quinta-feira, 30 de abril de 2009

Não virar a cara, não tapar os ouvidos.

São algumas palavras, um piano, duas cidades, a câmara de um telemóvel e os sentimentos de tantas vidas, tudo em 3 minutos e 30 segundos da nossa mais sincera atenção.

Uma "histéria" com 23 anos



Dantes eram mais descarados, ou não havia agências de comunicação tão eficientes?

Citröen C1 ev'ie - é amanhã posto à venda


Foi anunciado hoje para os que se queixam, e bem, da miragem que são os veículos eléctricos, uma marcação de posição por parte do construtor francês em parceria com a inglesa Electric Car Corporation Plc. Amanhã serão postos à venda em Londres. Espero é que não seja mais uma manobra de marketing destes dois fabricantes, pois o Tesla também já tem uma lista de encomendas enorme mas produção nem vê-la. Podem ver a notícia completa em autobloggreen

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Nós, Europeus???


Ou talvez não...
Obviamente que se trata de um "fait divers" mas não deixa de ser ridiculo este erro na data de adesão.
Mais ridiculo ainda é querer fazer crer que a adesão à União Europeia é um patrimonio exclusivamente socialista.

terça-feira, 28 de abril de 2009

"OK PSD, fala a Manela..."

Vital Sassoon


Não me contive! Tive de transcrever para o blogue a brilhante caricatura que Miguel Esteves Cardoso faz do cabeça de lista do PS às eleições europeias – Vital Moreira. Ora aqui vai, e depois digam-me se não acham piada:


“O cabelo de Vital Moreira deixa-me transfixo. A tal ponto que não consigo ouvi-lo quando o vejo ou ler o que escreve se houver um retrato dele lá no meio. O que é que aquele cabelo está a tentar dizer-me? Como foi alcançado? Aquele risco ao lado que levanta voo como uma esquadra de caças F-16 está aberto a qualquer um? Ou é preciso tomar precauções especiais?

Bem sei que é feio julgar as pessoas pela aparência e que eu próprio teria sido condenado à morte se assim não fosse. Mas um cabelo tão imperiosamente modelado é, tal como o bigode, uma escolha consciente. Não se nasce com um cabelo daqueles ou, caso se nasça, o obstetra não sobrevive.

A opção de configurar e trazer assim o cabelo é inteiramente da responsabilidade de Vital Moreira. Tanto Deus como Viriato estão inocentes. Podemos assim julgar o penteado sem ofender a humanidade e gozar com ele sem estarmos a rir do infortúnio alheio. Não sei quanto tempo e quantos produtos – quantas pessoas – são necessários para obter aquela onda compacta e inamovível. Mas uma coisa é certa: emana soberba e autoridade. Olha-se para aquele resplandecente capacete de oiro branco e cisma-se: “Eis o Rubens Barrichello da Anadia”.

Veja-se a foto na página 9 do PÚBLICO de ontem. Longo, espesso, repetitivo, vaidoso, impenetrável e sempre a pender para o mesmo lado, o penteado de Vital Moreira é bem o oposto dos seus textos e discursos. Aí residirá a contradição que torna ambos tão irresistíveis.”

In público, 28 de Abril 2009

Brilhante!!



Entrevista de MFL a Mário Crespo: mais uma decepção


A dra.MFL voltou a aparecer nos palcos televisivos. Depois da entrevista à RTP em Janeiro, MFL voltou para mais uma entrevista sem história, desta vez na SIC e conduzida por um Mário Crespo muito brando:

1) A abrir, um equívoco sobre uma rasteira habilmente lançada por Mário Crespo: questionar MFL sobre um cenário de Bloco Central. Todos os telespectadores a viram dizer que não negaria uma colaboração se esta fosse necessária para o País e, depois, que se sentiria confortável com qualquer solução que permitisse uma conjugação de esforços coincidentes para o que MFL chamou de “objectivo País”. Mais tarde, veio dizer à LUSA que foi feita uma interpretação abusiva “porque como é sabido sempre recusei a hipótese de um governo de Bloco Central”. Esta MFL não muda nada. Também “o sempre disponível para falar à comunicação social Rangel” veio logo desmentir as declarações de MFL à SIC. Incontinência verbal de MFL ou arrependimento?

