domingo, 28 de setembro de 2008

"Lisboagate" - transparência exige-se

Muito se tem falado sobre a atribuição discricionária de casas em Lisboa - a que já chamam pomposamente "Lisboagate" - mas ainda se sabe pouco sobre os beneficiários dessa prática pouco transparente e já com muitos anos, envolvendo todos os partidos políticos (PS, PSD, CDS, PCP) e vários presidentes (Abecassis, Sampaio, Soares, Santana, Carmona e até Costa).
Para além do natural apuramento de eventuais responsabilidades criminais e disciplinares, já em curso pela mão de Maria José Morgado, julgo que o que todos os lisboetas querem saber é quem são as pessoas que habitam em casas e outros imóveis atribuídos de forma não transparente pelo município de Lisboa. Quem são? Que imóveis estão atribuídos? Quanto pagam pelas casas? Há quanto tempo e por quanto tempo? Como foram atribuídos?
É que, pelo que tem vindo a público através da comunicação social, nos mais de 3.000 (três mil!) imóveis nessa situação não estão apenas pessoas carenciadas. Há também artistas, jornalistas, políticos, etc. Até agora os casos já conhecidos são escassos (dois motoristas de Santana Lopes, a directora da Segurança Social de Lisboa, o comandante e dois chefes da Polícia Municipal, uma artista da canção popular, secretária pessoal da fadista Amália Rodrigues, o jornalista-escritor Baptista Bastos, a actual vereadora Ana Sara Brito, a actual chefe de gabinete de Marcos Perestrelo). Se calhar nem o município de Lisboa sabe!

A posteriori

Não posso deixar de sugerir uma visita a este post no Arrastão para perceberem a que ponto chegaram os abusos relacionados com a atribuição de casas

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