sábado, 28 de fevereiro de 2009

Um ano de vida

445 posts depois, o nosso papagaio continua a bater as asas e a bater nas asas de quem só voa baixinho.
Com a alpista que todos lhe oferecemos neste aniversário voará muito mais alto em 2009. Ano de grandes viagens às mais profundas entranhas da nossa alma colectiva e... eleitoral.

Vamos fazer votos que cá calhem muitos e bons posts e melhores e mais criticos leitores.

Jornalismo parasita


Citar uma frase fora do contexto e construir uma noticia à volta disso é grave mas infelizmente comum nos textos que por estes dias se lêem no Público. Mas citar apenas uma palavra, sem, numa só ocasião, enquadrar a palavra na frase em que esta foi proferida é pioneiro. Estará a jornalista São José Almeida a reescrever o código deontológico da profissão que escolheu? (Mais) uma página negra de uma campanha que não pode ser limpa com um jornalismo tão sujo.

Alegre ausência triste.


"Manuel Alegre não estará presente no XVI Congresso do PS. O esclarecimento foi feito esta tarde através de uma mensagem distribuída aos jornalistas que estão a fazer a cobertura dos trabalhos em Espinho..."

"O homem sem medo" aceita convites para comissões onde não pretende nem nunca pretendeu estar, e comunica "fraternalmente" com os seus camaradas através da comunicação social. O que o distingue dos restantes socialistas? Dizer: presente!

Mais lobo, menos ovelha negra


O padre da paróquia continua o mesmo, e mesmo querendo passar a bispo da diocese, presunção e água benta cada um toma a que quer. Não estará o pastor Louçã precocemente ébrio com a reprodução do seu rebanho de ovelhas negras? 10 Anos depois o que mudou no Bloco? Talvez apenas e só uma ligeira sede pelo poder...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Lembram-se do Merry Klinsmann?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O contributo britânico para a resolução do conflito israelo-árabe


Richard Makepeace, Cônsul Geral do Reino Unido em Jerusalém

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Carro eléctrico em Lisboa: primeiros passos

Será possível levar adiante o desígnio da mobilidade eléctrico perante estes exemplos?


O Carlos Medina Ribeiro do blogue O Carmo e a Trindade tem mais exemplos (aqui e aqui) e desafia os lisboetas - paga mesmo € 100 a quem lhe enviar uma foto de um ponto de abastecimento em funcionamento - a enviarem-lhe uma foto de um carro eléctrico a ser "abastecido" de energia eléctrica.

Talvez, o nosso amigo Luís pudesse ir dar algumas explicações.

Car-sharing of EVs



Car-sharing companies Zipcar and City CarShare will use two of the charging stations — giving the public the opportunity to drive plug-in vehicles before they are mass produced. The third charging station will be used by a plug-in car in the City of San Francisco municipal fleet.

San Francisco já está a dar o mote!

The city of San Francisco took another step into electric vehicle territory by installing "Smartlet" electric vehicle charging stations outside of City Hall today. The Smartlets are on loan from Coulomb Technologies and will be used to charge up cars from ZipCar, City CarShare and "a plug-in car in the City of San Francisco municipal fleet." Mayor Gavin Newsom made the announcement this morning.

Mayor Newsom, one of the few to actually own an EV1 back in the day, also wrote a post for Gas2 in which he says that he believes battery electric vehicles - not hybrids and he did not mention hydrogen - "are the quantum leap we need to make."

One thing about this caught my eye. A ZipCar with a plug? Huh? The San Francisco ZipCar site doesn't list any vehicles that can get juice from the grid, so I called the San Francisco ZipCar office. They told me that they have just one plug-in model, specifically designated for city hall, which is a converted PHEV Prius.

Thanks to Natasha M. for the tip!

UPDATE: We just found a press release announcing ZipCar's PHEV program. It's pasted after the jump.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

#Spectrial - O julgamento mais mediático de sempre?


Começou ontem na Suécia aquele que poderá ser o julgamento mais mediatizado de sempre. Nele, o Estado Sueco e os gigantes da indústria audiovisual tentam a condenação de 4 "piratas" por auxílio à pirataria informática.

Os quatros piratas são os fundadores/gestores do famoso site www.thepiratebay.org um dos mais usados para localizar torrents de ficheiros multimédia. Em 2006 a polícia Sueca num raid às suas instalações tinha apreendido 60 servidores, no sentido de fechar o site, mas 3 dias depois já estavam online novamente.

Mas porque tem este julgamento o potencial de vir a ser o mais mediático de sempre?

Os ingredientes são vários:

4 "acusados" que acreditam na liberdade de partilha de informação e que têm mantido ao longo dos anos uma atitude desafiante perante os gigantes da indústria audiovisual. No seu site publicam todas as cartas recebidas e respectivas respostas, o que proporciona alguns momentos do mais puro humor negro.

