quinta-feira, 21 de maio de 2009
As verdadeiras elites
Alguns ricos alemães estão dispostos a «pagar a crise»
A esquerda alemã tem exigido um imposto adicional sobre as grandes fortunas para financiar a crise, mas agora são vários milionários a propor a mesma coisa, para aliviar os cofres do Estado.
Um grupo de 23 abastados cidadãos, liderados por um psiquiatra reformado de Berlim, Dieter Lehmkuhl, propôs que os rendimentos anuais superiores a 500 mil euros paguem um imposto extra de 5% em 2009 e 2010. Para o caso não interessa se os rendimentos são provenientes do trabalho, de capitais investidos ou de heranças, explicou Lehmkuhl.
No que respeita às firmas, os lucros até três milhões de euros não deveriam ser sujeitos ao imposto adicional, para não sobrecarregar pequenas e médias empresas, concedem os autores da iniciativa. A única condição seria que a colecta fiscal obtida desta forma, que poderia atingir os 50 mil milhões de euros, se destinasse exclusivamente a admitir mais pessoal nas áreas social, da ecologia e do ensino, e a aumentar o rendimento mínimo garantido e outras ajudas sociais.
"Não somos loucos nem ingénuos", garantiu Lehmkuhl, lembrando que o Presidente da República, Horst Koehler, exigiu num discurso proferido em Março mais responsabilidade e mais decência às elites da Nação, para debelar a crise financeira.
Pouco depois, Lehmkuhl fundou a benemérita iniciativa, dizendo-se movido pelo "sentido de justiça", e por achar que "se não for assim, a crise acabará por ser paga por aqueles que não beneficiaram dela e não contribuíram para a provocar".
O médico aposentado invocou também o imperativo constitucional que proclama que a propriedade é um compromisso perante a sociedade, para justificar a proposta de exigir mais impostos a quem pode pagá-los.
Fonte: Diario Digital
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