quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O retorno da Guerra-fria?



Para quem não viu nem teve acesso a discrições mais pormenorizadas sobre o debate de ontem não aconselho que percam tempo valioso visionando a prestação dos candidatos.
O debate foi mais estratégia do que estratégico, e serviu apenas para confirmar tendências preexistentes.
Barack vai ganhar, os americanos e o Mundo ficaram melhor servidos. Mas ficaremos todos mais seguros?
Bush abriu a caixa de Pandora, radicalizou o perfil belicista que é inerente à natureza de sempre dos EUA e agora não consegue sobreviver sem um inimigo externo. E se os terroristas islâmicos escapam por entre os dedos como a areia da praia, e têm a forma e a morada de uma gota de chuva caída no meio do mar que falta faz ao Pentágono e ao Capitólio a good old URSS.
Sintomática a ultima questão que veterano Tom Brokaw colocou aos dois candidatos, foi qualquer coisa do género: - Were do you place Rússia today, on the good side or on the evil side?
Com mais matizes de forma do que de conteúdo, ambos os candidatos não hesitaram em apontar a Putin os seus tiques de KGB, e à Federação Rússia a herança da ambição de restituir o poder do Império Soviético. Quem os ouviu não ficou com dúvidas. Para qualquer que venha a ser o futuro Presidente dos Estado Unidos da América a Rússia nunca será um aliado e já é um potencial inimigo.
Afinal de contas os EUA da Guerra-fria, tanto de Kennedy como de Reagan eram sociedades bem mais optimistas do que esta América decadente, vendida à Arábia Saudita e hipotecada à Republica Popular da China.

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