2) Passou-se à análise da parábola do “sequestro do futuro” desse teólogo da fé laranja chamado Rangel. Mais uma vez, ficou o País esclarecido com as propostas de MFL em matéria de emprego e crescimento económico. Parem-se os investimentos públicos e regressemos ao discurso da tanga. Mas não deixemos de entrar no domínio da demagogia. Gostei especialmente da ideia de que investir no TGV ou no Novo Aeroporto de Lisboa empobrece o País e compromete o apoio às “verdadeiras actividades que enriquecem o País”, isto é, o apoio às empresas e às famílias. Como se a acção do Estado estivesse reduzida a um maniqueísmo orçamental. Como pensa MFL criar empregos e estimular a economia nacional?

3) E o alargamento do abono de família, as bolsas para estudantes, a aposta na educação, o alargamento da escolaridade obrigatória, os aumentos dos pensionistas, os genéricos gratuitos, perguntou Mário Crespo. Aqui, como já é difícil dizer que se está no caminho errado, o que interessa é saber de onde veio o dinheiro, quanto é que custa. A ideia do apoio às famílias só serve para derrubar o TGV e o NAL. Quando há medidas muito concretas e benéficas para as famílias, o que interessa é lançar o descrédito sobre as mesmas, criticando-as pela falta de transparência e pela falta de resultados.

4) E a escolaridade obrigatória, dra. MFL? É matéria que não a preocupa porque nada vai ser feito. Se Durão Barroso achou útil, prometeu e nada fez, também não será José Sócrates que a concretizará. Mais uma vez, o que interessa não é discutir substantivamente as políticas públicas que podem levar este País para a frente. O que interessa é saber que, mesmo que este Portugalinho em que MFL pensa que vive “tivesse hipótese” de poder dar aos seus cidadãos mais jovens melhores qualificações para enfrentar o futuro, sempre haveria que primeiro que saber quanto custa, quantas escolas serão necessárias e quantos professores terão de ser recrutados. É o expoente máximo da tecnocracia!

Pelo menos, aprendeu bem a lição da democracia. E se perder, perguntou, no final da entrevista, Mário Crespo.” Se perder, perdi. Se ganhar, ganhei”.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lisboa, menina e moça



Para se atingir uma cidade mais sustentável, onde os que nela vivem recuperem a qualidade de vida, e os que dela sairam (cerca de 1/3) voltem, é indispensável por em crise maus hábitos de consumo e mau uso de alguns recursos naturais. É necessário fazer mais e melhor com menos. Vamos fazer de Lisboa a menina dos nossos olhos...

Corrida do Benfica


Já dizia a canção "Ser benfiquista é ter na alma uma (dor) imensa".
Para os lampiões de gema que correram por amor ao "Glorioso" a dor deve calos.
Já para o "lagartão de merd..." que levou das boas por ironizar com Sua Excelencia O Senhor Presidente, a dor deve ser mesmo um nariz partido.

Dou Graças a Deus e aos Diabos Vermelhos por não ser do SLB!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O PSD aprende com o PCP


Quando a sociedade portuguesa luta contra as adversidades económicas num clima pacífico e cooperante todos conhecemos a táctica que o PCP põe sistematicamente em pratica:
1. Infiltração nos sindicatos.
2. Inflamação das reivindicações sectoriais e corporativas.
3. Promoção de manifestações publicas.
4. Critica ao governo com o argumento da agitação social que artificialmente criou.
5. Acusa o Governo de arrogância e autarcia por não mudar de rumo.

