sábado, 18 de abril de 2009

Imaginemos

1.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ser corrupto.
2.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de nem sequer ter onde morar e por isso usar as casas do Governo.
3.Imaginemos um país em que o Primeiro Ministro é acusado de ser gay.
4.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ser mulherengo.
5.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ter uma licenciatura falsa ou obtida em condições duvidosas.
6.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ser megalómano e ter mandado construir um túnel.
7.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de ter assinado projectos que não realizou.
8.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de fazer noitadas na noite de Lisboa, em véspera de Conselho de Ministros.
9.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de não saber ter escolhido a equipa por o Ministro das Finanças se ter demitido 4 meses depois de tomar posse.
10.Imaginemos um país onde o Primeiro Ministro é acusado de não saber ter escolhido a equipa por o Ministro do Desporto se ter demitido 5 meses depois de tomar posse.

Imaginemos agora que esse país é Portugal e que todas as frases com número ímpar são referentes a Sócrates e são "obviamente uma cabala para o tramar"...
Imaginemos também que esse mesmíssimo país é Portugal e todas as frases com um número par são referentes a Santana Lopes e atestam "obviamente a sua incapacidade para ser PM"...

Haja alguma vergonha!! Não se pode querer branquear tudo...
Santana foi crucificado na Imprensa por minudências...
Sócrates tem inúmeras questões que revelam problemas de carácter e honestidade..
e obviamente não me refiro aos pontos 3 ou 4...)

5 comentários:

André Miranda disse...

Imaginemos um Pais em que a deontologia profissional dos jornalistas existe e é respeitada. Imaginemos um País em que a informação que é difundida pela comunicação social se baseia no relato dos factos com rigor e exactidão e não em puras especulações ou em visões parciais.

Peço que interpretes com honestidade os factos. Ricardo, imagina um País em que as pessoas são aquilo que são simplesmente porque são “acusadas” de X ou de Y e porque essas acusações nos chegam a todos através da comunicação social. Esse é o erro do teu post, Ricardo. Reparaste a quantidade de vezes que repetiste a palavra acusado?

Ricardo Mexia disse...

Precisamente. A escolha da palavra "acusado" é deliberada e não podia ser de outra forma.
A questão do acusado é fundamental e os cidadãos são inocentes até prova em contrário.
E por isso é que se devem mostrar os videos e DVD's todos e mais alguns.
Por isso é que o video da tentativa de corrupção do Sá Fernandes pela Braga Parques também.
E a teoria de que é uma cabala para atacar o PM já está um bocadinho gasta.. é uma espécie de história do Pedro e do Lobo, mas ao contrário...

Jorge Marcedo disse...

Ainda sobre PSL, vale a pena reler uma entrevista que deu à saudosa Revista K: http://kapa.blogspot.com/.

Tem pormenores deliciosos:

"P.S.L. Por exemplo, recebi aqui há tempos uma carta do Manoel de Oliveira (...) mas não tive a preocupação de lhe responder.

"K: Você escreveu um livro.
P.S.L. Publiquei dois, embora tenha escrito um."

"K: Ah. E leu Proust?
P.S.L. Já li há muitos anos, já não me lembro: É como se não tivesse lido.
K: Foi os Ensaios que leu?
P.S.L. Já não me lembro. Lembro-me que lia muito essas empreitadas quando andava no liceu e estudava filosofia. Dedicava-me a elas de alma e coração.
K: E Joyce? Leu o Finnegan’s Wake e o Ulisses?
K: Não?! O Secretário de Estado da Cultura não leu o Ulisses nem o Finnegan’s Wake?
P.S.L. Não, não li.
K: Qual foi o último livro que leu?
P.S.L. Não há último.
K: Português?
P.S.L. Ah, o último português? O último português é impróprio que se diga, mas foi uma releitura das Memórias de Salazar do Franco Nogueira."

Genericamente, demonstra aquilo que sempre foi: absolutamente impreparado para qualquer um dos cargos que exerceu, e com um nível cultural de fazer inveja ao porteiro da Kapital.

Nuno Félix disse...

Coitado do Santana, o Sampaio levou-o à Oral e o desgraçado chumbou

Anónimo disse...

A política "é a arte do possível" e o melhor possível é ter o menos mau dos líderes disponíveis. Penso eu de que...
Entre um e outro, venha o diabo e escolha.

raquel