Toda uma comunidade mobilizada na mediatização do processo que gera:
  1. Vários feeds audio e video em directo do julgamento, alguns com tradução e comentário em inglês
  2. vários bloggers e twitters que acompanham, dentro e fora da sala de audiências, cada minuto do julgamento. O termo "spectrial" inventado pelos "acusados" tornou-se um dos mais pesquisados no mundo nestes dois últimos dias.
  3. As peças processuais que são disponibilizadas online quase em tempo real
Um partido político (Partido Pirata) que na Suécia neste momento é dado como tendo hipóteses de eleger alguém para o parlamento europeu.

Para quem estiver interessado em acompanhar o julgamento recomendo o própria página do The Pirate Bay
http://trial.thepiratebay.org/
e este mecanismo que agrega todas as entradas no twitter com o termo #spectrial
http://twitterfall.com/#spectrial

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O estado de (des)informação

Caso não saibam, existe uma definição legal de jornalista. Assim, de acordo com o Estatuto do Jornalista, "são considerados jornalistas aqueles que, como ocupação principal, permanente e remunerada, exercem com capacidade editorial funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação, com fins informativos, pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por qualquer outro meio electrónico de difusão".

Pois, nos dias que correm, o jornalismo não se cinge apenas à divulgação de factos, notícias ou opiniões com fins informativos. São tantos os exemplos de factos falsos e meras suspeições infundadas repetidos até à exaustão, mesmo depois de terem sido claramente desmentidos ou esclarecidos. E são tantos os exemplos de factos desmentidos que não têm o mesmo espaço informativo que a notícia da sua denúncia. É tão fácil dizer que alguém roubou mas já é mais difícil dizer que essa pessoa afinal estava inocente. É tão fácil dizer que alguém é mentiroso mas já não interessa divulgar uma notícia dizendo que afinal essa pessoa falou a verdade. É o vale tudo, em nome do sensacionalismo e do alarmismo social.

No fundo, há um sentimento de impunidade dos jornalistas (e não me venham com exemplos de processos judiciais por difamação porque não conheço um caso de um jornalista que tenha ficado sem poder exercer a sua profissão por condenação) que não sabem perante o público assumir que também erram no exercício das suas funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos e notícias. É esse rigor deontológico que falta na comunicação social portuguesa. Não basta saber denunciar os factos, também há que se saber repor a verdade dos factos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Também tu, Obama?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Portugal de Verdade




Manuela Ferreira Leite acaba de anunciar o Fórum Portugal de Verdade. Diz que este será "um fórum do real não virtual", uma "boca barata" para a politica de desenvolvimento tecnológico do governo socialista. Duas linhas depois de discurso lido sem ritmo nem convicção, anuncia que o dito fórum “ultrapassará as paredes dos auditórios, será aberto aos contributos e opiniões daqueles que estão ligados em rede”(sic)
Manuela, Manuela...tsss, tsss, tsss... afinal os Magalhães sempre dão algum jeito não é verdade?

Levantamento do sigilo bancário no caso BPN




A comissão parlamentar encarregue da investigação à “mega fraude” no BPN, discute esta tarde, a possibilidade de pedido do levantamento do sigilo bancário às contas dos ex-administradores e principais accionistas do Banco, agora nacionalizado.
Será que é desta que os senhores deputados terão a coragem de por a descoberto os movimentos financeiros de um conselheiro de estado?
Se esta Assembleia da Republica for, de facto, representativa da vontade popular, então esta decisão deverá ser rápida, sumária e unânime.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Logo à noite estarei aqui...


... do lado do Benfica é claro e a esperar que se repita o 2-0 da época de 2005/2006.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Coelhinhos e notas de 100 euros?



Francisco Louçã, ainda na VI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, que decorre hoje e amanhã em Lisboa

Camarada Francisco Furtado?



via 31 da Armada, na VI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, que decorre hoje e amanhã em Lisboa

Mulheres ao volante

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A era da responsabilidade (III)

Parece impensável mas a proposta está feita. Obama propõe redução em 80 por cento dos arsenais nucleares russo e americano .

E não é uma ideia nova de Obama. Já em Outubro de 2007 (ver aqui), Obama tinha prometido que se fosse eleiro iria fazer um esforço global de redução muito significativa das ogivas nucleares activas. Promessa feita, promessa cumprida. Dito e feito.

A era da responsabilidade (II)

Obama anunciou uma importante medida de moralização e contenção salarial. Acima de tudo, aquilo que Obama refere ser "uma medida de bom senso". É estabelecido um tecto salarial de 500.000 dólares para o salário anual dos executivos das empresas que recebam apoios do Estado no âmbito do plano de salvação do sector financeiro ("bailout").

Mais uma vez, Obama refere "We will have to take responsability". É este o novo ar que se respira na Casa Branco. Transparência mas também responsabilidade. Quem recebe dinheiros públicos não pode ser pago opiperamente como se nada passasse.