O PSD não tem a tradição nem a vocação para semelhantes alardes, os TSD não são mais do que um resquício da luta contra a unidade sindical, e hoje apenas mais um tentáculo para o controlo de carreiras e instituições públicas (nomeadamente autarquias).
Mas o que dizer sobre este clamor por um orçamento rectificativo?
Na boa tradição tecnocrática, o PSD acredita na agitação social por via de contas mal feitas.
Se a despesa está sobre controlo, o interesse do PSD na aparição de um orçamento rectificativo é meramente um: ter um argumento para dizer que o Governo falhou.
O PSD não está preocupado com as contas do Estado, o PSD está é preocupado com o estado das suas contas eleitorais.
Durante o partido laranja, muito por mérito de Cavaco Silva, ganhou a aura de “mestre das contas”, por oposição ao “mestres das forças de bloqueio” que eram por natureza os socialistas. Hoje essa aura desapareceu. A Dra. Manuela Ferreira Leite, como Ministra das Finanças, fez mais por isso do que qualquer outra pessoa. Para salvar a face, só mesmo a desgraça dos seus adversários. Para o português comum, haver, ou deixar de haver, orçamento rectificativo, nada muda o seu quotidiano. Para MFL é uma questão pessoal e uma desforra revanchista.
O orçamento rectificativo seria sempre desejado e reclamado pelo PSD independentemente da situação económica do país, ou da execução real dos gastos públicos.
Assim a táctica que o PSD aprendeu com o PCP foi adaptada para tecnocratês da seguinte forma:
1. Vota contra o Orçamento de Estado apresentado pelo Governo, seja qual ele for.
2. Prematuramente, avisa para a necessidade de um orçamento rectificativo.
3. Reivindica um orçamento rectificativo independentemente da execução do orçamento aprovado.
4. Critica o Governo por não lhe fazer a vontade.
5. Acusa o Governo de arrogância e autarcia por não mudar de rumo.

Tal como no caso das manifestações comunistas, o dia seguinte, corre como sempre, mas os últimos sound bites contra a “situação” vão moendo mais um pouco a autoridade democrática do Governo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Gato por Lebre.


Foi numa entrevista como a de hoje, que em 1989, o então Primeiro-ministro português Prof. Aníbal Cavaco Silva proferiu a famosa frase sobre o até então prospero mercado de valores mobiliários.
Estávamos na alvorada da adesão de Portugal à CEE. O dinheiro jurava como não se via desde a febre do ouro brasileiro. O “Zé (povinho)” seguia com mais atenção a cotação das acções da Inapa do que a “Bola Branca” do Ribeiro Cristóvão.
Os governos do PSD haviam introduzido o capitalismo popular num país mal refeito do estatismo pós-PREC. O discurso do caos que se avizinhava chegou pela boca que era menos expectável.
O Professor “nunca se enganava e raramente tinha duvidas”, se dizia que na Bolsa de Lisboa se vendia muito “gato por lebre” então era o mesmo momento para... VENDER!!!
Assim começou a história da descapitalização de muitas famílias portuguesas, que tinham aplicado as suas parcas poupanças no “mercado” que o Governo laranja tanto acarinhava.
José Sócrates aprendeu a lição. O Poder em momento algum pode, ou deve, ser o portador das más noticias, bem pelo contrário! O PS de José Sócrates, sabe que um discurso responsável e optimista vale mais do que muitos milhões de euros gastos a minimizar danos causados por estados de alma públicos de governantes menos confiantes.
O PSD, por seu turno, na melhor das hipóteses tem memória curta, e não aprendeu nada com os efeitos da irresponsabilidade verbal do líder de então. Na pior das hipóteses, Manuela Ferreira Leite e acólitos, perante espectro da derrota que se avizinha, quer mesmo é ver o circo a arder, e adoraria que fosse o próprio Primeiro-ministro a regar o fogo com gasolina.
Por um momento imagine-mos só:
Estamos perante a pior crise num século, a nossa Primeira-ministra é Manuela Ferreira Leite, o seu discurso é o da catástrofe económica, a sua reacção é não gastar nem mais um tostão.
O que seria feito de nós portugueses se esta senhora fosse como quer ser a nossa líder no combate à crise… Meu Deus!

Wilco ao Vivo em Portugal

Como é que a ONU se presta a isto?



Como é que será possível civilizações antagónicas virem um dia a entender-se? Não percebo como é que se consegue desperdiçar tão facilmente o capital de tolerância e diálogo intercivilizacional gerado em Istambul, Turquia, há duas semanas aquando do 2.º encontro da Aliança das Civilizações. Caro Jorge Sampaio, enquanto alto representante para a Aliança das Civilizações, tem um caminho muito longo e difícil pela frente.

