sexta-feira, 25 de abril de 2008

Políticos...

Política, Políticos, Partidos, Politicies, Politics e outras coisas começadas por p...

Nota introdutória:
Mantenho à vários anos uma intensa relação de amor/ódio com a política. Amor por considerar que de nenhuma outra forma tão poucos poderão fazer tanto por tantos (creio que já li isto algures) e ódio pela forma como tão poucos têm feito tão mal a tantos (eles próprios exclusivé, bem entendido). Tenho consciência de que este tipo de declarações estão na moda, mas no meu caso levo pelo menos uma década a dizer o mesmo, e não tenho por hábito criticar algo sem propor formas de (acredito) o melhorar.
Aqui têm o meu manifesto, adoro policies e odeio politics, e não criticarei negativamente algo (ao contrário do que é versão corrente, criticar não é necessariamente depreciar) sem ter ideias para sugerir. Kiss = Keep It Small and Stupid, ops sorry, Simple...

Políticos...
Gostava de poder dizer que o actual panorama político não podia ser mais desolador... Afinal, entre Pseudo-engenheiros com passados no mínimo sombrios, líderes de partidos que duram meses e saem já a ver quando voltam, partidos pequenos que continuam a insistir naquilo que os faz pequenos (faz sentido um partido existir sem aspirar e trabalhar para ser governo?), Autarquias que todos os dias dão um novo sentido à palavra absurdo, jornais e jornalistas que na hipótese mais bondosa são acéfalos e uma nova geração de líderes políticos douturados (assim como assim... ) das juventudes partidárias quem me puderia censurar? Mas já aprendi que por pior que estejamos, podemos sempre piorar... How low can we go?

Tenho para mim uma ideia de que todos os nossos governantes deveriam ter um número de requisitos mínimos para exercer certos cargos, e adorava discutí-los. Inteligência, honra, integridade moral e ética, nível mínimo de QI (não posso estar mais a sério), exame neuro-psicológico (a quantidade de coisas cujos resultados explicariam), etiqueta e boas maneiras (why not?), formação pessoal (de vida e/ou académica), percurso profissional (sim, ainda hoje tenho dificuldades em perceber o conceito de político de carreira), percurso político (ninguém deveria ser ministro sem antes ter tido outra tipo de experiências governativas de menor responsabilidade) são alguns dos pontos de um caderno de encargos que imporia para a adjudicação de certos lugares dos quais depende a gestão de boa parte dos recursos do país.

A publicação de declarações de rendimentos e patrimoniais (imaginem a comparação entre o antes e depois em vários casos) poderia também ser bastante útil, e extremamente divertido seria um pequeno resumo das diversas posições (e ficava-me pelas públicas) tomadas ao longo dos anos sobre o mesmo assunto...

Um relatório sobre a sua actividade durante o exercício dos cargos seria por certo esclarecedor e naturalmente mecanismos de responsabilização sobre as consequências dos seus actos enquanto gestores de uma Nação (conceitos como Nação, Pátria e outros que tais deveriam poder ser utilizados sem os habituais comentários patetas dos pseudo intelectualóides de esquerda...).

Para equilibrar estaria disposto a pagar-lhes verdadeiras fortunas baseado em critérios de desempenho, fortunas essas de que de resto aparentemente já recebem, e que os tornariam muito mais díficeis de influenciar...

What do we have to loose?

1 comentário:

Luís Viegas disse...

Amigo The Count: Bons olhos o leiam! E que profundo e reformador na sua intervenção de estreia. Concordo na generalidade e apelo ao debate na especialidade...
Um forte abraço!