quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Menos 16 %



Este é o valor relativo que as Universidades Portuguesas perderam no todo do Orçamento Geral do Estado desde 2005.
Esta foi e é uma opção política do Governo.
Este é um erro estratégico.
A convergência com a Europa não se fez de todo no todo do País. Motivos endógenos, exógenos ou estruturais e históricos. A verdade é que existe uma saída para este fado do Portugal pobre e analfabeto.
O caminho está numa aposta forte e decidida num ensino de excelência e de acesso meritocrático sem nunca deixar de ser democrático. Mas este caminho não dá votos porque apenas produz efeitos visíveis a 20 anos. Onde estávamos Nós e a Irlanda em 1986? Imaginem como seria o Portugal de hoje, se o Prof. Cavaco e Silva, tivesse trocado algumas dezenas de quilómetros de auto-estrada, mais e melhores universidades abertas ao mundo e à sociedade civil?
De oportunidades perdidas está a nossa história cheia! Deixa-me perplexo é a insensatez de quem nada aprende com as suas evidencias.
Faria mais por Portugal, uma universidade de excelência cotada entre o top 20 do Mundo, do que a soma de todos os “PIN´S” que venham a ser concretizados.
É a miopia da política feita para as próximas eleições que tem minado a aposta estratégica num ensino superior de qualidade e excelência.
Sócrates arrisca, o reconhecimento do seu mérito governativo, quando com o distanciamento do tempo ficar conhecido como o primeiro-ministro do governo que, em termos relativos e comparados, menos investiu no Ensino Superior desde 1994.

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