A era da responsabilidade

Obama reconhece publicamente ter errado na escolha de secretários de estado para a sua equipa. Primeiro, foi Bill Richardson (Comércio), depois Nancy Killefer, agora foi Tom Daschle (Saúde).

Com a descoberta dos problemas fiscais, Obama não teve pejo em assumir que não pode have dois pesos e duas medidas e soube passar a mensagem adequada: “It’s important for this administration to send a message that there aren’t two sets of rules. You know, one for prominent people and one for ordinary folks who have to pay their taxes.”

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Qimonda

Preços dos chips sobem
Depois da falencia da Qimonda, so seria natural q os preços subam. Pode ser q algum dos competidores queira comprar a fabrica portuguesa, alegadamente uma das mais rentaveis.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Isto é Obama!

Através do Diogo, tomo conhecimento de como, pouco a pouco, os americanos vão começando a beneficiar da "open politics" de Barack Obama. A implementação de cada dólar do chamado "American Recovery and Reinvestment Plan" que está em fase de aprovação definitiva no Congresso estará transparente num site de livre acesso: http://recovery.gov/.

E a (má) qualidade dos jornalistas?

"Na verdade, a 'má qualidade' da lei é isso: os interesses ocultos instalados em cada Governo ou maioria política fazem do 'legislador' um mero executor de acertos cozinhados nos bastidores."
Eduardo Dâmaso, "Correio da Manhã", 1-2-2009

É interessante que os cronistas, os jornalistas e os analistas políticos não comentam temas inovadores. Limitam-se a escalpelizar as intervenções feitas por outros actores. Neste caso, tendo o Presidente da República falado do tema da qualidade da legislação na abertura do ano judicial, têm vindo a surgir alguns comentários mais negativistas da forma como se legisla em Portugal.

É exemplo disso Eduardo Dâmaso na edição de hoje do Correio da Manhã ("A fábula das leis más"). Esquece este jornalista o extraordinário avanço que foi dado nos últimos 4 anos tanto em matéria de transparência, de simplificação, de reforço do acesso dos cidadãos às leis e de qualidade técnica das leis, seja por iniciativa do Governo seja por iniciativa da Assembleia da República. É importante começar a dar pública nota desses avanços.

Aliás, se tivessem tomado devida atenção, teriam visto que as palavras do Presidente da República foram outras: "Portugal, tal como outros Estados membros da União, adoptou políticas de qualidade legislativa cuja eficiência deve ser regularmente escrutinada. Tendo-se registado alguns avanços no âmbito da simplificação de procedimentos, importa verificar, no entanto, se muitas das medidas se mostraram adequadas ou se foram efectivamente adoptadas e executadas."

Parabéns, Tiago!


O meu amigo Tiago, doutorado pela Universidade de Coimbra com uma tese na área do metabolismo cerebral (o tema da tese é indecifrável: "Neuroglial Coupling and the Cerebral Metabolism of Monocarboxylates as Detected by Carbon-13 Nuclear Magnetic Resonance"), é um dos dois vencedores do Prémio António Xavier 2008 atribuído pelo Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa. A cerimónia de entrega do prémio é no dia 12 de Julho de 2009. Lá estarei.

Ver mais aqui, aqui e aqui.

Mania da perseguição

Surgiu no final da semana passada uma polémica de um grupo de juízes contra uma nova versão da aplicação informática – Citius - que gere a desmaterialização do fluxo de todo os processos judiciais, permitindo que advogados possam enviar as suas petições bem como notificar os seus colegas sem ter de usar o papel mas também permitindo que os juízes possam assinar electronicamente as sentenças e estas sejam comunicadas por via electrónica aos advogados.

A aplicação Citius tem objectivos muito claros: menos burocracia (envio de duplicados e triplicados em papel), mais transparência (possibilidade de consulta do estado do processo), menos custos (redução das custas processuais). É indiscutível a importância que isto pode representar para os cidadãos e as empresas mas também para quem é agente da justiça.

É preciso não esquecer que, de acordo com dados do Ministério da Justiça, nos últimos 15 anos o número de juízes aumentou 60%, o número de magistrados do Ministério Público subiu 51% e o número de oficiais de Justiça cresceu 43% mas o número de processos terminados não subiu. Se o problema da morosidade dos tribunais não são as pessoas, então são os procedimentos. Por isso, é preciso simplificá-los e torná-los mais ágeis e celéres.

Mas os juízes não querem reduzir as pendências processuais, não querem acelerar os procedimentos, não querem acabar com a morosidade e com o congestionamento dos tribunais. Os juízes querem é manter-se estáticos na sua (errada) posição majestática de órgãos de soberania, sem perceber que a justiça é um serviço público essencial para o funcionamento da sociedade e do mercado. É incrível que continuem a pensar que o mundo em papel é mais seguro do que o mundo electrónico. É incrível que continuem a pensar que há um “big brother” que anda a vigiar o seu trabalho e mesmo – pasme-se! – a manipular as suas sentenças.

Para saber mais sobre o Citius (aqui, aqui, aqui).