Num país imaginário…


...o Benfica seria campeão todos os anos, e dois em cada 3 cidadãos já teriam acertado nos números do euromilhões. Feliz e infelizmente, respectivamente, Portugal é um país bastante real, e a própria tradição mítica do império perdido faz dele o país real que de facto é.
Somos uma identidade colectiva pequena e humilde mas que nunca perdeu os laivos de grandeza. Talvez por isso mesmo, julgamos ter direito a mais do que aquilo que merecemos.
Não há forma de nos revermos numa meritocracia. Por muito esquerdalhos que sejamos, até na esquerda procuramos e encontramos as nossas “famílias”.
O divã da nação está gasto e eu não quero ir por aí.
Certo é, que valorizamos mais o habilidoso que o engenhoso. Em Portugal o invejoso goza sempre de mais credito que o generoso. Como povo, transigimos com os ladrões, mas desconfiamos dos beneméritos.
É por estas e por outras razões, que em Portugal, ser Ministro da República é muitíssimo menos prestigiante do que ser Presidente de um qualquer clube de futebol. Talvez pelas mesmíssimas razões, o serviço público acaba por atrair um número bastante razoável de pequenos wanna be grandes tratantes.
Cada um há sua maneira, Santana Lopes e José Sócrates têm todas as características para serem alvos fáceis de numerosas invejas e especulações. Em termos meramente formais, os seus percursos políticos e académicos não foram lineares e acima de qualquer suspeita. As suas vidas privadas, por não corresponderem aos ditames da “nossa moral católica”, também dão azo às fantasias dos sonsos do regime. Até o simples facto, de ambos terem uma boa presença física, de terem chegado ao poder relativamente jovens, colide com a “ordem natural das coisas”. Pelo caminho ultrapassaram muitos “Senadores” gordos e pré-enfermos que nunca os perdoaram ou perdoarão.
O silogismo é simples, se os ditos “Senadores” eram mais experientes e inteligentes, portanto mais capazes de fazer aquilo, que no final, apenas estes “jovens” fizeram, então o defeito não pode estar na incapacidade dos “Senadores”. A capacidade que estes “jovens” têm de jogar com outras regras que não as devidas, é inaceitável para quem ainda aprendeu a tabuada à reguada.
De resto, somos todos apenas e só simples vitima da nossa pequenez, até José Sócrates e Pedro Santana Lopes. Somos todos vizinhos e primos uns dos outros, e todos semi-confidentes das meias histórias em que vamos tropeçando.
Um divorciado de 40 anos, que chega a casa de madrugada é um forte indício de pratica pecaminosa, já quando é um septuagenário, ou foi ao aniversário dos netinhos ou teve um problema de saúde.
Um técnico de uma Câmara Municipal do interior do país, que em 20 anos vem das Beiras e chega a Primeiro-Ministro é de certeza corrupto, já quando o PM é um professor universitário que assina pareceres que não faz nem leu, que ensina a gestores e empresários todo o tipo de engenharia financeira, é congenitamente sério.
Não acredito em metade das histórias que se contam sobre Santana ou Sócrates, da mesma forma que acho extremamente improvável que absolutamente tudo seja uma maldosa invenção.
A pequenez faz parte do código genético de um pais que não é grande.
Portugal é o país real que convive mal com quem de tempos a tempos nos faz imaginar como tudo poderia ser muito diferente se fossemos todos tão ambiciosos como Santana ou Sócrates.
Resta julgarmos os resultados da acção politica dos Senadores, de Santana ou de Sócrates. E aí não há equiparação possível!
Indubitavelmente José Sócrates é o mais dinâmico e reformador Primeiro-Ministro da nossa democracia. Santana Lopes talvez tenha sido o pior PM de sempre. Pelo meio passaram vários “Senadores” que nos legaram os cancros económicos e sociais com que sofremos hoje.
Há falta de melhores argumentos, e para não sofrerem a derradeira humilhação da comparação comprovada, José Sócrates é o alvo escolhido por todos aqueles que falharam antes dele.
Regra de ouro da natureza sociedade lusa (de negócios e não só): a mediocridade protege-se! Não é fruto da minha imaginação.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

GalpShare

Filme GalpShare
Mais um esforço para um futuro sustentável.
Não sei se será muito fácil prescindirmos da nossa autonomia e andarmos à boleia com "estranhos" mas quem sabe se não se encontram companheiros de viagem interessantes.
E pode também ser o principio de uma nova vida em comunidade.

