terça-feira, 12 de maio de 2009

Vai uma VOLTinha..??




Como demonstra o vídeo parece fácil. Para além de todas as outras vantagens (sem ruído, sem emissões de CO2, muito mais barato o custo/km). Mas afinal porque será que os EVs não se começam a afirmar de uma vez por todas?? Em primeiro precisamos de criar a infraestrutura de carregamento, e isto não é um processo simples, tem implicações de escolha de critérios diversos, além de que tem de cumprir diversos requisitos nem sempre fáceis de conciliar - ocupação de via pública, infraestrutura de fornecimento de energia (tentando optimizar recursos - smart grids) tudo isto sem esquecer a segurança, e acima de tudo criar um modelo de negócio para o explorar. Só este primeiro grande passo já dá pano para mangas.

Em segundo preparar o mercado - consumidores, para toda esta mudança. Afinal ainda há uma grande maioria de pessoas que antes prefere alhear-se das preocupações ambientais e da própria vivência nos grandes centros urbanos, mas continuar a sentir o roncar dos seus potentes ou apenas barulhentos motores. É uma questão de imagem... Neste campo há ainda muito a fazer. Até porque não é fácil fazer os consumidores mudarem de produto, ainda mais quando estão tão contentes com ele - e aí há que ver que a Indústria Automóvel, apenas com cerca de 100 anos, muito tem investido em ID, e tem conseguido responder às necessidades dos consumidores. Além do mais quando o automóvel é um objecto de afirmação e de culto. Com quem é que eu vou poder comparar o meu VOLT, ou mesmo o meu TESLA? Ao início vai parecer que não há termode comparação que me diferencie do resto da maralha. Existem sempre os early adopters, que dão sempre jeito para alavancar o consumo inicial de um produto novo. Mas depois o produto tem de ser fiável, satisfazer as necessidades (todas elas, inclusive as de afirmação), para poder ser próspero.

Concluindo penso que concordam que apesar de terem sido dados passos importantes, outros faltam ainda dar. Até porque vejo nesta mudança de paradigma a verdadeira salvação da indústria automóvel e satélites. A ver vamos as cenas dos próximos capítulos.

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