Repúblicas das Bananas por papagaios.
Costin Lazar recusa penalty sobre ele.
Obama em Portugal
David Plouffe cobra 50.000 USD por conferência. A ensinar alguma coisa? Não. A vender bem quem o convida? Sim.
No ano de todas as eleições, a Cunha Vaz & Associados promoveu uma conferência sobre os “Movimentos de Base no sec. XXI”. Orador principal: David Plouffe, um dos masterminds por trás do êxito eleitoral de Obama.
O timming é perfeito. Cunha Vaz traz a Portugal o “feiticeiro” americano, no preciso momento em que os principais partidos políticos e candidatos a autarcas contam os tostões para verem que campanha podem “comprar”.
Melhor cartão de visita é impossível.
Mas que receita veio dar afinal David Plouffe?
O papel das novas tecnologias? Como o próprio afirmou, são meras ferramentas e “quando a campanha de Obama arrancou ainda nem havia Twitter”.
“Nothing really special”, ouviu-se o mais que batido slogan da mudança alicerçado numa estratégia de comunicação entre pares.
E é na estratégia que reside a razão pela qual os ensinamentos de David Plouffe não têm qualquer aplicação pratica ao caso português, e, como tal, a sua presença não passou de mais uma manobra de propaganda da eficiente agência de comunicação de Cunha Vaz.
Uma campanha estilo Obama não exequível em Portugal, simplesmente porque ainda está para nascer o Obama português.
Falamos do Portugal em que vivemos, o Portugal dos doutores e engenheiros, o Portugal das personalidades sem nome próprio mas com 6 apelidos, o Portugal da imaculada aliança dos primos e afilhados.
Portugal ainda é avesso aos mais elementares princípios da moral republicana que foram o caldo de cultura para o êxito americano. Uma sociedade laica, iluminista onde a razão prima sobre qualquer titulo nobiliárquico ou herança histórica.
Com honestidade, respondam a esta questão - qual dos lideres políticos portugueses aceitaria abrir a porta da sua casa, contar as desventuras e dramas da sua família na primeira pessoa, ou passar o dia das eleições num churrasco com os amigos rematado por uma partida solteiros contra casados a seguir à hora da sesta?
O mais perto que tivemos deste politico “como nós”, foi com Pedro Santana Lopes. Mas aí a proximidade só lhe evidenciou os defeitos de que já sabiamos padecer.
Em Portugal, não existirá “par” para esta campanha sem o elemento essencial e insubstituível: o candidato!
Páginas de internet com o layout copiado da página oficial de Obama são um esforço inócuo e risível.
A verdadeira lição que podemos retirar das presidenciais americanas é que contra um conteúdo real qualquer formato virtual está condenado ao fracasso. Obama, foi esse candidato virtuoso e real, não precisou de maquilhagens biográficas ou que escrevessem por ele os seus discursos com que empolgou a América.
Nós por cá, não deveremos copiar Obama sob pena de perdermos muito na comparação, e perdermos ainda mais em genuidade.
Porque o povo tem sempre razão mesmo quando se engana... e o que é falso “tem perna curta”.
Doenças raras do PP
O CDS-PP vai propor que as patologias classificadas por “doenças raras” sejam rastreadas à nascença com o teste da “doença dos pezinhos”.
À primeira vista parece fantástico, como é que ninguém se lembrou disto antes?! Talvez porque nunca tivemos um ano tão marcadamente eleitoral e é preciso ter (leia-se inventar) ideias e dinheiro para tanto comício e cartaz.
Com esta medida, para alem do populismo a que já nos habituou, o PP mostra bem aquilo que é. Um pequeno grupo de lobby sempre disposto a colocar na “agenda politica” assuntos de discutível interesse publico, mas que a singrarem revertem em mais uma sangria de dinheiros públicos para o bolso do famoso mas discreto grupo dos “sempre os mesmo”.
Os grandes laboratórios de análises clínicas serão, com toda a certeza, muito generosos para com um Partido que zela tão escrupulosamente pela saúde pública. Com esta medida evitar-se-iam por ano, uma ou duas dezenas de dramas individuais, com um gasto de muitos milhões euros em meios de diagnóstico.
Infelizmente, o Estado tem que se preocupar com a saúde de todos e não apenas de alguns. Os recursos são escassos, e depois da passagem do PP pelo Governo, passaram a ser mais escassos ainda.
Obrigado senhores centristas por nos reavivarem a memória do que é o vosso modelo de bem comum. Na Defesa foram submarinos e helicópteros, na Saúde seria um Sistema Nacional de Saúde privatizado. Não pagaria um simples gesso a quem partisse uma perna, mas que não descuraria milhões na caça às bruxas de uma "doença rara".