Xutos & Pontapés - Sem Eira Nem Beira



O mal de uns é sempre aproveitado por outros. Há coisas que nunca mudam, esta é apenas mais uma... Divirtam-se.

domingo, 19 de abril de 2009

Não é assim que se começa o combate à corrupção


O recém-criado Conselho de Prevenção da Corrupção quer criar regras para quem trabalha em serviços e organismos públicos. Uma das regras que tem vindo a ser noticiada é a de que os funcionários da administração estatal deverão passar a circular entre serviços “para evitar relações de proximidade com o meio envolvente”.

Explica Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Conselho de Prevenção da Corrupção que “os funcionários terão de passar a circular nos lugares, até para evitar intimidade com os utentes”. Diz ainda que “a proximidade, a amizade que se cria ao fim de muitos anos no mesmo serviço, leva a favorecimentos; leva, por exemplo, a passar à frente uma determinada pessoa porque se conhece a família”.

Fazer da mobilidade a regra e não a excepção na Administração Pública parece-me um absurdo. E os argumentos apontados parecem-me irrelevantes e apenas têm em conta os funcionários que ocupam os postos no “front-office” da Administração, que contacta directamente com os utentes. Esta proposta do Conselho de Prevenção da Corrupção é irrealista e faria dos serviços e organismos da Administração uma plataforma giratória de funcionários, completamente ingerível e com grave prejuízo para a qualidade do serviço público. Todos os dias entrariam e sairiam funcionários, o que levaria à perda do conhecimento e da experiência acumulados.

A meu ver, uma Administração tem de estar orientada para os resultados e para o bom desempenho. E, a esse respeito, a mobilidade dos seus funcionários deve apenas constituir uma forma de tornar mais eficaz e racional a gestão dos recursos humanos, permitindo suprir carências e resolver dificuldades transitórias dos serviços. Deve, ainda, ser um instrumento que permita que os funcionários possam procurar novos conhecimentos e competências noutros domínios da Administração. E só nessa medida deve ser incentivada.

Acho, por isso, que a proposta do presidente do Conselho de Prevenção da Corrupção não é operacional. Além do mais, choca rotundamente com a Lei dos Vínculos, Carreiras e Remunerações que entrou em vigor em 1 de Janeiro deste ano e na qual se prevê que a mobilidade interna tem a duração máxima de um ano (artigo 63.º, n.º 1).

sábado, 18 de abril de 2009

O que espero dos candidatos ao Parlamento Europeu


A campanha para as eleições europeias já está aí. Os candidatos estão finalmente todos anunciados e os primeiros “outdoors” já começam a ser visíveis na rua. Que podemos esperar desta campanha? Para já, o discurso e a retórica têm apontado para dois caminhos.

Por um lado, há aqueles que querem fazer desta campanha um laboratório das eleições legislativas de Setembro-Outubro próximo. E, por isso, insistem que nesta campanha se devem debater os chamados assuntos nacionais. É claro que muitas questões nacionais são também questões europeias (desde logo, a crise global económica, financeira e social). Mas isso não pode servir para mascarar as angústias dos resultados eleitorais das legislativas e fazer das eleições europeias umas primárias das legislativas.

Por outro lado, há aqueles que entendem que as eleições europeias são o momento ideal para – uma vez mais – insistir no debate sobre os ideais do projecto europeus. Um debate assente na exacerbação dos valores europeístas, na expressão da forte convicção no processo de construção e integração europeia e ainda no processo de inclusão e pertença naquilo que se pode chamar a identidade europeia.

