terça-feira, 9 de junho de 2009

BPP: uma decisão acertada













Teixeira dos Santos anunciou no final do Conselho de Ministros que o Estado não vai injectar dinheiros públicos no BPP nem entrar no capital social deste Banco porque este não é susceptível de criar qualquer risco sistémico.

No entanto, está encontrada uma solução para os aforradores que, pensando estar a realizar hipotéticos depósitos naquela instituição com reembolso garantido, estavam a colocar as suas poupanças em produtos financeiros de alto risco. Esses investimentos – chamados pomposamente pelo BPP de “soluções de investimento de retorno absoluto - vão ser retirados do BPP e entregues a uma entidade a criar (presumo que um fundo). Uma espécie de lavagem dos "activos tóxicos" do BPP.

Os princípios desta decisão são correctos: a obrigação do Governo é proteger e defender os interesses dos depositantes, quando estes assim o possam ser considerados, mas, acima de tudo, acautelar os interesses patrimoniais dos contribuintes. Ora, no caso concreto não há qualquer risco de instabilidade do sistema financeiro que justifique uma intervenção do Estado. Deve ser, por isso, o mercado que deve conduzir todo o processo de reestruturação ou, eventualmente, de liquidação do BPP.

Sem comentários: