terça-feira, 21 de abril de 2009
Gato por Lebre.
Foi numa entrevista como a de hoje, que em 1989, o então Primeiro-ministro português Prof. Aníbal Cavaco Silva proferiu a famosa frase sobre o até então prospero mercado de valores mobiliários.
Estávamos na alvorada da adesão de Portugal à CEE. O dinheiro jurava como não se via desde a febre do ouro brasileiro. O “Zé (povinho)” seguia com mais atenção a cotação das acções da Inapa do que a “Bola Branca” do Ribeiro Cristóvão.
Os governos do PSD haviam introduzido o capitalismo popular num país mal refeito do estatismo pós-PREC. O discurso do caos que se avizinhava chegou pela boca que era menos expectável.
O Professor “nunca se enganava e raramente tinha duvidas”, se dizia que na Bolsa de Lisboa se vendia muito “gato por lebre” então era o mesmo momento para... VENDER!!!
Assim começou a história da descapitalização de muitas famílias portuguesas, que tinham aplicado as suas parcas poupanças no “mercado” que o Governo laranja tanto acarinhava.
José Sócrates aprendeu a lição. O Poder em momento algum pode, ou deve, ser o portador das más noticias, bem pelo contrário! O PS de José Sócrates, sabe que um discurso responsável e optimista vale mais do que muitos milhões de euros gastos a minimizar danos causados por estados de alma públicos de governantes menos confiantes.
O PSD, por seu turno, na melhor das hipóteses tem memória curta, e não aprendeu nada com os efeitos da irresponsabilidade verbal do líder de então. Na pior das hipóteses, Manuela Ferreira Leite e acólitos, perante espectro da derrota que se avizinha, quer mesmo é ver o circo a arder, e adoraria que fosse o próprio Primeiro-ministro a regar o fogo com gasolina.
Por um momento imagine-mos só:
Estamos perante a pior crise num século, a nossa Primeira-ministra é Manuela Ferreira Leite, o seu discurso é o da catástrofe económica, a sua reacção é não gastar nem mais um tostão.
O que seria feito de nós portugueses se esta senhora fosse como quer ser a nossa líder no combate à crise… Meu Deus!
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1 comentário:
Não vai ser, com certeza a nossa Primeira-Ministra, mas o PS também não terá, GARANTIDAMENTE, uma maioria nestas eleições. Podem começar já a choramingar a velha canção da estabilidade necessária ao Governo, para nos governar (ai de nos) nestes duros tempos de crise. Já não vão lá.
Not this time. Temos pena, já não terão favas contadas. E isso é bom? É mau? Veremos.
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