Mas será isto que nós eleitores pretendemos ouvir dos candidatos? Será isto o discurso que pode mobilizar os eleitores portugueses e pode evitar mais uma onda abstencionista? O envolvimento dos cidadãos nestas eleições europeias exigirá que os candidatos nos consigam explicar mais do que a importância do projecto europeu. É preciso que fique muito claro o que se decide e o que se pode decidir efectivamente no Parlamento Europeu. Qual o seu papel e quais os seus poderes? Que políticas europeias podem ser decididas com a intervenção dos nossos deputados europeus? Quais são as actuais encruzilhadas no projecto europeu e qual é o sentido que devemos tomar?

(Vejam aqui) os temas que os Portugueses elegeram como os mais importantes para a campanha das eleições europeias em 2009: desemprego, poder de compra e crescimento económico.

Imaginemos

1.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ser corrupto.
2.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de nem sequer ter onde morar e por isso usar as casas do Governo.
3.Imaginemos um país em que o Primeiro Ministro é acusado de ser gay.
4.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ser mulherengo.
5.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ter uma licenciatura falsa ou obtida em condições duvidosas.
6.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ser megalómano e ter mandado construir um túnel.
7.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ter assinado projectos que não realizou.
8.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de fazer noitadas na noite de Lisboa, em véspera de Conselho de Ministros.
9.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de não saber ter escolhido a equipa por o Ministro das Finanças se ter demitido 4 meses depois de tomar posse.
10.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de não saber ter escolhido a equipa por o Ministro do Desporto se ter demitido 5 meses depois de tomar posse.

Imaginemos agora que esse país é Portugal e que todas as frases com número ímpar são referentes a Sócrates e são "obviamente uma cabala para o tramar"...
Imaginemos também que esse mesmíssimo país é Portugal e todas as frases com um número par são referentes a Santana Lopes e atestam "obviamente a sua incapacidade para ser PM"...

Haja alguma vergonha!! Não se pode querer branquear tudo...
Santana foi crucificado na Imprensa por minudências...
Sócrates tem inúmeras questões que revelam problemas de carácter e honestidade..
e obviamente não me refiro aos pontos 3 ou 4...)

Sr. Primeiro-ministro ponha a TVI em tribunal!


Porque hoje é sexta, a TVI tem na ementa mais um episódio do pior jornalismo televisivo de que há memória em Portugal.
Quando não têm noticias, recorrem à reposição.
Se as noticias são escassas, exploram a mais batida insinuação sobe todos os ângulos de abordagem, numa espiral delirante de difamação.
Quando parte interessada envia o material para a redacção, como foi o caso do dvd de Charles Smith, o que faz a TVI? Publica-o? Nada disso…
Na primeira semana, cita pequenos excertos descontextualizados ilustrados com montagens criativas de imagens de José Sócrates no desempenho da função de Primeiro-Ministro.
Na segunda semana, retira a imagem ao dvd, e com mais algumas montagens, põe o povo a ouvir uma conversa em Inglês com uma legendagem discutível.
Na terceira semana, por fim, lá mostra as imagens com som integral, repetidamente ao longo de hora e meia de serviço (supostamente) informativo.
Se isto não é uma campanha negra não sei o que uma campanha negra será.
Onde é que se viu em Portugal, uma redacção, que para alem dos jornalista, tem dois juristas como revisores de toda a informação editada pela estação? A RTP não necessita de recorrer a este expediente, a SIC também não.
A TVI sabe que a sua campanha contra o Primeiro-Ministro comporta riscos legais, e por isso recorre a profissionais das leis para reescreverem as notícias que os jornalistas por fim assinam.
Talvez por acção destes dois advogados, somos sistematicamente confrontados com aquelas bocas de Manuela Moura Guedes que raramente concretiza o que quer dizer, recorrendo tantas vezes às caretas e as frases que deixa para o telespectador completar.
A táctica de MMG nada tem a ver, nem longinquamente, com qualquer coisa que se aprenda numa Licenciatura de Comunicação Social ou sequer num atelier do CENJOR.
A TVI faz uma lavagem cerebral aos telespectadores. A repetição de pequenas punch lines que nada informam. A tentativa patética e plástica, da apresentadora, em se colocar ao lado no sofá da sala dos Zés e das Marias, com a utilização da primeira pessoa do plural na abordagem a todos os temas com que pretende criticar o Governo.
A contratação destes juristas, e a forma como estes são utilizados pela 1ª dama da TVI na preparação dos noticiários de sexta-feira, são a prova da má fé na preparação destes noticiários.
Até hoje, MMG conseguiu evitar chamar ladrão, corrupto, mentiroso a José Sócrates. Mas a forma sub-reptícia como o faz permanentemente, já é material de facto para provar o uso impróprio que esta faz do seu púlpito. As motivações da ex-deputada do CDS-PP são óbvias. Para bem da saúde da nossa comunicação social urge que o Primeiro-Ministro e o Governo deixem de ignorar a injuria com hora marcada que está a ser levada a cabo pela TVI.
Uns dirão que será uma tentativa do poder politico para silenciar ou condicionar os media. Mas é nos media que existe maior desconforto com aquela senhora das sextas da 4. Se o sindicato dos jornalistas como qualquer órgão corporativo em Portugal, nada faz para separar o trigo do joio, então que seja a vítima dos ataques a tomar a sua defesa em mãos. Uma condenação em tribunal de Manuela Moura Guedes por difamação será um serviço à classe jornalística.
O noticiário de sexta na TVI é uma vergonha.
Senhor Primeiro-Ministro, não finja que não ouve, não finja que não vê. Ponha Manuela Moura Guedes e a TVI em tribunal!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Deve ser do picante!


