sábado, 18 de abril de 2009

O que espero dos candidatos ao Parlamento Europeu


A campanha para as eleições europeias já está aí. Os candidatos estão finalmente todos anunciados e os primeiros “outdoors” já começam a ser visíveis na rua. Que podemos esperar desta campanha? Para já, o discurso e a retórica têm apontado para dois caminhos.

Por um lado, há aqueles que querem fazer desta campanha um laboratório das eleições legislativas de Setembro-Outubro próximo. E, por isso, insistem que nesta campanha se devem debater os chamados assuntos nacionais. É claro que muitas questões nacionais são também questões europeias (desde logo, a crise global económica, financeira e social). Mas isso não pode servir para mascarar as angústias dos resultados eleitorais das legislativas e fazer das eleições europeias umas primárias das legislativas.

Por outro lado, há aqueles que entendem que as eleições europeias são o momento ideal para – uma vez mais – insistir no debate sobre os ideais do projecto europeus. Um debate assente na exacerbação dos valores europeístas, na expressão da forte convicção no processo de construção e integração europeia e ainda no processo de inclusão e pertença naquilo que se pode chamar a identidade europeia.

Mas será isto que nós eleitores pretendemos ouvir dos candidatos? Será isto o discurso que pode mobilizar os eleitores portugueses e pode evitar mais uma onda abstencionista? O envolvimento dos cidadãos nestas eleições europeias exigirá que os candidatos nos consigam explicar mais do que a importância do projecto europeu. É preciso que fique muito claro o que se decide e o que se pode decidir efectivamente no Parlamento Europeu. Qual o seu papel e quais os seus poderes? Que políticas europeias podem ser decididas com a intervenção dos nossos deputados europeus? Quais são as actuais encruzilhadas no projecto europeu e qual é o sentido que devemos tomar?

(Vejam aqui) os temas que os Portugueses elegeram como os mais importantes para a campanha das eleições europeias em 2009: desemprego, poder de compra e crescimento económico.

1 comentário:

Anónimo disse...

A Europa do doutor Soares, do engenheiro Guterres et alia, a Europa social, dos direitos, das liberdades, dos subsídios, o seguro contra todos os riscos que a preguiça e a falta de iniciativa imaginam ter subscrito. Distingue-se da Europa do doutor Louçã, que tem mais charros e abortos, e da Europa do doutor Carvalhas, que ia do Atlântico aos Urais, mas já não vai.É dessa Órópa que falas?