terça-feira, 2 de setembro de 2008

Má Partilha (II)


Ainda estamos lembrados dos ursos, e da sua pesca. E dos que retiravam, a pescaria aos que pescavam, não tendo de ter nenhum trabalho para ter o mesmo resultado que os que pescavam. Como eu referi, tinha visto essa cena num programa de televisão. Mas quem também não se lembra de outras situações, também elas televisionadas, que envolvem distúrbios entre humanos, e também eles por causa de bens materiais. Se passarmos do cinescópio para as linhas dos livros, também vemos retratado com mais ou menos ficção e efeitos especiais, a natureza humana retratada. J. R. Tolkien quando escreveu a trilogia “Senhor dos Anéis” retratava e bem a vontade dos homens pelo poder, e pela propriedade de um anel que concedia esse mesmo poder. Poder que fazia com que o possuidor do anel se sentisse atraído por ele, gozasse de uma ainda que aparente, mas ao mesmo tempo viciante sensação de bem-estar. O Gollum era bem a imagem disso… Não olhar a meios para atingir os fins. O que interessava era “tê-lo”. São tudo sensações que permanecem espelhadas no nosso dia-a-dia, talvez se manifeste de outras formas, é certo. Mas a necessidade está lá. A do ter, a do poder. Resumindo como tantos outros autores tão bem caracterizam é a transposição da vida da selva de onde toda a origem animal veio, para as cidades, construídas posteriormente pelo homem. Esse ser errante com cabeça para pensar…
Continua…

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