sexta-feira, 6 de março de 2009

25 de Maio de 1926


Hoje como ontem, a Assembleia da República abriu as portas sem bengalada ou pistolas de duelo. Com excepção para estas práticas e acessórios marialvas, tão característicos do republicanismo de cartola, nas vésperas da sua morte a 1ª República em pouco diferia, no estilo, do parlamento contemporâneo. À custa de muitos insultos, escândalos, e insinuações, os bisavôs da nossa liberdade, adubaram para alem do substrato suficiente, as sementes do nosso “fascismo”. Indignem-se os nossos leitores habituais, para regozijo da esmagadora maioria do povo português de então!
Vivemos no país em que a renovação democrática do Capitão de Abril Ramalho Eanes, facilmente dealbou no nacionalismo renovador de Pinto Coelho.
Será que a história recente, de nada nos serve? Para nada alerta? Não querendo fazer de um episódio colérico, o sinal do apocalipse, nunca esqueçamos que o “Melhor Português de Sempre” continua vivo dentro de muitos de nós.
Estou certo da devoção democrática do deputado Martins, e não questiono o zelo deontológico do deputado Candal, mas quando a o parlamento desce à caserna corremos o risco da caserna subir ao parlamento.
Como cidadão que ama a liberdade, acima de todas as coisas, apelo aos nossos distintos deputados que se coíbam de evocar a singela educação, com que os distintíssimos deputados da tão tardiamente extinta União Nacional, faziam questão de se tratar.

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