A BD faz parte do ADN dos EUA. Históricamente tem sido usada para celebrar heróis e para exorcizar medos. Não é ingénua a coincidência do nascimento das personagens Super-homem e Capitão América com a 2ª Guerra Mundial. Para os americanos a BD também é uma forma de fazer politica. É o mega-cartoon por excelência. Relativamente ao video que o Viegas apresentou no post anterior, o exercicio de criatividade é fantástico. Celebra o fenómeno Obama, mas não deixa de parodiar com alguns dos traços mais visíveis (e discutíveis) da nova administração. E não me refiro às orelhas do Presidente. São discutíveis as estratégias de combate à crise económica e de combate ao terrorismo, e Obama não é poupado de alguma ironia na abordagem "fantástica" desses assuntos.
Dizer que a JibJab faz propaganda ao Presidente Obama seria o mesmo que dizer que as ficções fictícias trabalham a soldo do governo. Não faz qualquer sentido.
Discordo pois totalmente do post anterior. Aliás, os criadores do video dizem mesmo que este é uma retribuição pelo momento de stand-up com que o Presidente Obama brindou os jornalistas credenciados na Casa Branca há cerca de 1 mês atrás. Nada tem a ver com qualquer manobra de propaganda da Administração. Assistam e digam se o homem não fez por merecer um Super-Orelhudo.
Definitivamente, não podemos aplicar a triste e cinzenta bitola da nossa relação com os nossos não menos tristes e cinzentos políticos a uma personagem que se inscreve a cada dia que passa nos livros da Historia Universal. A Democracia é isto mesmo, e lá, como cá (Gato Fedorento), sabe-se criticar com criatividade. A grande diferença é que "do lado de lá" sabe-se conviver com a critica (não consta que Obama tenha processado os autores do vídeo de animação).
segunda-feira, 22 de junho de 2009
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