A Grécia está a viver, em matéria de contas públicas, uma situação em tudo semelhante à vivida por Portugal e, 2005 na transição do Governo de Santana Lopes para o primeiro Governo de José Sócrates. O défice orçamental já vai em 12,7% o que aproxima a Grécia da bancarrota, havendo já quem aponte os exemplos do Dubai e da Islândia.
Mão amiga fez-me chegar algumas das nada meigas medidas urgentes que o novo Primeiro-Ministro Papandreou apresentou. Para além de medidas fiscais e de reforço da transparência e reestruturação do Estado, assinalo algumas das medidas adoptadas no plano da despesa:
- Corte de 10% no orçamento de funcionamento do Estado;
- Corte de 10% no orçamento da Seguranaça Social;
- Congelamento das admissões para o sector público em 2010 e a adopção a partir de 2011 da regra 5:1 (para 5 saídas, 1 entrada);
- Redução em 1/3 dos contratos a prazo no sector público;
- Congelamento dos salários acima de 2.000 euros e corte de 10% nos salários de todo o sector público;
- Encerramento de 1/3 dos postos de turismo no estrangeiro;
- Redução das despesas nas Forças Armadas;
- Redução de 50% dos salários dos gestores das empresas públicas.
- Extinção de serviços e organismos públicos;
- Supressão dos prémios para os administradores de bancos com capital público;
- Tributação dos prémios dos administradores da banca privada em 90%.
A vida não está nada fácil para os lados da península helénica... até porque apesar do esforço do novo Governo, os mercados financeiros continuam descrentes no plano apresentado para salvar a Grécia da bancarrota.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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2 comentários:
Tal como cá:
Falta ainda o controlo do número de empregos por pessoa, o do nível das pensões e o seu número.
O controlo das terras e edifícios abandonados.
A proibição de todas as acções de publicidade que promovam a destruição da Segurança Social e o efectivo controlo das contabilidades das grandes empresas incluindo bancos, onde se escondem por ano muitos milhões que escapam ao fisco.
Nem a propósito, a Lusa anunciou há pouco que os sindicatos gregos do partido comunista e da esquerda radical preparam-se para uma greve geral na quinta-feira para protestar contra o governo socialista que anunciou a adopção de um plano de austeridade. Também lá como cá, a esquerda radicial posiciona-se da mesma forma.
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