Diz-me com quem andas...
Domingos Névoa, foi nomeado presidente da Braval.
Este é o mesmíssimo senhor que ao serviço da BragaParques tentou corromper José Sá Fernandes
Ora, o que é verdadeiramente vergonhoso, é que a Braval é a empresa de tratamento de resíduos de 6 municípios do Baixo Cávado (Braga, Póvoa de Lanhoso, Amares, Vila Verde, Terras de Bouro e Vieira do Minho. A nomeação para o cargo é da responsabilidade politica destas 6 autarquias lideradas por autarcas socialistas, sociais-democratas e centristas.
Atenção, este caso de corrupção não acabou como tantos outros no habitual arquivamento. O magistério publico provou tal facto em tribunal há apenas um mês atrás!!!
Os senhores autarcas do Baixo Cávado nomearam um indivíduo comprovadamente corrupto para gerir uma das mais importantes empresas locais.
Razão para dizer que diz-me com quem andas…
Se eu fosse eleitor num nestes municípios saberia o que fazer, e independentemente da cor partidária, votaria necessariamente numa qualquer outra opção.
Quem dá guarida a corruptos não merece qualquer tipo de confiança politica e eleitoral.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Ministro propõe Portagens à porta das grandes cidades Portuguesas
Francisco Nunes Correia falava hoje em Lisboa à margem da cerimónia de assinatura de protocolos de duas medidas de desincentivo do uso do transporte individual, que envolvem a Galp Energia, a Carris e o Governo.
As medidas do 'Car Pooling' e do 'Car Sharing', considerou o ministro, são «uma porta de entrada que prepara a consciência das pessoas para isso (para as portagens à entrada das cidades)».
«Várias vezes me têm perguntado porque é que o Ministério do Ambiente não promove portagens na entrada das cidades. Em primeiro lugar, isso não se pode fazer sem a aquiescência dos municípios. Por outro lado, mais importante ainda que os poderes locais é a consciência das populações» , considerou o ministro.
O programa de 'Car Sharing' lançado pela Galp Energia promove a utilização partilhada de automóveis individuais, enquanto o sistema de 'Car Pooling' da Carris permite aos utilizadores alugar carros adjudicados à empresa (e espalhados por sete parques em Lisboa) por períodos curtos através do cartão Lisboa Viva.
«É com medidas como estas que as pessoas vão compreedendo o problema, o absurdo, a deseconomia, o desperdício que é andar a gastar gasolina num carro de uma tonelada, que leva lá dentro uma pessoa com 50 quilos» , frisou o ministro.
«À medida que os cidadãos se vão apercebendo disto vão recorrendo mais a estes sistemas e estão a um passo de aceitar alguma forma de penalização, ou à entrada das cidades ou nas portagens convencionais. Estas medidas preparam a consciência das pessoas para outras, porventura, mais enérgicas» , afirmou o responsável.
Questionado sobre se considera «inevitável» a introdução de portagens à entrada das grandes cidades portuguesas, Nunes Correia respondeu: «Olhando para aquilo que é a trajectória das sociedades contemporâneas e olhando para aquilo que as cidades mais desenvolvidas hoje já fazem, porque é que Lisboa há-de ficar para trás? Porque há-de estar condenada ao subdesenvolvimento?».
Só o timing não parece ser o mais adequado, ainda que o ministro tenha recordado o êxito destas medidas em grandes capitais europeias como Londres.
«Este é o momento? Talvez não seja o momento. Neste momento estamos a lançar uma medida que eu acho que cria clima para isso» , admitiu o ministro.
«Em Londres está a ser um modelo de sucesso, porque é que aqui não iria ser?» , questionou.
Lusa / SOL
domingo, 29 de março de 2009
Totobola das contas para a classificação de Portugal para o Mundial
A Dinamarca é a que tem a vida mais facilitada (4 jogos em casa dos 6 em falta). Mas ainda tem 4 jogos difíceis apesar de tudo (Portugal, Suécia e Hungria em casa e Suécia fora).
Quanto à Suécia, é preciso que não ganhe fora na Dinamarca e na Hungria. Até pode empatar, mas se ganhar, a vida de Portugal torna-se mais complicada.
Já a Hungria depende muito dos jogos que fizer com a Suécia e Portugal (em casa) e com a Dinamarca (fora).
Tudo isto no pressuposto de que ninguém perde pontos com Albânia e Malta.
sexta-feira, 27 de março de 2009
O valor do silencio
O silêncio não raras vezes revela mais do que aquilo que esconde.
O silêncio sempre foi significado de poder. E toda a gente o sabe desde os bancos da escola.
