Em comentário aos dois posts anteriores, penso que se está a misturar alhos com bugalhos. Eu sei que o A Miranda teve o cuidado de pôr isso em nota de rodapé do seu comentário, mas devia ter ido mais longe, e ter mudado o título. Passo a explicar. Não tomando partido por nenhum dos posts, até porque os dois têm argumentaria própria, e focam problemáticas distintas. Distintas, mas ambas condenáveis. Pois focam comportamentos e atitudes de uma mesma classe, de que de facto, o povo (ou pelo menos parte dele) já começa a ficar farto de aturar, e principalmente de ter de gerar a riqueza para os sustentar.
Em relação à linguagem penso que é deplorável a forma e a maneira como os políticos se tratam reciprocamente. Aqui neste ponto, como em outros, os defeitos são comuns a todas as forças políticas. É de facto, um indicador da depreciação da qualidade da classe política, dando alguma razão à máxima: se não sabes fazer nada, vai para político.
Contudo, acho que também ainda não é caso para perder a esperança na classe política. Até porque continuam a existir exemplos de qualidade, e acima de tudo, porque não só não é fácil ser político, como acima de tudo ter vida de político. Há que separar o trigo do joio, e acima de tudo criar incentivos para que pessoas de valia na sociedade civil queiram contribuir de uma forma mais activa na vida política. Apesar de se poder exercer cidadania sem ter de pertencer a partidos políticos. Nunca é a mesma coisa, e só nalguns casos consegue ter o mesmo efeito.
Agora também se diz, e bem, que a classe política é a imagem do povo de um determinado país.
Deixo-vos esta para pensarem. Só mais uma nota de estratégia, nem sempre a melhor defesa é o ataque
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