Sem querer escamotear a importância de combater a violência nas escolas e os abusos provocados por alguns alunos, já para não falar do fenómeno do “bullying”, parece-me excessiva e despropositada a intervenção do Procurador-Geral da República, na sequência do episódio da Escola Carolina Michaelis revelado no You Tube. Pelo andar da carruagem, antes de vermos detectores de metais à porta dos bares e discotecas (nestas já obrigatório por lei), teremos de sujeitar os alunos e por que não também pais, professores e funcionários ao controlo de armas à porta das nossas escolas.
Tenho de acreditar que as nossas escolas não se converteram em “cidades de Deus” e que Portugal não vive um clima de guerra civil nas escolas.
O problema da violência escolar não se resolve, unicamente qualificando-o como fenómeno criminal ou mandando os alunos para os tribunais. O problema da violência escolar exige também a responsabilização dos pais e a acção preventiva dos professores. Ao Estado cabe valorizar o papel da escola como centro de uma comunidade de pessoas dirigido para a formação e qualificação dos alunos. A escola tem de ser um espaço de motivação para esse objectivo. A escola deve ser um espaço promotor da cidadania (já agora: para quando uma disciplina obrigatória de Educação para a Cidadania?).
sexta-feira, 4 de abril de 2008
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