Não é fácil fazer silêncio. Quem nunca partilhou silêncios desconfortáveis e alguns mesmo impossíveis, por muito que fossem desejados Tantos que por muito tentarem sem sucesso, acabam por desistir e fazem do ruído a sua arma.
O silêncio é a excepção. E cada vez mais o é. Manuela Ferreira Leite, velha guarda do tempo em que o Governo ia à Assembleia da Republica de mês a mês, e quando ia, sabe-o melhor que ninguém. No nosso país o silêncio de um chefe de governo já rendeu 48 anos de regime.
O silêncio é contudo uma promessa, um augúrio, desperta-nos a atenção, ilumina-nos de expectativas, expectativas essas que redundam em desejos que muitas vezes nem sabemos bem gerir ou compreender. Foi este o efeito que os assessores de MFL quiseram criar após a sua eleição para Presidente do PSD. E ao contrário do que é agora senso comum, a estratégia era a correcta. Contra um Governo extremamente competente (até à crise…) no preenchimento da agenda pública com imensa informação, o PSD contrapunha com o poder de quem domina o silêncio.
Verdade é, que todos os silêncios são interrompidos, e é esse o momento que valoriza toda espera precedente.
Os resultados do seu uso pelo PSD são desastrosos. Já o foram no tempo do tabu do Prof. Cavaco Silva, e voltaram a sê-lo com MFL. Mais do que de um verdadeiro silêncio, em ambos os casos o que assistimos foi a um amordaçar de gemido, que mesmo assim não deixava de zumbir sub-repticiamente. Em ambos os casos foi falso, nada teve de sedutor, prolongou-se muito para alem do razoável e acima de tudo no momento da sua morte, o silêncio foi substituído por uma medíocre tentativa de encantamento por via da mentira e da simulação. Silêncios fúteis.
No momento em que a mordaça caiu, a catedral do silêncio desabou e no seu lugar ficou um ensurdecedor pardieiro.
O PS, é sabido, nunca conviveu bem com o silêncio. Voltou a demonstra-lo recentemente, com resultados que, para já, são tudo menos brilhantes. Assuma-se uma coisa de uma vez por todas, o PSD é o partido dos silêncios medíocres o PS o partido dos silêncios impossíveis.
Diz-se que o silêncio é de ouro. Mas a extracção, fusão, moldagem, polimento do metal são processos deveras ruidosos e por vezes sujos. É o que é necessário para transformar o calhau na jóia.
O jantar é romântico, estão só os dois, ele escolhe o momento para ofertar o anel de noivados, e faz questão de relembrar insistentemente a plenas pulmões, que a lustrosa jóia não passava de um frio mineral?! Que futuro para esta união…
As parábolas, valem o que valem, o que de nada vale é pedir silêncios e seguir a assobiar.
PS e PSD façam o que tiverem a fazer, mas sejam coerentes, o silêncio no bloco central é impossível, transformem ao menos o imenso ruído de fundo, na melodia de um entendimento que não se percebe o porquê de não existir.
O povo apenas pede para não continuarem a depreciar a verdadeira jóia, a nossa Democracia, e que permeio não arrastem na sua queda os seus melhores servidores e criadores.
Post-scriptum: O silêncio é de ouro, mas foi o ouro que matou o Rei Midas, por tudo querer para si.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Não se dá milho às galinhas com uma fisga!
Elas não só não gostam, com ainda são capazes de dar umas bicadas de “agradecimento”.
O PSD é pouco fiável?!
E qual é a novidade?!
O PSD, e particularmente quem com ele tem de conviver (os portugueses), há muito que aprendeu que a sombra não é de fiar. Particularmente quando é laranja.
Do que estava o PS à espera?
A facada nas costas é uma instituição no laranjal. Acho até, que dia em que uma não é espetada uma por aqueles lados, não é dia. Os sociais-democratas são exímios no manejo do gume, e não raras vezes este acaba por se dividir em dois.
Foi com estes senhores que Alberto Martins se sentou à roleta, e ainda por cima a pensar que lá por trazer uma arma na manga (Professor Jorge Miranda), levava a melhor.
Este PSD pode até ter um comportamento a roçar o delinquente, mas quando se vai à luta tem que se ter a força suficiente para nem sequer necessitar de a usar.
A verdade é que neste enredo, nenhum dos protagonistas é o actor principal. Ambos têm o seu quê de bandido e de benfeitor.
A verdade é simples, ambos quiseram manipular a negociação para que o outro ficasse mal na fotografia.
O problema é mesmo de uma imensa imaturidade institucional que ambos os partidos têm demonstrado ao longo do processo.
