Vou citar-vos esta passagem de um artigo de Baptista-Bastos no Diário de Notícias de 16 de Setembro passado (aqui), a propósito da ética republicana de Eanes ao ter recusado receber retroactivamente uma pensão:
"Propuseram ao ex-presidente o recebimento dos retroactivos. Recusou. Eu não esperaria outra coisa deste homem, cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum. Ele reabilita a tradição de integridade de que, geralmente, a I República foi exemplo. Num país onde certas pensões de reforma são pornográficas, e os vencimentos de gestores atingem o grau da afronta; onde súbitos enriquecimentos configuram uma afronta e a ganância criou o seu próprio vocabulário - a recusa de Eanes orgulha aqueles que ainda acreditam no argumento da honra"
Entre os poucos nomes tornados públicos no caso da atribuição discricionária de casas em Lisboa surge o nome do jornalista (escritor?) Baptista-Bastos. Quer-me parecer que Baptista-Bastos vai ter de reconhecer que também ele quis ir atrás de um favorecimento privilegiado inacessível ao comum dos mortais. Faz o que eu digo, não faças o que eu faço....
terça-feira, 30 de setembro de 2008
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1 comentário:
Caro André: veja atentamente o artigo do jornalista Artur Queiróz (jornal da Povoa)(colega de profissão de BB e o único da sua gerarão a escrever,inserido no LisboaLisboa (de jcarlos mendes.
Verá que o BB sempre foi um homem honrado...não era aos setenta que ele se corrompia, senão tinha mas era uma casa própria num condomínio qualquer, como alguns dos que escreveram têm!
Alice Costa
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