A “Senhora” é marota… Ora finge-se morta, ora dá-lhe o frenesim.
“-Para onde foi o dinheiro?”
Este é o seu último soundbite?!
Ainda agora estão a ser anunciadas medidas de combate à crise e a Dra. Manuel Ferreira Leite já quer fazer o balanço das ajudas estado?!
Se tivesse a competência de Teixeira dos Santos, dizia-lhe para também ir consultar as estrelas. Como sabemos que a ex-ministra não dá para tanto, recomendamos-lhe que consulte os especialistas no seu partido.
Se quiser saber de onde veio o dinheiro, consulte o Dr. Isaltino Morais.
Se quiser saber para onde o dinheiro foi, vá visitar o Dr. Oliveira e Costa*

* não se esqueça de levar-lhe um prato de cachupa, consta que dava milhões por um… na Cidade da Praia.

O dia que pariu o “sigilio”


Afinal, o dia de hoje não será lembrado pelas últimas exéquias ao defunto sigilo bancário? Pelo menos,para mim não!
Foi um dia inteiro de manhã à noite, na televisão e na rádio, da esquerda à direita ou ouvir: “sigilio” para aqui, “sigilio” para acolá...
Primeira vez que ouvi, pensassei: “Sigilio”!? Que disparate! Vê-se mesmo que é deputada!
Segunda vez que ouvi: “Sigilio”!? Que horror! Vê-se logo que é uma jornalista da TVI!
Quadragésima sétima vez que ouvi: “Sigilio”!? Nuno, até tu, que dás umas calinadas de vez em quando, sabes que “sigilio” não existe, nem aqui nem em Belém!
Pensava eu…
Depois de jantar, ligo a televisão, regulo o volume, o Chefe de Estado, Sua Excelência o Presidente da Republica, fala sobre as iniciativas legislativas do dia para o combate à corrupção. O que terá para dizer?
“Há muito que defendo o levantamento do “sigilio” bancário!”
Desculpe senhor Presidente, importa-se de repetir?!
“Há muito que defendo o levantamento do “sigilio” bancário!”Pronto, rendo-me! Se o “bué” nasceu em Angola, foi adoptado para os lados da Damaia, e entrou para o Dicionário de Língua Portuguesa, o “sigilio” que é parido por todo lado e é bem nutrido pela boca do mais alto signatário da nação nem precisa passar pelo crivo dos Doutores da língua de Camões.
Se o Professor Cavaco Silva diz “sigilio”, quem são as ferramentas de ortografia e gramática do Word para o contrariar.
Eu pela minha parte, já cumpri com o meu dever cívico e adicionei o novo vocábulo ao dicionário do meu computador.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Os Homens e os cães.


