terça-feira, 9 de setembro de 2008
Pigs in muck
“Exciting countries get exciting acronyms, at least in financial circles. Fast-growing Brazil, Russia, India and China, for example, are called Brics, the very initials implying solid growth. Other countries are less fortunate. Take Portugal, Italy, Greece and Spain, sometimes described as the Pigs. It is a pejorative moniker but one with much truth.
Eight years ago, Pigs really did fly. Their economies soared after joining the eurozone. Interest rates fell to historical lows - and were often negative in real terms. A credit boom followed, just as night follows day. Wages rose, debt levels ballooned, as did house prices and consumption. Now the Pigs are falling back to earth.”
Excerto de artigo publicado a 1 de Setembro 2008, Financial Times
Existe uma expressão comummente utilizada, pelo menos nalgumas regiões do nosso Portugal, que é qualquer coisa deste género – “aquele (sujeito(a)) tem a mania que os porcos nadam”, ou esta menos comum “… de que os porcos voam”. Pelos vistos a segunda versão do dito jargão popular é uma adaptação, ou vice-versa de uma expressão utilizada pelos países anglo-saxónicos.
O autor do artigo (que ainda não consegui, nem me dei ao trabalho de identificar) quis dizer que os países do sul da Europa (no gráfico), aquando da adesão à união europeia, sofreram positivamente dos efeitos da entrada na união, apresentaram níveis de crescimento económico consideráveis, começando a convergir com os países do pelotão da frente. Mas que afinal era tudo fogo-de-vista, pois o crescimento não foi crescimento sustentado nem estrutural, mas sim conjuntural. Ou seja, os porcos que outrora voaram, hoje em dia voltaram à lama.
Ontem já foram confrontar o Ministro Pinho com estas afirmações, e qual a sua opinião. Convenhamos que há verdades inconvenientes, e realidades que são duras. È claro que mesmo sendo verdade o que está implícito no artigo do Financial Times existem maneiras menos ofensivas de o dizer, mesmo sem inibir o direito de opinião do colunista, mas se calhar ninguém ligaria ao artigo, ou pelo menos não se daria a importância agora dada… É caso para dizer que estamos a dar pérolas a porcos! (onde o porco aqui é o senhor que escreveu as ditas palavras)
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