A China apelou à criação de "uma moeda de reserva internacional estável" que substitua o dólar.
O Governador do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, afirma num comunicado divulgado no ‘site' oficial desta instituição, que a crise evidenciou "as debilidades inerentes do actual sistema monetário internacional".
Esta reflecte também a necessidade de uma moeda de reserva internacional "desligada das nações individuais, dos jogos de interesses e capaz de se manter estável no longo prazo", defende Zhou Xiaochuan, citado pela Lusa.
Uma grande parte das reservas de câmbio chinesas é em dólares, o que tem sido motivo de inquietação de Pequim pelo futuro desses valores.
A criação "de uma nova moeda de reserva amplamente aceite poderá levar tempo", sublinha Zhou Xiaochuan no mesmo documento, em que sugere que os Direitos de Saque Especiais (DSE), 'Special Drawing Rights' (SDR), podem desempenhar o papel "de moeda de reserva supra-soberana".
Os DSE , cujo valor está ligado a um cabaz de moedas, foram criados em 1969 como valor de reserva mundial pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para completar as reservas dos seus países-membros, num momento em que a oferta de ouro e de dólares já não era suficiente.
A reforma do sistema financeiro internacional vai estar na agenda da reunião do G20, que se realiza a 2 de Abril em Londres, na qual estarão presentes os líderes dos países industrializados e das economias emergentes.
in Diário Económico / Agência Lusa, 24/03/09
Ao que um cibernauta comentou da seguinte forma (trancrição parcial):
Estes são tempos de crise excepional, e esperam-se medidas de excepção. Que farão os bancos centrais quando as taxas de juros de referência atingirem 0%, e o volume de tranferência de moeda para bens reais de refúgio como o ouro atingir valores bem mais relevantes?
Que medidas tomarão para credibilizar as moedas e recuperar a capacidade de tomar medidas de politica monetária ou cambial que influenciem a economia?Será o ouro o lastro necessário para credibilizar as moedas?
Aconselho a que seja visto com atenção o video http://www.youtube.com/watch?v=7ubJp6rmUYM , onde está patente aquilo que tem liquidez quando falta a confiança no sistema.Em todo o caso, não deixarei de manter uma parte das minhas poupanças aplicadas em objectos de uso pessoal em ouro, para o que der e vier. Com o fim dos "offshore", talvez a procura destes bens tenha um aumento ainda mais espectacular, pelas qualidades intrìnsecas do ouro, liquidez e aceitação universal, raridade, portabilidade, resistência aos elementos, reciclável a 100%, livre de patentes e direitos, e ainda pode ser usado como adorno.
Em tom de comentário à notícia e comentário, digo o seguinte:
Em face do cenário que vivemos, a solução acaba por ser sempre a mesma. Até porque está tudo à espera que a crise se resolva para se poder continuar a cometer os mesmos excessos e erros. De facto existem activos que terão sempre mais valor assegurado que outros, independentemente dos caminhos que o mundo venha a percorrer.
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