E sinceramente, do político “mais sexy da Europa” ainda se pode esperar alguma truculência juvenil. Agora de uma senhora experiente como a Dra. Manuela Ferreira Leite?!
O que pensará o eleitorado do PSD, ao ver a sua líder desprezar assim o interesse público por troca de uma birra?
Tem um candidato melhor do que o que foi apresentado pelo PSD?
De certo que não tem ou o Professor Marcelo já o tinha anunciado em prime-time.
Que melhor personalidade representaria com tamanha isenção, o próprio espaço ideológico de parte significativa do próprio Partido Social-democrata?
A Dra. Manuela Ferreira Leite não gostou da fisga, o Dr. Alberto Martins não gostou das bicadas. Pronto, estão de contas acertadas.
Perdem os dois partidos.
Não é fácil...
...vencer Santana Lopes ou ser Santana Lopes?
As das duas realidades não são fáceis.
É difícil vencer Santana Lopes porque Santana Lopes é como é. E não é fácil ser Santana Lopes porque Santana Lopes é mais uma pessoa “normal” do que o são a maioria dos seus opositores e críticos. A normalidade da falha, com que convivemos quotidianamente mas da qual a maior parte do políticos parecem virginalmente imaculados, em Santana Lopes roça tanto a virtude como o escárnio.
Dificilmente haverá politico mais caricaturado que SL. E porquê? Porque é pura e simplesmente o mais caricaturável. O essencial da caricatura reside na ampliação não do defeito, mas da característica, e características demarcantes são coisa que não falta à vida pública de Santana Lopes. Mas porquê? Porque ao contrário do que é pratica corrente na vida politica nacional, Santana nunca escondeu a sua esfera privada do crivo público. E convenhamos, 5 filhos de 3 casamentos falhados, presidências atrás de presidências sempre com mandatos prematuramente interrompidos à frente de algumas das maiores instituições nacionais…
Mas o povo gosta dele. Salvaguardadas as devidas distâncias, é sempre possível encontrar em Santana algum traço de carácter que reconhecemos num familiar, num amigo, num vizinho ou em nós mesmos
Não lhe gabo os danos colaterais que toda esta exposição lhe tem causado. Mas esse também é o seu charme, a sua derradeira prova de que é diferente!
E hoje em que estado se apresenta a combate com António Costa?
Mais “Calimero”, ou mais “Enfant Terrible”? Ou será até, que a lavagem do tempo, reciclou a memória da sua passagem pelo Governo? À luz da degradação da vida partidária contemporânea, não me parece improvável o assomar de um certo saudosismo, saudável, de uma certa forma de fazer politica.
Para a disputa da Câmara Municipal de Lisboa, apresentam-se a votos duas personalidade bem menos planas do que aquelas que disputam a governação. António Costa, também é um politico genuíno e de grande vocação para o combate publico, mas parte por comparação com um inesperado handicap: notoriedade! Por incrível que pareça, António Costa é capaz de ser hoje mais anónimo para os lisboetas do que o era como Ministro de Estado de José Sócrates. E o Santana? Santana é Santana!
A escolha do próximo Presidente da Câmara de Lisboa será bem mais emocional que racional. Ambos ao seu estilo, e com dificuldades diversas, deixaram uma marca positiva nos seus curtos mandatos camarários. Neste contexto levará vantagem quem tiver mais sucesso na resposta individual que cada um munícipe der a cada uma destas duas perguntas:
- A qual dos dois comprava um automóvel usado?
- Com qual dos dois deixava o seu filho durante um fim-de-semana?
Surpreendidos?
Responda com sinceridade e encontrará “o seu candidato”, agora se a isso corresponderá o seu voto… só a si diz respeito. Uma coisa é certa se tiver tendência a responder António Costa e Pedro Santana Lopes por esta ordem respectivamente. Então está perante um dilema, melhor Presidente para a Câmara ou o Presidente de quem gosta mais?
Se não é fácil ser Pedro Santana Lopes! Não é fácil ser contra Pedro Santana Lopes.
Titanic
Para atenuar a angústia? Só para fazer qualquer coisa? Para desnortear os mais incautos dando-lhes uma reconfortante aproximação à morte? Porque pensa que ainda se pode evitar a morte, não fazendo por isso qualquer sentido soar um alarme despropositado? Para ocupar uns quantos que não terão lugar nos botes salva-vidas?
Mas o pavoroso caricato de ver um grupo de gente a tocar uma valsa perante a morte iminente é demasiado.