Este é um texto, sobre os cínicos e cobardes, que anonimamente utilizam o frágil anonimato virtual da blogosfera, para expiarem nos outros o carácter que lhes falta. Este é um texto, que, também, é dirigido a esses "senhores" que se comportam a baixo de cão, e, como tal, é escrito numa linguagem acessível a qualquer rafeiro:

Aqui no Cá Calharas, critica-se sem trela. As patas que nos servem para escrever sobre os favoritos do país e do mundo, também nos servem para assinar os textos que escrevemos. Somos directos, temos nome, passado, família, princípios e convicções. Talvez por isso, de tempos a tempos, pomos uns rafeiros a espumar. Inveja de quem anda bípede e hirto pelo rua? Talvez sim, ou talvez não. Às vezes os canitos até têm bom fundo, são é atiçados por quem lhes dá a ração. Sem coleira, não sabemos a quem pertencem, sem açaime são um problema de saúde pública, e se o dono não traz o saquinho...
O Cá Calharas é uma gaiola de porta aberta para pássaros que voam livres, aqui não se cortam asas nem a falcões nem a galinhas. Será lamentável se tivermos que fechar a gaiola a outros animais de companhia.

Reclamação/Sugestão feita à Carris

Ainda a propósito da viagem de ontem, hoje senti-me na obrigação de exercer a minha cidadania. Apesar de considerar o trabalho que a Carris tem vindo a desenvolver nos últimos anos globalmente positivo, nem tudo funciona bem. Na viagem de regresso ao bairro onde vivo, tive de esperar cerca de 30 minutos pelo autocarro (que à semelhança da viagem anterior ia cheio). Na paragem, ouvia duas senhoras sentadas a reclamar pelo horário que esta carreira fazia durante o dia. É claro que é impossível ter um autocarro ao serviço da vontade individual de cada cidadão, mas perante esta subida da procura, a oferta deve ser ajustada, para poder garantir um bom serviço - o número de clientes e utilizações acaba por subir naturalmente. Logo, pensei mal possa tenho de fazer esta reclamação/sugestão por escrito para a companhia. É isso que partilho convosco, e que aconselho sempre a fazermos. Penso que é mais do que um dever, uma obrigação, que os restantes cidadãos e a própria Carris agradecem. Consequentemente a nossa qualidade de vida melhora.

Bom dia,

Sou um entusiasta da utilização do transporte público como meio preferencial de mobilidade nos grandes centros urbanos. Apoio e concordo com as medidas que têm vindo a tomar (as operadoras e autarquias) no sentido de aumentar a diversidade da oferta, e a qualidade do serviço, procurando promover meios de transporte sustentáveis ambientalmente e economicamente. Contudo não percebo como é que um bairro como Campo de Ourique com uma densidade populacional na ordem dos 20.000 hab/km2, e que é servido apenas por autocarros e eléctricos (ambos da responsabilidade da Carris), consegue ter uma assiduidade de carreiras tão parca na oferta. O 709 um dos mais usados, durante o dia (fora das horas de ponta) chega a ter uma espera de 30 minutos entra cada autocarro. Assim por muito que se queira promover o uso do transporte público (e bem), em detrimento da viatura privada, as soluções não estão à altura. Nem mesmo para aqueles que acreditam que é o caminho, mas apenas para aqueles, que por diversas ordens de razão, não têm outra alternativa. Agradeço soluções!

Obrigado.

Atentamente,

Luís Viegas

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Portugal – um país que existe, ou que apenas dura?


Hoje de manhã, estava na paragem do autocarro, à espera do 709. Que me levaria de Campo de Ourique à Loja do Cidadão nos Restauradores. Sim, ia buscar o cartão de cidadão. Quando no sentido oposto passa um eléctrico 28. No exterior, e a propósito do aniversário do nascimento do Padre António Vieira (fez 400 anos em 2008), estava inscrito uma frase dele – “Nos dias que fazemos, realmente existimos; nos outros apenas duramos”. Como é que acham que a maioria do país se encontra neste momento – com vontade de Existir, ou apenas de Durar? Deixo-vos esta reflexão…