No nosso “ambiente” rural, as armas também são bens (bem) comuns. Nomeadamente as caçadeiras comummente utilizadas cá pela terra para, está visto, ir caçar!
No Portugal agrícola, até ao inicio dos anos 80 do século passado, haveria, por ventura, menos armas para caçar do que enxadas para lavrar. Os subsídios comunitários alteraram este panorama, e hoje não arriscaria semelhante estimativa. Certo é, que quem usa uma fisga aos 5 anos, e pega na pressão-de-ar aos 10, aos 16 já caça com o pai, e não é por isso que certo dia dá em confundir as perdizes com os colegas da escola.
As armas usadas nos massacres “americanos e finlandeses” não foram armas de caça. Vamos lá deixar o "ti Zé" e o "compadre António"em paz que esses sabem criar a prol em harmonia com a natureza e com os outros. E até é bem bom ir à caça mesmo sem disparar um tiro.
As armas usadas nos massacres “americanos e finlandeses” não foram armas de caça. Vamos lá deixar o "ti Zé" e o "compadre António"em paz que esses sabem criar a prol em harmonia com a natureza e com os outros. E até é bem bom ir à caça mesmo sem disparar um tiro.
O factor diferenciador dos EUA e da Finlândia, para o nosso pacato Portugal não é o ratio arma/habitante (os gajos ganham mais e as armas são mais acessiveis). Esse factor negro é a cultura securitarista!
Nós tivemos uma padeira que limpou o sarampo a uma data de "paelhas". Apartir dai a unica coisas que nos disseram para temer são as correntes de ar e o casamento.
Quando se junta o medo do outro, com a cultura do salve-se a si mesmo, muito própria dos grandes espaços e do individualismo protestante, temos um caldo que em cabeças mais “fechadas no armário” pode azedar.
Os norte-americanos que cresceram com medo do russo mau, ensinaram os filhos a ter medo da própria sombra. O finlandês que cresceu com medo dos vizinhos comunistas, ensinou ou o filho a desconfiar dos próprios vizinhos.
Os norte-americanos que cresceram com medo do russo mau, ensinaram os filhos a ter medo da própria sombra. O finlandês que cresceu com medo dos vizinhos comunistas, ensinou ou o filho a desconfiar dos próprios vizinhos.
O medo é o detonador.
Estes massacres acontecem em sociedades culturalmente deprimidas que sobrevalorizaram a individualidade, muito para alem da empatia pelo outro e pela sua própria ordem social.
Não haver armas de guerra disfarçadas de armas de defesa pessoal à venda para qualquer um também ajudaria imenso…
Não haver armas de guerra disfarçadas de armas de defesa pessoal à venda para qualquer um também ajudaria imenso…
Com uma caçadeira de ir aos coelhos é mais difícil matar burros em série.
Àmen
1 comentário:
Concordo plenamente com o que foi escrito.Tambem sou caçador e não é por isso que vou sair por aí aos tiros!A educação é a base de tudo...e AMEN,para os que foram..palavras de um agnostico.
Enviar um comentário