As taxas de juro têm descido, dizem. No entanto, isso não é absolutamente verdade. Nos últimos 12 meses observámos um movimento a dois tempos. Depois de vários meses em que as taxas de juro da dívida pública para todos os prazos de vencimento subiram permanentemente em virtude de uma persistente actuação do Banco Central Europeu, a partir de Julho de 2008 assistiu-se ao início da sua descida. Essa descida foi acentuadamente marcada para as taxas de juro de curto prazo, mas também as de longo prazo observaram quedas sensíveis, apresentando a curva da estrutura temporal das taxas de juro um valor mínimo em Dezembro de 2008.
No entanto, apesar do custo da dívida pública ter continuado a descer nos prazos curtos passando para 1,06% em meados de Março, começou a subir para prazos longos e num ápice subiu para 4,66% a 10 anos e 4,88% a 30 anos. Por contrapartida, em meados de Março, a Alemanha financiava-se a 3,11% para o prazo de 10 anos e a 3,98% a 30 anos. Isto é, o ‘spread' entre o custo da dívida pública portuguesa e a alemã a 10 anos é de 1,55%. Mas para prazos mais curtos aquele ‘spread' manteve-se elevado, apresentando-se a 1,42% para o prazo de 5 anos. Esta situação tem implicações importantes.
Primeiro, o nosso Orçamento do Estado é relativamente mais agravado do que seria se o nosso risco de crédito da república fosse menor. Gastamos mais receita para pagar mais juros para o mesmo financiamento, restando-nos menos para investimento ou despesa social.
Segundo, este efeito contamina o custo do capital das empresas e também elas passaram a pagar mais juros pelo mesmo financiamento. Assim, há menos lucros para reter em crescimento orgânico, ou para distribuição a accionistas.
Terceiro, os projectos ficam menos atractivos quando desenvolvidos por portugueses. Deixamos de lançar projectos em Portugal que podem ser lançados em países com menores taxas de juro. Por exemplo, um projecto público com vida de 10 anos e TIR de 4% deveria ser rejeitado em Portugal (com o custo do capital a 4,66%), mas poderia ser aceite na Alemanha (com o custo do capital a 3,98%). Só no curto prazo as taxas dos países estão próximas, mas à excepção das discotecas onde o ‘payback' de segurança exigido é de 1 ano, os investimentos geradores de riqueza e emprego são de longo prazo.
Quarto, com esta desproporção entre o custo do capital na Europa, a recuperação da economia vai fazer-se a ritmos diferentes. O desenvolvimento pode tender a concentrar-se "lá" e a deixar de se fazer "cá".
Quinto, quanto mais as empresas sofrerem este desfasamento entre o custo do capital em Portugal e o dos países mais fortes da União Europeia, menos riqueza gerarão e menos lucro e emprego conservarão. A base de tributação (impostos sobre o rendimento ou sobre lucros) reduzir-se-á.
Sexto, quanto mais a base de tributação se reduz mais o Estado português tenderá a endividar-se para manter o mesmo nível de actividade de investimento ou de actividade social (a qual tem tendência a agravar-se pelo preocupante envelhecimento da sociedade portuguesa), aumentando ainda mais o risco do país e o custo do capital.
Sétimo. Entraremos por esta via numa espiral de definhamento nacional. Os jovens irão partir porque é "lá" que haverá emprego e riqueza e os velhos ficarão por "cá" com menos para se sustentarem...
Remédio? Ou tomam juízo no destino a dar ao dinheiro público ou então, "Que toque a fanfarra, cambada!"
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João Duque, Professor catedrático do ISEG
publicada no Diário Económico a 26/03/2009
quarta-feira, 25 de março de 2009
Até a Igreja já se meteu no assunto...
«A polémica em torno da arbitragem da final da Taça da Liga entre Sporting e Benfica chegou à Igreja quando um pároco em Lisboa, fervoroso sportinguista, anunciou que não irá baptizar meninos com nome Lucílio.
"Aproveito para vos anunciar que, enquanto for responsável por esta paróquia, não faço intenções de baptizar nenhum menino chamado Lucílio. Queiram dispor para tais propósitos dos serviços de uma paróquia vizinha", anunciou domingo o padre João José Marques Eleutério antes do tradicional "Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe".»
O resto da notícia encontra-se aqui. (Jornal O Record de 25 de Março de 2009)
A hora do Planeta
No próximo dia 28 de Março, por iniciativa da WWF, que envolve cidadãos comuns, governos e empresas numa acção conjunta que pretende sensibilizar os menos atentos para os efeitos nefastos do aquecimento global. Até ao momento mais de 900 cidades em 80 países já se comprometeram a apagar as luzes dos seus edifícios mais emblemáticos. Convidando também a restante população, a no dia 28 às 20h30 a apagar as luzes, e ver como pode fazer diferença no combate ao aquecimento global.
