19/03/09, 01:03Por Vítor Norinha
A internacionalização será a principal "drive" do grupo Sonae para os próximos anos, anunciou Paulo Azevedo, o CEO da holding na apresentação de contas a jornalistas. Em 2012 a Sonae deverá registar 25% do volume de negócios e 35% dos activos detidos deverão estar ligados à internacionalização, disse o gestor.
Sem adiantar geografias específicas, nem valores de investimento que serão alocados, Paulo Azevedo disse que a empresa será transformada num multinacional, com a presença em novos mercados, quer emergentes "mas grande potencial de crescimento", quer mercados maduros, "desde que a Sonae faça a diferença".
Dentro da profunda reorientação estratégica, a Sonae vai mudar o estilo de investimento, "alavancando melhor os recursos" e que poderão passar por virem a entrar em negócios onde sejam detentores únicos do capital, ou poderão entrar em situações de minoria, ou poderão ainda juntar competências "sem ter de garantir o controlo".
A Sonae propõe-se ainda garantir processos de consolidação ou mesmo "assumir papel de parceiro técnico". Paulo Azevedo disse pretender deter 10% do capital empregue neste modelo até 2012.
As alterações estratégicas e a nova matriz de orientação de negócios foram anunciadas em simultâneo com duas alterações de peso ao nível dos quadros de decisão do grupo. Nuno Jordão, CEO da Sonae Distribuição, e Álvaro Portela, CEO da Sonae Sierra, anunciaram não ter disponibilidade para continuarem com novo mandato em Março de 2010.
A internacionalização será a principal "drive" do grupo Sonae para os próximos anos, anunciou Paulo Azevedo, o CEO da holding na apresentação de contas a jornalistas. Em 2012 a Sonae deverá registar 25% do volume de negócios e 35% dos activos detidos deverão estar ligados à internacionalização, disse o gestor.
Sem adiantar geografias específicas, nem valores de investimento que serão alocados, Paulo Azevedo disse que a empresa será transformada num multinacional, com a presença em novos mercados, quer emergentes "mas grande potencial de crescimento", quer mercados maduros, "desde que a Sonae faça a diferença".
Dentro da profunda reorientação estratégica, a Sonae vai mudar o estilo de investimento, "alavancando melhor os recursos" e que poderão passar por virem a entrar em negócios onde sejam detentores únicos do capital, ou poderão entrar em situações de minoria, ou poderão ainda juntar competências "sem ter de garantir o controlo".
A Sonae propõe-se ainda garantir processos de consolidação ou mesmo "assumir papel de parceiro técnico". Paulo Azevedo disse pretender deter 10% do capital empregue neste modelo até 2012.
As alterações estratégicas e a nova matriz de orientação de negócios foram anunciadas em simultâneo com duas alterações de peso ao nível dos quadros de decisão do grupo. Nuno Jordão, CEO da Sonae Distribuição, e Álvaro Portela, CEO da Sonae Sierra, anunciaram não ter disponibilidade para continuarem com novo mandato em Março de 2010.
Se a memória não me falha, e já tive o cuidado de ir rever a matéria que aprendi na cadeira de Gestão Internacional, que tive no âmbito do mestrado no ISEG, esta notícia é uma mão cheia de nada, e outra cheia de coisa nenhuma… Não pretendo com isto sequer falar da forma como a peça jornalística está escrita. Nada a dizer a esse respeito. Apenas parto do princípio que a fonte, ou seja o comunicado que a Sonae fez, não diz nada de jeito.
Senão vejamos, uma empresa multinacional caracteriza-se por 1) significativo investimento directo no estrangeiro 2) actividades em diversos países 3) gestão activa dos activos no estrangeiro 4) lógica articulada de gestão dos activos no estrangeiro. Isto independentemente dos estilos e políticas como se faz esta gestão, penso que a Sonae como nós conhecemos, já cumpre estes requisitos, quanto muito estará a dar um sinal que vai reforçar o crescimento no estrangeiro em detrimento da aposta nacional, pelo facto do nosso mercado estar saturado.
Depois se formos andando pela notícia adiante, vemos que o que se encontra espelhado no discurso de Paulo Azevedo é uma estratégia tão ambiciosa que acaba por elencar como objectivos praticamente todo o tipo de mercados (emergentes de grande potencial de crescimento, maduros). Quanto ao estilo de investimento, o mesmo sucede (detentores únicos do capital, situações de minoria, juntar competências sem garantir o controlo).
O que a mim me parece é que a estratégia da Sonae tem-se revelado insuficiente na persecução dos objectivos (money comming in) anteriormente propostos pela empresa. O país é demasiado pequeno para as ambições da empresa. O que por sinal é bom para a empresa, e também acaba por ser bom para o país. Mas não sei porquê mas cheira-me que isto é uma manobra de comunicação para dar confiança aos mercados (neste caso o bolsista, pois são várias as empresas do universo Sonae cotadas em bolsa), com o objectivo de que a empresa tem um rumo e um caminho traçado para o próximo triénio. Pena que seja uma espécie de fuga para a frente, e que tenha sido apresentado de uma forma pouco clara e difusa. Para uma empresa que é referência no nosso tecido empresarial, soa a curto...
Sem comentários:
Enviar um comentário