domingo, 3 de maio de 2009

Da inveja e do ódio na política

Há já mais de 4 anos, José Sócrates recebeu a responsabilidade de governar um País, vivendo, nos tempos mais recentes da democracia, uma das suas fases mais críticas. Por essa razão, Sócrates recebeu dos Portugueses, tão descrentes nos seus políticos e na eficácia de políticas públicas capazes de gerar o crescimento económico e a coesão social, a maioria mais clara para governar: a maioria absoluta dos Deputados na Assembleia da República.

Perante este compromisso com a estabilidade, Sócrates iniciou um processo de consolidação das contas públicas e de reforma dos sectores públicos mais críticos: dar sustentabilidade à segurança social, fazer da inovação tecnológica um desígnio nacional, mobilizar os Portugueses para a sociedade do conhecimento através dos programas Novas Oportunidades, e-escolas e e-escolinhas, por fim desburocratizar o Estado, por força de um programa de simplificação administrativa e de redução dos custos de contexto para a actividade económica nunca antes visto.

No final dos três primeiros anos de mandato, os resultados começaram a surgir e Portugal estava, de novo, no caminho da convergência económica e social.
Vieram, no entanto, a partir de 2008, diversas crises: primeiro, a crise dos combustíveis, depois a crise financeira e, por fim, em consequência daquelas duas, uma grave crise económica e social.

Vieram igualmente os primeiros sinais de ódio e de inveja contra o Primeiro-Ministro. Não estão em causa apenas as políticas corajosas e justas que Sócrates tem adoptado, que gera ódios em sectores sensíveis da nossa sociedade (magistraturas, sindicatos, classes profissionais com relevo). Está igualmente em causa a personalidade e a liderança firme, obstinada e progressista do Primeiro-Ministro, que gera invejas pessoais, em particular daqueles que tiveram a oportunidade e o devido tempo para governar Portugal. Acontece que José Sócrates não é um político conformista e dará sempre o melhor de si até ao fim. Esperem, por isso, por algumas surpresas nos próximos tempos.

1 comentário:

Lacão disse...

Pois é, segundo as previsões de hoje da UE o "engenheiro" acaba como começa: com 6,8% de deficit...tempo e esfoço absolutamente perdido!