Compartilho, aqui neste espaço um poema de ilustre camarada meu - João Braz de Oliveira. Por sinal, andou no colégio na viragem do século XIX para o XX. Este poema é para ser interpretado, como qualquer obra de arte, à vontade do leitor. Apesar de estar imbuído de enorme saudade e gratidão pela instituição, não revela a meu ver nenhum fanatismo exacerbado. Geralmente temos tendência a desconfiar e ter receios em relação àquilo que desconhecemos e nos parece superior, mas depois de ultrapassarmos essas barreiras, alguns ficam a ser fãs, daquela que por muito que se tente, não deixa de ser uma "luz no ensino". Mas como eu dizia, e reforço, a interpretação é livre...
Colégio Militar como te quero
Agora, mais que nunca que estou velho;
E como lembro ainda o tom severo
Do teu valiosíssimo conselho.
Quando te conheci era um fedelho
E tu um Centenário digno austero.
E hoje te vejo como espelho
Das mais nobres virtudes que venero.
Não tenho pergaminhos. Se os tivera,
Havia de trocá-los, quem me dera...
Apenas só por este que me apraz:
Quando baixar à terra, mudo e frio
Escrevam-me na campa este elogio:
"Menino foi da Luz. Descanse em Paz".
Joao Braz de Oliveira 206/1897
Nota: 206 era o número de JBO no CM, e 1897 o seu ano de entrada na instituição (geralmente com 10 anos de idade).
Colégio Militar como te quero
Agora, mais que nunca que estou velho;
E como lembro ainda o tom severo
Do teu valiosíssimo conselho.
Quando te conheci era um fedelho
E tu um Centenário digno austero.
E hoje te vejo como espelho
Das mais nobres virtudes que venero.
Não tenho pergaminhos. Se os tivera,
Havia de trocá-los, quem me dera...
Apenas só por este que me apraz:
Quando baixar à terra, mudo e frio
Escrevam-me na campa este elogio:
"Menino foi da Luz. Descanse em Paz".
Joao Braz de Oliveira 206/1897
Nota: 206 era o número de JBO no CM, e 1897 o seu ano de entrada na instituição (geralmente com 10 anos de idade).
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