É uma excelente iniciativa de carácter pedagógico. Contudo acho que a maioria das pessoas se vai estar a borrifar para a medida, fazendo com que passe ao lado e o objectivos atingidos sejam residuais.
A minha ideia era que se fizesse uma campanha do mesmo género mas ao contrario. Ou seja, àquela hora tudo a ligar os equipamentos disponíveis. Veriam que o resultado era muito mais sensibilizador, pois os sistemas iam todos a baixo, por falta de capacidade de resposta. Talvez aí as pessoas pensassem que vale a pena reflectir, se este cenário de consumo será sustentável.
O mesmo se devia aplicar no “dia sem carros”. Nesse mesmo dia deviam pedir às pessoas todas para virem de carro para os seus empregos, e outras deslocações. Iam ver que seriam poucos os que conseguiriam chegar ao seu destino, muito menos sem um belo ataque de nervos. Mais uma vez talvez perante essa situação as pessoas pensassem antes de usar o carro por tudo e por nada.
China propõe substituição do dolar
A China apelou à criação de "uma moeda de reserva internacional estável" que substitua o dólar.
O Governador do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, afirma num comunicado divulgado no ‘site' oficial desta instituição, que a crise evidenciou "as debilidades inerentes do actual sistema monetário internacional".
Esta reflecte também a necessidade de uma moeda de reserva internacional "desligada das nações individuais, dos jogos de interesses e capaz de se manter estável no longo prazo", defende Zhou Xiaochuan, citado pela Lusa.
Uma grande parte das reservas de câmbio chinesas é em dólares, o que tem sido motivo de inquietação de Pequim pelo futuro desses valores.
A criação "de uma nova moeda de reserva amplamente aceite poderá levar tempo", sublinha Zhou Xiaochuan no mesmo documento, em que sugere que os Direitos de Saque Especiais (DSE), 'Special Drawing Rights' (SDR), podem desempenhar o papel "de moeda de reserva supra-soberana".
Os DSE , cujo valor está ligado a um cabaz de moedas, foram criados em 1969 como valor de reserva mundial pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para completar as reservas dos seus países-membros, num momento em que a oferta de ouro e de dólares já não era suficiente.
A reforma do sistema financeiro internacional vai estar na agenda da reunião do G20, que se realiza a 2 de Abril em Londres, na qual estarão presentes os líderes dos países industrializados e das economias emergentes.
in Diário Económico / Agência Lusa, 24/03/09
Ao que um cibernauta comentou da seguinte forma (trancrição parcial):
Estes são tempos de crise excepional, e esperam-se medidas de excepção. Que farão os bancos centrais quando as taxas de juros de referência atingirem 0%, e o volume de tranferência de moeda para bens reais de refúgio como o ouro atingir valores bem mais relevantes?
Que medidas tomarão para credibilizar as moedas e recuperar a capacidade de tomar medidas de politica monetária ou cambial que influenciem a economia?Será o ouro o lastro necessário para credibilizar as moedas?
Aconselho a que seja visto com atenção o video http://www.youtube.com/watch?v=7ubJp6rmUYM , onde está patente aquilo que tem liquidez quando falta a confiança no sistema.Em todo o caso, não deixarei de manter uma parte das minhas poupanças aplicadas em objectos de uso pessoal em ouro, para o que der e vier. Com o fim dos "offshore", talvez a procura destes bens tenha um aumento ainda mais espectacular, pelas qualidades intrìnsecas do ouro, liquidez e aceitação universal, raridade, portabilidade, resistência aos elementos, reciclável a 100%, livre de patentes e direitos, e ainda pode ser usado como adorno.
Em tom de comentário à notícia e comentário, digo o seguinte:
Em face do cenário que vivemos, a solução acaba por ser sempre a mesma. Até porque está tudo à espera que a crise se resolva para se poder continuar a cometer os mesmos excessos e erros. De facto existem activos que terão sempre mais valor assegurado que outros, independentemente dos caminhos que o mundo venha a percorrer.
O que quer o PS?
Sair da crise, certamente. Ganhar as próximas eleições com certeza.
Para atingir estes objectivos, cada hora de governação importa. Cada desilusão para o eleitorado, é uma maioria absoluta alguns milhares de votos mais longínqua.
A concentração de forças, e a eficiência na resolução dos problemas, são, obviamente, os princípios basilares da estratégia a seguir daqui até Outubro. Depois dos fortes sinais emitidos neste sentido, logo após o Congresso de Espinho, inclusive com um adormecimento do vulcão Alegre, não se percebe agora o que é que o PS tem a ganhar com o agudizar da crise em torno da nomeação do novo Provedor da República. Certo é, que destes 8 meses de atraso na indicação do sucessor de Nascimento Rodrigues, mais haverão a creditar na conta do PSD do que na do PS (Laborinho Lúcio afinal nunca foi convidado e Maria da Glória Garcia só apareceu em Dezembro sendo um nome francamente modesto para a função). Tal não desculpa o PS da miopia e insensibilidade politica com que tem vindo a gerir este dossier.
