terça-feira, 10 de agosto de 2010
Aposta nas energias renováveis: políticas públicas que realmente contam
No New York Times de hoje (e para o qual a nossa comunicação social só acordou ao início da tarde) é publicado um longo artigo sobre os resultados da aposta nas energias renováveis realizada por Portugal, em particular por força da acção concertada do anterior Governo (e mantida pelo actual) e dos principais agentes económicos do sector energético.
Mas esta não é uma evidência de 2010. E nem sequer deve ser vista como uma evidência saloia. Há muito que, nesta área, Portugal está na vanguarda da produção de energia com recurso a fontes renováveis. Por isso, não é de espantar que outros países, mesmo aqueles que se encontram entre as maiores economias do mundo, como é o caso dos EUA, queiram ver o que está por detrás destes resultados. É que por detrás dos resultados está um plano, ou uma estratégia de acção como quiserem, que visa combater o défice energético de Portugal e, por consequência, visa combater o défice externo de Portugal. Daí que, como diz o artigo, "necessity drives change". E foi isso e é isso que tem acontecido em Portugal: visão e acção para essa mudança.
E no que diz respeito a esta estratégia - um verdadeiro compromisso com a modernização e o desenvolvimento de uma pequena economia como é a economia portuguesa - está um persistente esforço dos principais decisores públicos, a começar no Primeiro-Ministro: primeiro, em 2005, com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 169/2005 (Estratégia Nacional para a Energia) e, já mais recentemente, com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 29/2010 (Estratégia Nacional para a Energia 2020).
Mas os bons resultados neste domínio exigem novas metas, novos objectivos ambiciosos e novos projectos que nos coloquem na liderança (veja-se o caso da primeira rede mundial de abastecimento de carros eléctricos). Mas também exigem uma racionalização do entusiasmo. O artigo do New York Times também identifica alguns aspectos menos favoráveis que, a seu tempo, também têm de ser corrigidos ou anulados.
Em todo o caso, e isso é o que interessa, Portugal faz bem neste domínio e isso deve ser louvado. Como diz o título do artigo do New York Times, "Portugal makes the leap". É este "leap" que tem vindo a ser unanimemente reconhecido a nível internacional.
ADENDA: A capa do New York Times de hoje:
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2 comentários:
Bom, agora só falta começarem a fazer cenas deste tipo http://www.ashadegreener.co.uk/ e não deixarem que, tal como acontece com o petroleo, se torne numa enooorme negociata. Mas, inevitavelmente, já anda aí muito boa gente com cifrõezitos a brilhar nos olhos quando se fala nas energias renováveis.
Notícia obviamente plantada. Vejam a resposta no meu blog:
http://ecotretas.blogspot.com/2010/08/portugal-new-york-times.html
Ecotretas
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