quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Professores: sobra em preguiça o que lhes falta em palavra.
Para que serve a concertação, a negociação de condições, a assinatura de acordos que mais não visam do que a vigência pelo período curtíssimo de 1 ano?
O Ministério da Educação assumiu o melindre e a dificuldade na introdução de métodos de avaliação meritocrática aplicados à classe discente. A custo, e depois de muitas cedências do ME, os sindicatos assinaram um protocolo de colaboração e de aceitação das condições em que avaliação começaria a produzir efeitos. Sem prejuízo para correcções ao processo após balanço do 1º ano de aplicação. Ao contrario do que se diz, tem sido um processo transparente e bastante plástico para que ninguém possa dizer que está a ser posto fora do processo.
Os professores queixam-se de coisas como o facto de gastarem uma hora do seu dia nas diligencias inerentes ao processo de avaliação.
Acham muito?!
Numa escola onde professores excelentes e medíocres sempre conviveram pacatamente em prejuízo de gerações de alunos.
Numa escola em que o professor tantas vezes falta durante o horário de trabalho, mas não falha uma hora de explicação.
Numa escola, que já não era respeitada como desejável e necessário, exactamente devido à continua degradação publica da imagem profissional dos professores.
Acham muito gastar uma hora por dia neste processo que é estratégico para a reabilitação da escola e para o futuro do país?
Nunca ouvi os senhores professores queixarem-se quando o Governo de António Guterres os aumentou em mais de 20% num só ano, e lhes permitiu continuarem a trabalhar pouco mais de uma dezena de horas semanais na escola, negligenciando gravemente toda e qualquer diligencia de apoio aos alunos.
Era bom mas acabou-se. Quem quer ser professor, não pode ter uma segunda ocupação dentro do seu horário escolar, nem angariar entre os seus alunos os seus futuros explicandos.
Era assim tão difícil, colaborarem como haviam-se comprometido, neste ano de afinação de processos e, certamente de equívocos e perdas de eficiência?
O próximo ano será pautado por 3 actos eleitorais, e os professores na rua dão muito jeito a uma oposição sem outros argumentos.
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