Porque não foi Jorge Miranda a 1ª escolha do PS para a Provedoria?
Com a enorme simpatia e respeito que nos merecem os nomes de Rui Alarcão e António Arnaut, era certo que jamais seriam aceites por este PSD suspeitoso e truculento. O PS perante a inaptidão do PSD para encontrar uma personalidade com perfil para o cargo, não resistiu também ele a lançar o barro à parede, com candidatos claramente da sua família politica.
O PS, e bem, não quer consentir por mais 8 anos na dinastia de19 anos que PSD já leva na Provedoria. Mas se são necessários 2/3 da Assembleia, e o acordo com o PSD será sempre mais que desejável até no interesse do próprio PS, porque é que não apresentou o um nome como o do Professor Jorge Miranda mais cedo?
Águas passadas, diz-se, não movem moinhos. Mas estas, parecem ter pura e simplesmente congelado, de tão frias que estão as relações entre os dois principais partidos.
É transparente, da direita à esquerda, que hoje será impossível encontrar melhor cidadão para o desempenho do cargo do que Jorge Miranda.
É impossível crer, nem ao mais delirante dos fabuladores, que o Professor, uma vez no desempenho do cargo de Provedor, alguma vez venha a fazer um frete sequer, e a quem quer que seja. Se é independência e isenção no desempenho do cargo que se pretende, hipoteticamente poderá haver escolha similar (assim de repente… não estou a ver), mas melhor é impossível!
Mas o que quer afinal o PS?
É que se nos últimos dias, têm havido factos políticos que em nada ajudam à aceitação de Jorge Miranda por parte do PSD, e os seus agentes provocadores têm sido exactamente os mesmos que transportam a bandeira da sua candidatura.
Se as qualidades diferenciadoras do candidato são precisamente as supra referidas isenção e independência, porque faz o PS imposições e ultimatos usando o nome do Professor de Direito? É incompreensível!
É que depois de tanta trapalhada, até tem sido o PSD o partido a demonstrar alguma sensatez neste epilogo de processo, ao não avançar com a confirmação publica de Maria da Glória Garcia como sua candidata, e deixando ainda a porta semi-aberta (como o fez hoje mesmo Miguel Relvas) a um possível apoio ao nome apresentado pelo PS.
O objectivo deste braço de ferro em torno da nomeação de tão apolítica figura de Estado, era provocar desgaste no partido oponente, tanto o PS como o PSD o conseguiram plenamente muito para alem do espectável e desejável.
É chegada a hora do PS agir em conformidade com aquilo que diz querer.
O PS quer o Professor Jorge Miranda como próximo Provedor Geral da Republica? Então tem que deixar de lado os seus pequenos interesses parlamentares e pôr os orgulhos políticos à margem. Isto, independentemente da acção que o PSD também tem tido neste e em outros processos.
O PS, tem que vir a publico dizer ao país, apenas e só, aquilo que o país quer ouvir sobre este assunto:
- Encontrámos o cidadão mais indicado para o desempenho do cargo de Provedor Geral da Republica, não é o nosso candidato nem é o candidato de ninguém, se o objectivo é termos as melhor pessoa para o lugar, o PS não impõe quaisquer condições previas para assegurar a escolha de Jorge Miranda por parte da Assembleia da Republica.
Isto é o que o eleitorado quer ouvir da boca dos senhores Alberto Martins, Vitalino Canas ou Augusto Santos Silva!
É essencial, que o PS e o PSD acabem com estas altercações negociais em torno deste problema, sob pena de virem as sofrer trágicas consequências decorrentes da mais que justificada perda de paciência dos cidadãos, e do próprio Professor Jorge Miranda. E se no primeiro caso quem perde são os 2 principais Partidos, no segundo quem perderá somos todos nós.
Aqui, não há vitimas nem culpados. Mas há uma entidade que tem mais responsabilidade na resolução deste problema do que qualquer outra. Essa entidade é o Partido do Governo, o Partido que tem mais de metade dos deputados na Assembleia da República.
