A mensagem de ano novo do Presidente da República parece prognosticar aquilo que será o exercício da sua magistratura de influência. Cavaco Silva vai tudo fazer para que o PS não consiga ter maioria absoluta de modo a reforçar o seu papel no quadro dos equilíbrios do nosso sistema político.
Se bem que parte do discurso acabe por identificar bem as dificuldades sentidas hoje por Portugal e pelos portugueses, ele acaba por pecar por excesso quanto ao modo como, de forma um pouco populista, exacerba os problemas dos portugueses com menos rendimentos, dos jovens à procura de primeiro emprego, dos pequenos comerciantes e dos agricultores. Assim, é fácil puxar ao sentimento destes grupos.
Por outro lado, o discurso pecou por dar poucas pistas ou recomendações mais concretas ao Governo quanto à forma como deve enfrentar a crise. O tal caminho estreito por onde Portugal deve ir limitou-se à referência à necessidade de reforço da capacidade competitiva das empresas, de investimento nos sectores exportadores, de redução da ineficiência e da dependência do exterior em matéria de energia, da alteração da estrutura da produção nacional, no sentido de mais qualidade, inovação e conteúdo tecnológico, da utilização dos dinheiros públicos com rigor e eficiência, e da melhor relação custo-benefício dos serviços e investimentos públicos).
... e há outra coisa: o homem parece que está a morrer, ao falar de forma arrastada e pesada, como se estivéssemos num funeral.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
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