O Partido Socialista tem que saber o que quer, porque nem todas as batalhas têm que ser ganhas ou sequer travadas para se ganhar a guerra. A guerra pela confiança do Povo Português, que dificilmente compreenderá a actuação do PS, caso o Professor Jorge Miranda não venha a ser o escolhido para próximo Provedor Geral da Republica e por maioria abrangentíssima.
terça-feira, 24 de março de 2009
New eco-friendly car coming from IKEA
At this point, we're content to assume this is an elaborate ruse and that there won't be an actual car unveiled on April Fool's Day. On the off-chance that the LEKO is indeed real, we wonder if the machine could have anything to do with the ongoing T25 city car project from Gordon Murray, which is said to be fully flat-packable and intended for non-traditional retail outlets.
[Source: LEKO via Jalopnik]
segunda-feira, 23 de março de 2009
Darwin tinha razão?
Caros Colegas:
Todas estas polémicas futebolísticas tem o seu quê de kitsch e realmente o que seria dos jornais desportivos, da blogosfera e das viagens de taxi em Lisboa sem uma polémica sobre a arbitragem no futebol.
Evoluam... duas coisas que o futebol poderia aprender com o rugby:
1 - O árbitro é apenas humano, portanto errar faz parte do jogo.
2 - Apesar de se aceitarem os erros do arbitro, nos jogos mais importantes este pode recorrer a ajuda de um árbitro que segue o jogo em vídeo, assim reduzem-se os erros ao mínimo.
Porque raio é que o futebol ainda não introduziu esta possibilidade? Talvez se vendessem menos jornais, mas diminuiam-se as frustrações.
"Professor" escolha o Santana!
Com a escolha inatacável do Professor Jorge Miranda, mais uma vez o PSD estava no tapete e contava-se para KO. Mas, já se sabe, no PSD quando a coisa descamba para o ridículo, intervala-se a Tragédia da Rua de São Domingos à Lapa com um momento de variedades mais ou menos circenses. É domingo à noite e entra em cena o Grande Ilusionista na sua habitual “conversa em família”. Qual seria o coelho que ele teria guardado na sua profundíssima cartola? Desta vez foi do truque do "novo perfil para Provedor". Honra lhe seja feita, o homem é inventivo. Talvez mais por necessidade do que por vocação, é que isto de ser tacticamente contra os “outros” e geneticamente contra os “seus” não deve ser fácil. E como é habitual, neste Provedoriagate, o Professor Marcelo também tinha que “fazer das suas”. Para “O Professor”, o provedor não deve ser um “senador em final de carreira” como Manuela Ferreira Leite, mas sim um jovem internauta na flor da idade!!!
Este é o perfil do cidadão que Marcelo quer ver na Provedoria Geral da República?! Pelo menos era aquele que mais lhe convinha ontem à noite.
Certo é, que apesar de ser praticante de boddyboard, por uma vez, Marcelo não parece ser o seu candidato. E este perfil tem nome? Não será com toda a certeza uma apagadíssima Professora Assistente da Universidade Católica!
E que outro jurista tem o PSD sempre disponível para qualquer desafio e que corresponde a este fantástico perfil?
Desconfio que até Outubro o Dr. Santana Lopes ainda era capaz de fazer uma perninha na Provedoria.
Acha piada "Professor Marcelo"?
Sem honra, nem vergonha.
Não me surpreendeu em nada!
Nem no conteúdo nem na forma.
Mas se vivêssemos num país a sério esta pessoa seria irradiada da actividade por confessa incapacidade para a função.
O senhor disse que viu o que nunca aconteceu. Terá sido pois acometido de um delírio momentâneo?
Talvez não, talvez tenha sido apenas, como aliás confessou, um problema de visão. Resolução para o problema do senhor: baixa para diagnostico e tratamento do foro psicológico e oftalmológico.
As declarações de Lucílio Baptista sobre o que todo o país viu em directo, nos momentos imediatamente seguintes ao assumido lapso, é que já são problema de outra ordem.
Afirmar que não viu, nem ouviu o Paulo Bento a chamar-lhe ladrão apesar de este próximo de si e em contacto visual directo é obviamente estar a mentir.
Dizer que não se recorda, nem sequer de ter sentido qualquer “peitada” da parte do jogador Pedro Silva, quando este foi expulso, é não ter um pingo de vergonha na cara.
Lucílio Baptista, foi ao serviço noticioso da SIC demonstrar até que ponto chega a sua falta de honra e de carácter.
A certa altura da entrevista, até disse que não se sentia bem por ter errado no lance do penalty mal assinalado, porque “também tinha família”. Pois se assim fosse Lucílio jamais evocaria a sua família para a sua humilhante e cobarde mentira de prime-time.
O problema de Lucílio Batista, não é ter errado no jogo de sábado. O problema de Lucílio é não puder olhar nos olhos dos seus filhos, e dizer-lhes que é um homem de palavra.